Em resposta à recente Operação ‘Carne Fraca’, da Polícia Federal, Greenpeace se posiciona – a investigação expõe o setor de produção de carne industrial no Brasil pelo que ele é: perigosamente falho

Em resposta à recente Operação ‘Carne Fraca’, da Polícia Federal, sobre a indústria de carne brasileira, envolvendo pagamento de propina a fiscais para liberação de produtos sem a verificação necessária, incluindo carnes impróprias para o consumo, o Greenpeace acredita que a presente investigação expõe o setor de produção de carne industrial no Brasil pelo que ele é: perigosamente falho.

O atual modelo de produção de proteína animal está rotineiramente envolvido com trabalho análogo ao escravo, desmatamento, uso intensivo de agrotóxicos, poluição do solo e da água, além de violentos conflitos com comunidades locais – ameaçando tanto a saúde das pessoas quanto do planeta.

Trinta pessoas já foram presas, e as investigações apontam para o uso de  substâncias para ocultar carne estragada – que podem, inclusive, ter sido exportadas para mercados externos como Europa e Ásia. JBS e BRF, duas das empresas que estão sendo investigadas (incluindo por corrupção de fiscais), estão entre as maiores empresas de carne bovina e avícola do mundo –  apontando para um problema muito mais profundo em todo o atual modelo industrial de produção de carne e laticínios.

Repensando os hábitos alimentares

A produção de animais para consumo requer enormes quantidades de recursos como água, terra e ração animal. O cultivo de grãos para ração animal disputa espaço diretamente com a produção de alimentos para humanos. Muitas vezes, a atividade agropecuária acaba expandindo suas fronteiras para áreas de floresta e de Cerrado ainda preservadas. A produção de gado em escala industrial também gera uma enorme quantidade de resíduos e emissões de gases do efeito estufa que agravam o aquecimento global.

Todos nós, cidadãos, podemos contribuir para mudar esse quadro, adotando pequenas mudanças no nosso estilo de vida, como a redução no consumo de carne. Uma dieta baseada em vegetais é melhor para a saúde, para o clima, para as florestas e para a segurança alimentar global.

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