Mikael Freitas, estudante de Ciências Biológicas da Universidade de São Paulo, é o novo estagiário da casa. Recém integrado ao time, para trabalhar na campanha de Oceanos, ele desembarca em pleno caos do desastre ambiental no Golfo do México. 

Momentos como estes nos relembram constantemente de que há muito trabalho a ser feito. Isto, o Mikael já entendeu.

Leia abaixo o seu relato:  

"Três semanas se passaram desde a explosão da plataforma Deepwater Horizon no Golfo do México e o óleo continua vazando e assustando. E nós, continuamos acompanhando o que pode ser o maior desastre ambiental dos Estados Unidos. A pergunta que não cala: será este o último?

Em 1989, o acidente da Exxon Valdez, por maior que tenha sido o estrago, deixou ambientalistas com uma ponta de esperança ao imaginar que tamanho desastre abriria os olhos mundiais para os enormes riscos da extração e utilização do petróleo. Mas, claro, movida pelo lucro abundante, a exploração só fez aumentar.

Vivemos hoje um efeito amplamente conhecido, que é a crise climática, causada pelo aumento de CO2 na atmosfera. Este aumento desencadeia outros aumentos, como o da temperatura média do planeta, da acidificação dos oceanos, da elevação do nível dos mares, do aumento no número de desastres ambientais desde regiões onde estes já ocorriam até lugares como o Sul brasileiro, que conheceu, não há muito tempo, o poder dos tornados.

As Nações Unidas anunciaram que a perda da biodiversidade já está em níveis críticos e que muitos ecossistemas estão chegando, ou já chegaram, no que a ONU classificou de ‘ponto sem volta’. Enquanto isso, aqui no Brasil, vemos surgir Belos Montes, Portos “SulJOS”, sem mencionar a proposta de alteração do Código Florestal Brasileiro. Seguindo um padrão de desenvolvimento arcaico que não consegue pensar em longo prazo.

Já passou da hora de nos perguntamos se é de fato este mundo que queremos viver. É neste mundo que queremos que nossos filhos e os filhos dos nossos filhos cresçam? A mudança só pode ocorrer com a participação de todos. Queremos crescimento econômico? Queremos. Mas queremos um país que cresça com responsabilidade.

O Greenpeace defende a redução do uso de combustíveis fósseis e a migração para uma matriz energética limpa e sustentável, como a eólica, a solar e a biomassa.

Faça você a sua parte: Participe das ações do Greenpeace, reduza seu consumo de energia, pratique a carona solidária, não jogue lixo na praia e contribua com a saúde do planeta"

Por: Mikael Freitas