Greenblog

Notas sobre o meio ambiente em tempo real.

  • O jogo sujo das montadoras

    Postado por Davi Martins - 27 - jul - 2017 às 13:00

    Sim, elas estão te enganando: na tentativa de esticar seus lucros mantendo a sobrevida dos combustíveis fósseis, as montadoras prejudicam a concorrência e o combate às emissões de poluentes

    Em novembro do ano passado, ativistas fizeram uma projeção na sede da Volkswagen, em Wolfsburg, na Alemanha: "Diga adeus ao diesel".

     Na semana passada o jornal alemão Spiegel denunciou que as montadoras alemãs Volkswagen, Porche, Audi e BMW formaram um cartel, desde os anos 1990, para acertar entre elas preços, fornecedores e tipo de peças para os sistemas de tratamento dos gases poluidores dos seus automóveis. Esses gases são oriundos da combustão dos combustíveis fósseis e responsáveis pela poluição do ar que mata milhares de vidas todos os anos nos centros urbanos. O acordo, claro, visava garantir o menor investimento possível com tecnologias limpas, sem prejuízo com a concorrência, afinal, todos os modelos de diferentes marcas oferecem o mesmo padrão. O jornal ainda diz que no dia 4 de julho deste ano, a Volkswagen admitiu em carta ao suposto cartel que tais procedimentos seriam injustos com a competição. A notícia, em inglês, foi repercutida pela agência Reuters.

    Não é de hoje que fraudes atingem as grandes montadoras alemãs. Em 2015, a Volkswagem foi indiciada por mascarar testes de emissões de seus carros a diesel e acabou considerada culpada. A descoberta de um cartel agora abre um novo triste capítulo na história da indústria automotiva que, há décadas, se opõe a medidas de redução de emissões e de ganho de eficiência. Ao contrário, elas enviam aos países em desenvolvimento tecnologias já defasadas na Europa e EUA, prolongando os elevados índices de poluição do transporte.

    Em vários países desenvolvidos, no entanto, os escapamentos já estão com os dias contados. Em 2025 a Noruega irá banir os carros à diesel e gasolina – atualmente 24% da sua frota já é elétrica. Na França e na Inglaterra, o ano para o fim desses veículos é 2040. A própria alemã Volvo, que não foi citada como parte do cartel, anunciou que todos os seus veículos terão motores elétricos a partir de 2019.

    O Brasil na contramão

    Na tentativa de alongar sua sobrevivência, o setor de combustíveis fósseis se vale das táticas escusas, como cartel e muito lobby político. No Brasil, essa influência ainda é forte o suficiente para colocar nosso país na contramão do mundo: desde 2011 tramita na Câmara dos Deputados um projeto de lei que propõe a liberação da venda de veículos de passeio movidos a óleo diesel. O PL 1.013/2011 é uma grave ameaça e não pode ser aceito pelo governo brasileiro.

    Greenpeace protest against VW factory in Buenos Aires. Activists filled up balloons with car emissions in order to return the waste gases to the plant demanding "No more lies" (no mas mentiras), “Stop poisoning our kids” (No contamines a nuestros hijos) a

    Ativistas inflam balões com os gases tóxicos do escapamento de carros, em protesto na fábrica da Volkswagen.

     

    O Brasil tem plenas condições de dar um passo importante para reduzir a poluição do diesel que, apenas na cidade de São Paulo, custará quase 200 mil vidas e R$ 54 bilhões em gastos de saúde e perda de produtividade até 2050, se nada for feito. É um dever dos governos federal, estaduais e municipais fazerem valer as políticas ambientais do País e fomentar a transição para veículos que utilizam combustíveis limpos. Tal medida trará benefícios para a população e colocará o país em posição de vanguarda no mundo.

    A primeira oportunidade para isso está nos ônibus do transporte coletivo da capital paulista. A licitação de ônibus do município de São Paulo acontece neste segundo semestre e ainda precisa deixar claro o cronograma de descontinuidade do uso do diesel em detrimento de combustíveis 100% renováveis - algo que a população se manifestou a favor. Mas o lobby do gás natural e outras fontes ainda poluidoras, como o diesel misturado com biodiesel, continua forte e tenta influenciar a pauta e as decisões do poder público. O vereador Milton Leite (DEM) elaborou um projeto para amarrar a cidade ao diesel por mais 20 anos! Esta transição não pode esperar tanto tempo e deve ser prioridade para a Prefeitura, que têm em suas mãos a possibilidade de fazer uma mudança histórica.

    Davi Martins é coordenador da Campanha de Mobilidade Urbana do Greenpeace  Leia mais >

  • Animais estão sendo contaminados pela lama do Rio Doce

    Postado por Rodrigo Gerhardt - 26 - jul - 2017 às 13:30

    Depois da água e do solo, os rejeitos de minérios também atingem a fauna: pesquisa inédita aponta que os girinos estão acumulando metais pesados em seus organismos, podendo afetar a cadeia alimentar 

     

    Sapos e rãs são animais incríveis: sua fase inicial de vida é aquática, como girinos, e terrestre, quando adultos. Como suas peles permeáveis são extremamente sensíveis às condições do meio em que vivem, eles funcionam como indicadores da qualidade ambiental do local. É por isso que, após o desastre da mineradora Samarco, pesquisadores da Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS) coletaram girinos do Rio Doce como forma de avaliar o impacto na região. O que eles constataram é muito triste.

    Os girinos estão absorvendo e concentrando em seus organismos altos níveis de metais pesados como Ferro, Bário, Cádmio, Manganês, Zinco, Níquel, Cromo, Alumínio, Cobre e Titânio. Quanto maior a concentração de metais na água, maior a quantidade de metal bioconcentrados nos tecidos dos girinos. Isso se mantém durante a vida adulta, quando se transformam em sapos ou rãs.

    Devido a esse alto potencial acumulador, os pesquisadores alertam que a tendência é essa contaminação alcançar outros animais na cadeia alimentar. “Os resultados sugerem o comprometimento de uma parcela significativa da comunidade faunística silvestre da região”, alertam, no relatório “Girinos como bioindicadores da qualidade da água do Rio Doce. Para os humanos, considerando que ele está inserido nessa cadeia alimentar, o risco não pode ser descartado. "O problema da contaminação por metais pesados é que eles vão se acumulando no organismo e se manifestam por meio de doenças em longo prazo - 15 a 20 anos depois", diz Fabiana Alves, da campanha de Água do Greenpeace.

    Com o uso de peneiras, foram coletados 1500 girinos em 25 pontos, alguns livres de contaminação e outros que tiveram contato direto com a lama. Foto: Josimar Mendes

     

    Mesmo os pontos em que o rejeito da barragem não passou também apresentaram girinos contaminados. “Isso pode ser explicado pela contaminação através do lençol freático. Após um pouco mais de um ano, quando foram feitas as coletas deste trabalho, a contaminação pode ter expandido além dos limites da lama”, relatam os pesquisadores. Eles destacam que, diferentemente do que estipulava o Estudo de Impacto Ambiental (EIA-Rima) da empresa, o estrago foi muito além das áreas de influência previstas tecnicamente. Foram mais de 600 km de desastre até a foz.

    Os pesquisadores avaliaram temperatura, pH, oxigênio dissolvido e outros aspectos da água e dos sedimentos em cada ponto de coleta das amostras – Foto: Josemar Mendes

     

    Segundo a coordenadora da pesquisa, a doutora em Zoologia e professora de Biologia da UEFS Flora Acuña Juncá, não há dúvidas de que o Ferro absorvido pelos girinos seja produto do desastre, ainda que o mineral seja abundante na região. “O Ferro compõe as rochas e para ficar disponível no meio ambiente é necessário o processamento desse minério. A liberação de concentrações nessa magnitude só é possível em caso de contaminação pontual, proveniente de descarte do resíduo sem nenhum tratamento. Mesmo com o histórico de mineração na área e possíveis contaminações em menor escala no passado, o Ferro não permaneceria disponível para contaminar os girinos da maneira registrada por nós”, explica. 

    Ela ressalta ainda que as amostras de sedimentos e de girinos provenientes de todos os pontos apresentaram altos níveis de vários metais, e não apenas para Ferro. 

     

    Por sua pele sensível, os girinos absorvem os contaminantes químicos em seu organismo que, em altas concentrações, podem causar deformidades. E esse processo se mantém na fase adulta, podendo atingir os animais que se alimentam deles. Foto: Kenia Moreira

     

    Menos diversidade

    O Ibama registra na região 28 espécies de anuros de sete famílias. Com peneiras de 20 cm e 50 cm, os pesquisadores coletaram 1.500 girinos de 24 espécies em 14 pontos amostrais de seis municípios no Espírito Santo e 12 pontos em Aimorés e Mariana, em Minas Gerais, nos meses de setembro, novembro e dezembro de 2016. O número de espécies em cada ponto variou de um a sete. O que se observou foi que aqueles pontos contaminados pela lama tiveram uma diversidade menor de espécies.

    “Todas as poças sem contato direto com o rejeito apresentaram girinos de Elachistocleis cesarii, indicando que o período de coleta foi mais ou menos coincidente com período reprodutivo da espécie. Nenhuma poça que teve contato direto com o rejeito, entretanto, mostrou a presença de girinos desta espécie”, relata a pesquisa.

    Sapinho adulto da espécie Boana crepitans, da Mata Atlântica: áreas atingidas pela lama apresentaram menor diversidade de espécies. Foto: Italo Moreira

     

    A pesquisa “Girinos como bioindicadores da qualidade da água do Rio Doce” faz parte de uma série de seis estudos independentes financiados com recursos arrecadados em shows beneficentes pelo projeto coletivo Rio de Gente.

    Confira os outros estudos publicados sobre Água, Saúde, Direitos Humanos, Impactos Sociais e Restauração Florestal. Leia mais >

  • A semana do Greenpeace em fotos

    Postado por Greenpeace - 24 - jul - 2017 às 17:50 1 comentário

    Todos os dias pessoas de todo o mundo lutam para garantir um futuro verde e pacífico para o nosso planeta. Da Croácia a Holanda, aqui está um olhar sobre algumas das principais imagens do Greenpeace na semana passada.

    Rainbow Warrior – Aberto para visitação em Rijeka, Croácia

    © Filip Brala / Greenpeace

    Representando a campanha "Menos plástico, mais mediterrâneo" que questiona a forma como usamos o plástico, o Rainbow Warrior III, visitou a Croácia e ficou dois dias em Rijeka, aberto a visitações. Cerca de 900 pessoas visitaram o navio e assinaram a petição para proteger os mares contra o plástico.

    Ação na sede da NUON em Amsterdã

    © Marten van Dijl / Greenpeace

    Os ativistas do Greenpeace Holanda se trancaram em uma sala de reunião de vidro na sede da NUON, em Amsterdã para exigir uma conversa com os diretores da empresa de energia e pedir que a antiga usina de carvão seja desligada o mais rápido possível. Há vinte anos o Greenpeace luta contra o uso do carvão em Amsterdã. Esta usina operada pela NUON emite 4 milhões de toneladas de CO2 por ano, equivalente ao que 1,8 milhão de carros emitem anualmente. Além disso, a fábrica possui consideráveis ​​emissões de partículas que causam problemas de saúde para os moradores próximos da região. 
    Há dois anos, a NUON afirmou que estão perto de fechar a fábrica, mas insistem em um pagamento de compensação de 55 milhões de euros do governo.

    Rainbow Warrior em Navagio, na Grécia

    © Sideris Nanoudis / Greenpeace

    Rainbow Warrior acompanha em mares do Mediterrâneo a campanha de plástico na ilha da tartaruga marinha, em Zakynthos e promove soluções para que reutilizemos o plástico. As estatísticas para pessoas que usam plástico apenas uma vez na Grécia, são preocupantes. Todos os anos os gregos consomem aproximadamente 300 milhões de copos plástico, 4,3 bilhões de sacolas, 2 bilhões de garrafas e em vários casos acabam nos nossos mares e praias. É hora de menos plástico e mais Mediterrâneo!

    Voluntários do Greenpeace fazem campanha contra BP

    © Greenpeace

    Voluntários do Greenpeace por todo o Reino Unido informaram ao público sobre os planos da BP de explorar petróleo perto dos Corais da Amazônia, próximos do Rio Amazonas. Os Corais da Amazônia são um ecossistema em crescimento, que mal foi descoberto e já está ameaçado.

    O Departamento do Interior colocando terras dos EUA para venda

    © Giselle hardy / Greenpeace

    Greenpeace está nos EUA para chamar a atenção para os planos do Departamento de Interiores de distribuir terras públicas e águas a empresas desesperadas por combustíveis fósseis. O secretário Zinke vem se reunindo com os lobistas de combustíveis fósseis, ignorando as vozes das pessoas que querem terras públicas, monumentos nacionais e águas protegidas e não exploradas. 
    É claro que, a menos que você seja um executivo da Exxon ou da empresa que está construindo o Dakota Access Pipeline, o Departamento de Interiores de Zinke, não se importa com você.

    O uso do plástico que contamina os mares da Holanda

    © Nevio Smajic / Greenpeace

    Os ativistas do Greenpeace no Rainbow Warrior III colocaram enormes adereços de plástico (garrafa, palha e copo) na bela praia de Saplunara, na ilha de Mljet, para expor que o uso plástico apenas uma vez polui o mar Adriático e o Mediterrâneo. O navio foi para a Croácia depois de passar pela Espanha e Itália e continuará pela Grécia e Bulgária como parte da campanha contra o uso único do plástico.

    Documentação da vida selvagem na Ilha do Urso

    © Will Rose / Greenpeace

     Greenpeace foi à Ilha do Urso para documentar seu meio ambiente único, após o governo Norueguês conceder quatro novas licenças de exploração de petróleo. A Ilha do Urso tem a maior colônia de aves marinhas do hemisfério norte. Todo ano, aproximadamente 1,5 milhão de aves criam seus ninhos lá. 126 espécies foram registradas na ilha, 33 delas se abrigam lá e várias delas estão ameaçadas ou em risco. Statoil, a estatal Norueguesa, planeja perfurar a área após a concessão das licenças para exploração de petróleo perto da ilha.

    Voluntários do Greenpeace em frente ao evento da BP

    © Jiri Rezac / Greenpeace

    Voluntários do Greenpeace distribuíram folhetos para membros do festival da BP, em Londres, e informaram ao público sobre a intenção da empresa em explorar petróleo próximo aos Corais da Amazônia.

    O Arctic Sunrise passou por uma modernização na Holanda

    © Tom Lowe / Greenpeace

    O navio Arctic Sunrise passou por testes finais para se lançar no mar após um longo período de remodelação e modernização.

    Protesto em Berlim pedindo que veículos a diesel sejam banidos das cidades

    © Sophie Bengelsdorf / Greenpeace

     Ativistas do Greenpeace apresentaram 13.000 cartões de protesto ao presidente do Conselho Federal, Malu Dreyer, em frente ao Conselho Federal. Com os cartões postais, os ativistas do Greenpeace pediram que os Ministros do Estado introduza uma placa azul e apoie a proibição e condução para veículos a diesel nas cidades.

    Obra de arte feita com lixo por Mandy Barker

    © Mandy Barker / Greenpeace Leia mais >

    O artista e fotógrafo Mandy Barker juntou-se à expedição no barco Beluga II do Greenpeace e visitou ilhas remotas da costa Oeste da Escócia. As ilhas foram destruídas pela poluição do plástico. Através da obra o artista apresentou sua interpretação da jornada do plástico: o tempo que passam no mar para chegar a locais tão remotos, quanto tempo demora a degradação e seu impacto no meio ambiente. A obra possui itens coletados das ilhas de Sanday, Canna e Skye. 
  • O que os Corais da Amazônia e o Ártico têm em comum?

    Postado por Thais Herrero - 21 - jul - 2017 às 18:00

    Ambos são jóias da natureza que se encontram ameaçadas pela ganância da exploração petrolífera, e por isso precisam de nosso apoio

    Expedição do Greenpeace documenta a rica biodiversidade e beleza de Bear Island, no Ártico, próximo à Noruega.

     

    O Ártico, no extremo norte do planeta, e os Corais da Amazônia (na costa do Amapá, ao norte do Brasil) estão distantes por milhares de quilômetros, mas têm muito em comum. Ambos são locais únicos na Terra, insubstituíveis pela riqueza de vidas que abrigam, com espécies exclusivas que levaram milhares de anos para se adaptar às condições adversas desses ambientes - o frio do Ártico e a baixa luminosidade das águas em função dos sedimentos do rio Amazonas. Mas esses locais também são novas fronteiras petrolíferas.

    Gigantescas companhias internacionais estão de olho no fundo do mar para levar suas imensas plataformas de perfuração, em busca do óleo que polui nossos ar e esquenta o planeta.

    O mar de Barents é um desses locais. Ele fica no Ártico próximo à Noruega e está sob a mira da empresa Statoil, regida pelo governo norueguês. No norte do Brasil, a petrolífera francesa Total e a britânica BP é que estão em processo de licenciamento ambiental para explorar a costa da Amazônia, contra mais de 1 milhão de pessoas que já se manifestaram contra esse projeto assinando a petição. Em comum, elas têm um ganancioso desespero de encher seus bolsos de dinheiro. Por isso, querem explorar a qualquer custo.

    Ativistas protestam no Ártico

    A boa notícia é que existem muitas pessoas ao redor do mundo defendendo esses locais incríveis. Nesta sexta-feira (21/7), 11 ativistas em botes infláveis fizeram um protesto no mar de Barents contra a plataforma Statoil Songa Enabler, a 275 km ao norte da costa norueguesa.

    A atriz Lucy Lawless se reúne aos ativistas do Greenpeace no protesto contra a exploração da norueguesa Statoil, no Ártico.

     

    A sobrevivente das mudanças climáticas, Joanna Sustento, das Filipinas, e a atriz e ativista Lucy Lawless, da Nova Zelândia, célebre no Brasil por ter feito a princesa guerreira Xena, estão entre as 19 nacionalidades que viajaram para as águas do norte do planeta a bordo do navio do Greenpeace Arctic Sunrise. "É difícil entender e aceitar que um governo como o da Noruega abra novas áreas de exploração de petróleo no Ártico, sabendo que irá colocar famílias em risco em outras partes do mundo", afirma Joanna, que perdeu toda a família, exceto o irmão, para o super tufão Hayan. Confira sua história no vídeo.

    Apenas duas semanas após a assinatura do Acordo sobre o Clima de Paris, o governo da Noruega concedeu a 13 companhias de petróleo dez novas licenças em uma área completamente nova, pela primeira vez em mais de 20 anos. Em 2016, o Greenpeace entrou com um processo judicial contra o governo da Noruega e as mais de 250.000 assinaturas já reunidas na petição contra a exploração serão usadas para apoiar o caso no tribunal.

    "Eu não posso acompanhar isso sem fazer nada, quando sabemos que não podemos queimar mais um único barril de petróleo de um novo poço, se quisermos evitar uma catástrofe climática. Não quero olhar meus filhos nos olhos e explicar porque não fiz tudo o que pude para protegê-los. É além do meu entendimento que o governo norueguês dê à Statoil um passe livre para explorar como louca às custas das gerações futuras", disse Lucy Lawless.

    O navio Arctic Sunrise protesta no mar de Barents, contra a plataforma da petrolífera norueguesa Statoil

     

      Leia mais >

  • Vender nossas florestas não ajudará o clima

    Postado por Rodrigo Gerhardt - 12 - jul - 2017 às 13:15

    Organizações e movimentos defendem florestas fora do mercado de carbono em carta ao governo brasileiro. Mudanças nesse sentido colocariam em risco a integridade ambiental do país e do planeta, além da arquitetura do Acordo de Paris

    A capacidade que árvores e ecossistemas têm de remover e fixar carbono da atmosfera é muito mais lenta que o ritmo de emissões da queima de combustíveis fósseis, e o carbono acumulado em florestas é vulnerável a desmatamentos e queimadas.

     

    O Greenpeace, junto a mais de 50 organizações e movimentos brasileiros que atuam em pautas relacionadas a meio ambiente, direitos humanos, direitos dos trabalhadores, povos indígenas e comunidades tradicionais protocolaram ontem no Ministério do Meio Ambiente e no Ministério das Relações Exteriores a “Carta em defesa da posição histórica do Brasil sobre offsets florestais”. Trata-se de uma reação a tentativas de viabilizar o uso de florestas em mercados de compensação de emissões de carbono (offsets), vista como uma falsa solução ao desafio das mudanças climáticas.  

    Alguns atores têm usado o momento de negociação da implementação do Acordo de Paris, a crise política e a turbulência econômica pela qual o país e o mundo passam como pretexto para demandar medidas a favor de offsets. O esforço beneficiaria aqueles que continuariam emitindo gases de efeito estufa ou receberiam recursos mobilizados, mas traria graves conseqüências para o Brasil e o mundo.

    A Carta traz oito pontos que explicam porque os offsets florestais apenas agravariam a crise climática. Entre os argumentos, está a falsa equivalência entre o carbono emitido por combustíveis fósseis e o capturado pelas árvores; o aprofundamento de desigualdades; e o fato de que a compensação via offsets geraria incentivos para países segurarem a ambição de suas metas de redução de emissões perante a ONU.

    Desta forma, defendemos o posicionamento histórico do Brasil de não considerar projetos de redução de desmatamento, conservação e recuperação de florestas elegíveis para a geração de créditos de carbono. “Não podemos desviar a atenção das verdadeiras soluções e das políticas necessárias de enfrentamento à crise climática”, afirmam todos os signatários.

    Veja a Carta na íntegra. Leia mais >

  • Bob Esponja enfrentará a BP para defender os Corais da Amazônia

    Postado por Priya Surendra - 4 - jul - 2017 às 16:00

    A mais famosa esponja-do-mar tomou uma atitude para evitar que empresas explorem petróleo perto dos Corais da Amazônia, no Norte do Brasil.

    Leia mais >

    Você se lembra da empresa britânica BP? Essa é a petrolífera que devastou o Golfo do México com o desastre da Deepwater Horizon em 2010. Na ocasião 4,9 milhões de barris de petróleo foram derramados no mar, contaminando o oceano e a costa de diversos países. A BP, agora, planeja extrair petróleo no Norte do Brasil, bem perto de onde estão os Corais da Amazônia. O que poderia dar errado ali?

    Os Corais da Amazônia são o lar doce lar de várias espécies, como corais-rosa, peixes coloridos e mais de 60 espécies de esponjas-do-mar. Por sua biodiversidade, foram descritos como uma “floresta tropical dos oceanos”. Mas ainda sabemos pouco sobre tudo o que existe ali e o quão especial ele é.

    Se as perfurações nos poços da BP resultarem em um vazamento, o óleo pode se alastrar por uma grande área, chegando até os Corais da Amazônia. Sim, isso pode acontecer.

    Então, vamos pressionar a petrolífera BP a desistir de seus planos e a deixar os Corais da Amazônia em paz. E vamos também trabalhar para defender esse ecossistema único no mundo de futuros vazamentos de petróleo. Afinal, a BP é apenas uma das empresas que pretendem explorar petróleo na região. A outra é a francesa Total.

    A boa notícia é que os Corais da Amazônia têm agora um novo defensor que irá enfrentar a BP e lutar por justiça. Seu nome? Bob Esponja Calça Quadrada!

    Sendo um morador de um recife de corais, Bob Esponja sabe tudo sobre a proteção dos oceanos. Ele tem muita experiência em campanhas. E, já que existem 60 espécies de esponjas-do-mar nos Corais da Amazônia, para ele, a questão é pessoal.

    Compartilhe esse vídeo e vamos aumentar o número de defensores dos Corais da Amazônia.  Já somos mais de 1,2 milhão de pessoas ao redor do mundo. E, com a ajuda do Bob Esponja, podemos ser bem mais! Assine e compartilhe nossa petição.

    ASSINE A PETIÇÃO

    * Textos e materiais produzidos pelo Greenpeace UK

  • Por que o Bob Esponja é um ótimo defensor dos Corais da Amazônia?

    Postado por Priya Surendra - 4 - jul - 2017 às 16:00

    Personagem vai ajudar o Greenpeace a espalhar a mensagem da campanha que quer evitar a exploração de petróleo perto de um ecossistema único no mundo.

    Leia mais >

    Viu e achou estranha a imagem do Bob Esponja Calça Quadrada segurando uma plaquinha e pedindo para a empresa BP ficar longe dos Corais da Amazônia?

    Não ache estranho – ainda que não seja todo dia que a esponja-do-mar mais famosa do mundo enfrenta uma gigante petrolífera. Já que, nos Corais da Amazônia, vivem mais de 60 espécies de esponjas, para ele, defender esse ecossistema é uma questão pessoal.

    O Bob Esponja é um ótimo defensor dos Corais da Amazônia. E aqui, listamos o porquê.

    1. Ele é um ativista nato

    Qualquer um que já tenha assistido a um episódio do desenho sabe que ele é uma esponja-do-mar de vanguarda. Ele já chamou atenção para as mudanças climáticas e já defendeu os direitos dos trabalhadores contra o ganancioso Senhor Sirigueijo. Então, sua determinação para defender os Corais da Amazônia vem de muita experiência.

    Ele também não é um iniciante em ações diretas. Em um episódio, Bob Esponja fez uma campanha para salvar o Campo das Águas-vivas. Quando tudo parecia perdido, ele parou na frente da escavadeira, foi preso e ainda conseguiu mobilizar milhares de pessoas para impedir que a escavadeira destruísse o preservado lar das águas-vivas

    Nem precisamos dizer que, aqui no Greenpeace somos grandes fãs do Bob Esponja, né?

    2. Seu criador é um biólogo marinho

    O Bob Esponja surgiu como um personagem para ensinar crianças sobre a importância de proteger os oceanos. Em 1984, ele escreveu um quadrinho sobre animais que vivem em piscinas naturais, que, anos depois, virou o rascunho do desenho Bob Esponja e, ainda, resultou em um prêmio sobre conscientização da proteção dos mares.

    Além disso, o Bob Esponja é bem famoso entre os cientistas. Pesquisadores de fungos (chamados também de micologistas) descobriram uma espécie na Malásia que produz uma fruta da cor de uma esponja laranja, para eles, parecido com o Bob Esponja. O nome que eles deram ao fungo? Spongiforma squarepantsii. Isso é sério.

    3. Ele vive em um recife de corais

    Apesar de se parecer mais com uma esponja de banho, o Bob é uma esponja-do-mar. Nos Corais da Amazônia existem muitas como ele. Na expedição que o Greenpeace fez para ver as primeiras imagens dos Corais debaixo d’água, vimos até uma esponja amarela (quase quadrada). Seria um primo distante do Bob Esponja? Que nome você daria a ele?

    Na expedição que o Greenpeace fez para registrar imagens dos Corais da Amazônia, encontramos essa esponja-do-mar. Seria um primo distante do Bob Esponja? (Foto: Greenpeace)

    O Bob Esponja mora em um recife de corais chamado Fenda do Biquíni, que fica no Atol de Bikini, no Oceano Pacífico. Seu melhor amigo, Patrick, é uma estrela-do-mar e seu vizinho, Lula Molusco é um polvo (sim, mesmo com esse nome). Seu chefe é um caranguejo e sua amiga de esportes radicais é uma esquila com capacete de astronauta que vive em um iglu de vidro...

    Ok, não há tanta coisa em comum com os Corais da Amazônia, mas quem sabe, né? Conhecemos apenas uma pequena porção desse ecossistema. Vai que ali também existe um esquilo vivendo em um iglu...

    4. Ele tem muitos seguidores

    Se você está na Internet, você já viu algum meme do Bob Esponja. Ele é uma sensação que viraliza e uma fonte de piadas e ideias. Então, nos parece uma ótima ideia tê-lo ao nosso lado para espalhar a mensagem de que a petrolífera BP deve ficar longe dos Corais da Amazônia.

    5. Ele é determinado

    Segundo a Wikiesponja, o Bob Esponja é muito determinado e sempre termina as tarefas que começa. É exatamente o tipo de atitude  que precisamos para defender os Corais da Amazônia.

    Seu modo inocente de encarar o mundo faz com que o Bob Esponja veja tudo com muito entusiasmo, mesmo quando a sorte está contra ele. Ele nunca desanima com as complexidades da vida ou com o cinismo sem piedade de seus companheiros marinhos. Ao contrário, ele dedica seu trabalho à crença de que um mundo melhor é possível.

    É por isso que o Bob Esponja Calça Quadrada é um ótimo defensor dos Corais da Amazônia. Porque ele não vai desistir até que nós vençamos. E nem nós vamos parar.

    Faça como ele. Diga para a BP ficar longe dos Corais da Amazônia.

    ASSINE A PETIÇÃO

    * Textos e materiais produzidos pelo Greenpeace UK

  • Midnight Oil entra na campanha pela defesa dos Corais da Amazônia

    Postado por Rodrigo Gerhardt - 29 - jun - 2017 às 19:10

    Em um encontro inesquecível no Rio de Janeiro, a banda australiana tocou seus maiores sucessos a bordo do Rainbow Warrior para convocar todos a se posicionarem contra a exploração de petróleo na região

    Foto: Rafael Silva/Greenpeace

     Já escreveram que o acaso encontra sempre quem possa se aproveitar dele. Quis o destino que o nosso navio Rainbow Warrior estivesse no Rio de Janeiro para celebrar os 25 anos do Greenpeace Brasil justamente no momento em que o Midnight Oil se apresentava na cidade, com sua sua turnê mundial "The Great Circle World Tour". Este encontro não poderia passar em branco e resultou em um pocket show exclusivo e inédito no convés do nosso Guerreiro do Arco-Íris. E com um nobre propósito: alertar o mundo sobre a ameaça aos Corais da Amazônia.

    Referência mundial do rock dos anos 1980, a banda liderada por Peter Garrett se tornou conhecida também por seu perfil ativista em causas ambientais, como a defesa dos povos aborígenes na Austrália e contra os testes nucleares. Assim, quando souberam dos planos das empresas Total e BP de explorar petróleo em um novo bioma marinho ainda desconhecido, mas cheio de vida, a adesão à campanha foi imediata. Afinal, de corais os australianos conhecem bem - é grande o esforço para proteger a Grande Barreira de Corais da Austrália. Parte dela já está morta em função do aquecimento global.

    Como demonstração de apoio à nossa causa, a banda tocou seis de seus maiores sucessos, como “Say Your Prayers”, “Sometimes” e “Beds are Burning”, na companhia de membros da tripulação e dos voluntários que participaram da visitação do público ao Rainbow Warrior. Confira alguns momentos desse encontro e o recado que Peter Garrett deixou para você:

      

     

    Foi a primeira vez que banda tocou em um navio do Greenpeace. ©Barbara Veiga/Greenpeace

     

    É claro que pedimos autógrafos! ©Barbara Veiga/Greenpeace

     

    A parceria de longa data

    Midnight Oil e Greenpeace têm uma história em comum no ativismo ambiental. Peter Garrett já foi membro do nosso conselho internacional, já esteve a bordo de nossos navios e apoiou diversas campanhas. Em 1998, quando esteve no Brasil, a banda participou de um protesto contra a poluição do ar causada pelo trânsito, em São Paulo, como mostra esta foto abaixo que descobrimos em nossos arquivos:

    Foto: Iata Cannabrava/ Greenpeace Leia mais >

     
  • 7 razões do porquê as esponjas-do-mar são animais MUITO legais

    Postado por Emily Buchanan* - 28 - jun - 2017 às 16:41

    Ahhh… As esponjas-do-mar. Elas não são exatamente as coisinhas mais fofas do oceanos. Não têm olhinhos, línguas, orelhinhas, boca ou até mesmo um cérebro, né? Também não se movem, e algumas se parecem com Cheetos.

     
    Para a maioria da pessoas, elas são plantas bonitinhas que vivem nos recifes e são usadas como pula-pula por filhotes de peixes. Mas, na verdade, elas são os animais multicelulares mais simples do mundo. E vou explicar porquê elas são tão LEGAIS!

    Esponjas foram os primeiros animais na terra

     
    Um novo estudo sugere que as esponjas existem há pelo menos 640 milhões de anos. Ou seja, 400 anos milhões de anos antes dos dinossauros e 100 milhões de anos antes de qualquer outro animal! Nesse tempo, elas viram de tudo, incluindo extinções em massa. E cientistas acreditam que elas ainda poderiam sobreviver às mudanças climáticas. São realmente seres pós-apocalipse.

    Algumas são gigantenormes 

     
    No Havaí, existe uma esponja do mar do tamanho de uma minivan. São mais de 3,5 metros de largura e 2 metros de comprimento! Os biólogos marinhos acreditam que ela tenha aproximadamente 2 mil anos – seria, então, o animal vivo mais velho do mundo. Esse mamute aquático está a mais de 2 mil metros de profundidade e foi descoberto por um submarino, como o que usamos para fazer as primeiras imagens dos Corais da Amazônia no começo deste ano.

    Elas continuam surpreendendo os cientistas
     
    Falando sobre os Corais da Amazônia… As esponjas do mar também estão lá. Até agora não achamos nenhuma esponja do tamanho de um mamute, mas vimos 60 espécies de esponjas marinhas – inclusive uma que se parece muito com o Bob Esponja Calça Quadrada!

    Essas esponjas são parte do recife que está tirando o fôlego da comunidade científica, por existir em uma área sem muita luz, onde não podem fazer fotossíntese e há baixa taxa de oxigênio. Os corais são chamados de “uma das maiores surpresas da biologia marinha moderna".

    Os Corais da Amazônia, no entanto, já estão ameaçados. Empresas de petróleo querem explorar ali perto, colocando em risco os recifes e a vida marinha da região, caso ocorra um vazamento de petróleo. 

    Elas se regeneram

     
    Se você despedaçar uma esponja (não faça isso!) em milhares de pedaços microscópicos, os pedaços vão se unir e se regenerar, formando várias novas esponjas. Ver esse processo no microscópio é como entrar num túnel do tempo, que nos leva diretamente a 640 milhões de anos atrás, e nos mostra como a vida foi formada na Terra.

    Elas podem ter um escudo químico para defesa
     
    Imagine o quão difícil é se defender sem se locomover. Por isso, há um tipo de esponja que desenvolveu um escudo químico. Conhecida pelo engraçado nome de “crambe crambe”, ela cria um grande "círculo químico" para afastar predadores. E é também muito territorial, pois usa uma neblina tóxica para não deixar que outras espécies se aproximem.

    Têm o poder das Puffballs

     A Puffball laranja parece até personagem de desenho animado, mas essa esponja está ensinando muito aos engenheiros sobre projeto arquitetônico. Um novo estudo mostra que as pequenas estruturais internas da Puffball laranja evoluíram para evitar que ela fosse esmagada. As estruturas são mais finas que fios de cabelo e podem ser a chave de como aumentar a resistência de estruturas feitas pelos humanos, como prédios e rodas de bicicleta.

    Esponjas alimentam organismos maiores que elas
     
    Algo que deixa os cientistas perplexos há décadas é a capacidade de recifes de sobreviverem em águas com pouca fonte de nutrientes. Pesquisadores holandeses acreditam que tudo se deve às incríveis esponjas do mar.

    Para comer, as esponjas filtram milhares de litros de água. Durante esse processo, transformam o carbono e o nitrogênio em nutrientes para organismos maiores, como lesmas-do-mar e caranguejos. Isso é conhecido como o “circuito da esponja” e os cientistas acreditam que a descoberta beneficia os esforços para salvar recifes. Basicamente, as esponjas são super heróis da conservação!

    Uma ode às esponjas
    Esponjas marinhas. Elas são mais velhas que o tempo, algumas são gigantescas e parecem ter super poderes: de escudos protetores à reencarnação. Sua formação genética, tão simples, está ajudando os cientistas a decodificar a história da vida na Terra. E quanto mais sabemos, mais percebemos quão importante elas são para um ecossistema marinho saudável e em equilíbrio. E é exatamente por isso que precisamos protegê-las.

    Você pode defender essas criaturas incríveis ao assinar a nossa petição. Nos Corais da Amazônia estão muitas esponjas e não podemos permitir que empresas explorem petróleo ali perto, colocando esses incríveis animais em risco!

     *Tradução do texto original publicado pelo Greenpeace UK. Leia mais >

  • Greenpeace: 25 anos no Brasil lutando pelo meio ambiente e pela vida

    Postado por Renato Guimarães - 25 - jun - 2017 às 19:27

    No dia 26 de abril de 1992, um pequeno grupo de ativistas fazia a primeira ação da organização no Brasil. Desde lá, os desafios cresceram. E as conquistas também.

    26 de abril de 1992. Em uma manhã nublada de outono, 800 de cruzes brancas são fincadas no chão. Ao fundo, a torre sinistra da Usina Nuclear de Angra e voluntários e ativistas do Greenpeace à frente da primeira ação pública da organização no Brasil. Eles se colocavam contra a usina de energia nuclear e  homenageavam os mortos na tragédia de Chernobyl. Em 1986, os reatores da central nuclear de Chernobyl explodiram, deixando um rastro de destruição.

    Aqueles poucos voluntários e ativistas, que se colocaram contra uma arriscada fonte de energia como a nuclear, se multiplicaram. Hoje, em torno de variadas causas, eles somam 65 mil doadores, quase 3 mil voluntários e mais de 3 milhões de cyberativistas, que nos seguem nas redes sociais. A participação de cada uma dessas pessoas tornou o Greenpeace uma das maiores e mais respeitadas entidades ambientalistas do Brasil.

    Mais importante ainda é o apoio individual, expresso em doação de dinheiro, tempo e inteligência, que garante a principal característica do Greenpeace: sua total independência de interesses políticos ou corporativos. Vale reforçar que não ganhamos nem um tostão de empresas ou governos.

    São 25 anos confrontando desmatadores ilegais da Amazônia, as poderosas indústrias do petróleo e de energia nuclear, produtores de transgênicos, além de projetos de infraestrutura babilônicos que ameaçam o meio ambiente e as comunidades tradicionais.

    Os recursos doados ao Greenpeace permitem que a organização realize pesquisas e estimule soluções para nosso planeta. Nós apoiamos e estudamos o potencial das energias renováveis, como a solar e eólica e as fontes renováveis para o transporte público e privado. Nós trabalhamos arduamente pela Moratória da Soja, para frear o desmatamento da Amazônia. Fazemos parcerias com comunidades indígenas para proteger a floresta contra o desmatamento ilegal. E, esse ano, mostramos ao mundo pela primeira vez um recife de corais que estava escondido nas águas turvas do mar, onde o Rio Amazonas encontra o mar – e que já está ameaçado pela exploração de petróleo. Esses exemplos são só alguns entre tantas outras lutas e vitórias.

    Os desafios continuam

    Dois meses depois da ação que estreou o trabalho do Greenpeace no Brasil, recebemos pela primeira vez o Rainbow Warrior (Guerreiro do Arco-íris), navio-símbolo da organização. O veleiro estava aqui para apoiar o trabalho da organização durante a Eco-92 (ou Rio-92) – a primeira grande conferência da ONU sobre meio ambiente, que aconteceu no Rio de Janeiro.

    Quem esteve presente naqueles dias guarda na memória o clima festivo e, ao mesmo tempo, de luta trazido por milhares de representantes da sociedade civil global reunidos no Rio de Janeiro.

    Um momento particularmente emocionante foi quando o Dalai Lama chegou para visitar o Rainbow Warrior. De repente, fez-se um silêncio respeitoso, enquanto o líder religioso cumprimentava a conversava com cada pessoa presente.

    Infelizmente, ao longo destes anos, nem sempre a recepção ao Greenpeace foi tão amistosa. Houve momentos de tensão, especialmente em ações na Amazônia, onde lutamos pela proteção da floresta, agindo contra o desmatamento ilegal, contra projetos de infraestrutura e o avanço da fronteira agrícola. Apesar disso, a organização segue firme com suas ações não-violentas em favor do meio ambiente.

    Hoje, novos desafios se apresentam. O sistema de proteção ambiental brasileiro está sob risco, com diversas medidas de enfraquecimento propostas principalmente pela bancada ruralista no Congresso. Projetos de exploração petrolífera fazem o Brasil caminhar na direção contrária da luta global contra as mudanças climáticas.

    Por isso, os próximos anos serão de luta ainda mais intensa em favor do meio ambiente e da vida. E o apoio de cada pessoa continua sendo tão fundamental como tem sido ao longo desses 25 anos.

    #JuntosSomosGreenpeace!

    Já viu o vídeo que celebra nosso aniversário de 25 anos? Veja aqui e compartilhe com seus amigos e parentes.

    Comemore conosco

    Como parte da celebração deste aniversário, o Rainbow Warrior III está chegando ao Rio de Janeiro. Por alguns dias, nosso navio estará no Píer Mauá, aberto para visitação do público. Quem passar por lá conhecerá nosso navio-símbolo e mais detalhes desses 25 anos de luta. Participe!

      Leia mais >

101 - 110 de 3150 resultados.