Transgênicos fora da merenda

Notícia - 9 - mar - 2009
Em Porto Alegre, projeto de lei, que conta com apoio do Greenpeace, poderá beneficiar 56 mil estudantes de 95 escolas municipais da cidade.

Ao se recusarem a servir arroz transgênicos a seus clientes, as principais cadeias de restaurantes de Manila, nas Filipinas, demonstram respeito ao consumidor e ao meio ambiente.

Projeto de lei que proíbe o uso de alimentos geneticamente modificados nas merendas de escolas municipais de Porto Alegre (RS) foi apresentado nesta terça-feira à Câmara Municipal pelo vereador Beto Moesch (PP). A iniciativa, que conta com o apoio do Greenpeace, poderá beneficiar 56 mil estudantes de 95 escolas municipais da capital gaúcha. 

Ao justificar o seu projeto, o vereador lembrou que o consumo de alimentos transgênicos vem sofrendo restrições no mundo inteiro e que ainda não há comprovação da segurança desses produtos para a saúde humana e meio ambiente.

O projeto prevêa priorização do uso de alimentos orgânicos que, segundo Moesch, além de mais saudáveis, é educativo, poiscoloca a comunidade escolar em contato com um sistema de produção quebusca manejar de forma sustentável os recursos naturais.

"Este projeto tem uma dupla função: garantir alimentação segura para osestudantes das escolas municipais de Porto Alegre e incentivarfornecedores a trabalhar  com produtos não transgênicos. É muitosimbólico que a capital do Rio Grande do Sul, que produz a maior partedo arroz brasileiro, pense em afastar do prato de seus estudantesalimentos transgênicos", afirma Rafael Cruz, coordenador da campanha de Engenharia Genética do Greenpeace, lembrando que o Brasil pode ser o primeiro país do mundo a plantar e consumir um arroz transgênico. A Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) analisará no próximo dia 18 um pedido da Bayer para a liberação comercial do arroz geneticamente modificado LL 62, resistente ao agrotóxico glufosinato de amônio - produzido pela própria Bayer.

O Rio Grande do Sul produz 57% do arroz brasileiro.

Confira aqui a nossa página especial sobre arroz transgênico da Bayer. Ser cobaia, não é bom!