Antes: “Mas o que é isso? Pode pisar?”. Depois: “Que legal! Pode ir de novo?”. Esse foi o clima da intervenção artística Pegada verde contra a madeira ilegal, proposta pelo Greenpeace para denunciar a retirada de madeira ilegal da Amazônia. A ideia era fazer com que a própria sociedade civil transformasse um tronco numa árvore ao pintar, enquanto caminha, uma esverdeada copa de árvore.

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“Com o espaço da copa sobre a faixa de pedestre, ficava quase impossível para o pedestre que atravessava não interagir com a pintura” falou Stecy de Almeida, de 22 anos e voluntária do Greenpeace em São Paulo, onde a intervenção foi realizada no cruzamento da Av. Paulista com a R. Padre João Manuel.

Debora Ota, de 29 anos, acredita que é difícil uma pessoa morando numa grande metrópole como São Paulo entender a importância da Amazônia. “Fazer essa denúncia aqui, ainda mais sendo tão visual e interativa, é uma ótima maneira de espalhar essa mensagem”, completa ela.

As pegadas verdes se espalharam por oito capitais do Brasil: Manaus, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, São Paulo, Salvador, Recife, Porto Alegre e Brasília. No Rio de Janeiro, o voluntário Rafael Gomes aproveitava o semáforo para conversar com as pessoas: “Não tinha como não ver a árvore estendida ali no asfalto, então elas mesmo perguntavam. Esse foi o momento de discutir a campanha e ouvir o cidadão”.

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Árvore colocada nas ruas do Rio de Janeiro pelos voluntários do Greenpeace (©Greenpeace)

 

Denúncia

Uma investigação de dois anos do Greenpeace no estado do Pará revelou que o atual sistema de controle ambiental brasileiro não é apenas falho, mas alimenta a degradação florestal e o desmatamento.

Frequentemente, em vez de conter o crime, esse sistema é usado para ‘lavar’ madeira produzida de forma predatória e ilegal. Mais tarde, ela será vendida a consumidores do Brasil e do mundo como produto fiscalizado e legalizado.

Entre agosto de 2011 e julho de 2012, estima-se que 78% das áreas com atividades madeireiras no Pará, maior produtor e exportador de madeira da Amazônia, não tinham autorização de exploração. No Mato Grosso, segundo maior produtor, esse índice é de 54%.

Para ver a denúncia completa, clique aqui e veja o site animado.