Cientistas a bordo do navio Esperanza descobriram que os Corais da Amazônia se estendem até a Guiana Francesa! É hora de o Brasil e a França unirem forças para defender esse ecossistema único.

Depois de uma semana de intensa “caça ao recife”, no agitado mar da Guiana Francesa, a tripulação e os cientistas a bordo do nosso navio Esperanza estão felizes em anunciar o fim da investigação. E eles têm uma notícia maravilhosa:

Nas águas da Guiana Francesa existe uma estrutura recifal semelhante ao que conhecemos no Brasil e chamamos de Corais da Amazônia!

Imagem dos Corais da Amazônia na Guiana Francesa, feita durante expedição com o navio Esperanza (Foto: ©Greenpeace)

Durante o mês de abril, o Esperanza esteve na costa norte do Brasil para documentar o recife dos Corais da Amazônia. Esse ecossistema é único no mundo e foi descoberto há pouco tempo. Os Corais da Amazônia ainda são um mistério para a ciência: eles sobrevivem em condições bem adversas, perto do encontro do oceano Atlântico com o rio Amazonas.

Como a mãe natureza não conhece fronteiras, o Greenpeace quis verificar se esse tesouro natural se estende até águas vizinhas ao Brasil, como as da Guiana Francesa.

Apesar do clima desfavorável e das correntes muito fortes, a tripulação e os cientistas a bordo trabalharam incansavelmente para enviar intrigantes instrumentos para espionar e dragar o fundo do mar.

Marinheira prepara instrumento que faz imagens no fundo no mar, na Guiana Francesa, durante expedição do Greenpeace. (Foto: ©Marizilda Cruppe/Greenpeace)

 Todos os dados coletados foram cuidadosamente analisados. E eles concluíram que tinham evidências suficientes para confirmar a presença de um recife que faz parte dos Corais da Amazônia.

Essa é uma bela descoberta para a ciência, para a biodiversidade e para a herança ambiental da Guiana Francesa. E é uma má notícia para a Total, a empresa francesa que quer buscar petróleo perto do recife no Brasil.

Outras descobertas

A expedição do Esperanza no Brasil também provou a existência de uma formação recifal dentro da área onde a Total pretende perfurar.  A empresa falhou (consciente ou inconscientemente) em fornecer ao governo brasileiro essas informações antes.

Em caso de um derramamento de óleo em águas brasileiras, o recife pode ser afetado, bem como as comunidades costeiras cuja sobrevivência depende de um oceano saudável. Além disso, as correntes marinhas da região podem levar o petróleo até a costa e as águas da Guiana Francesa, afetando também as águas, o recife e a costa da Guiana.

>> Relembre a jornada em defesa dos Corais da Amazônia 

Esperamos que essas revelações convençam o governo brasileiro a negar a licença para a Total buscar petróleo na região. E que os governos francês e brasileiro unam forças para defender esse ecossistema único. Mais de 2 milhões de pessoas já assinaram a petição exigindo que não haja exploração de petróleo perto dos Corais da Amazônia.

Agora, é hora de os Corais da Amazônia serem estudados, não ameaçados pelo petróleo! 

Na Guiana Francesa, peixes nadam na região onde estão recifes similares aos dos Corais da Amazônia (Foto: ©Greenpeace)