Greenpeace / Jiri Rezac

Hoje pela manhã, ativistas do Greenpeace interceptaram em Israel o navio Orient Venus, que chegava ao país com um enorme carregamento de carvão (talvez a fonte de energia mais suja do planeta). Três ativistas subiram à bordo do Venus em alto-mar e montaram um pequeno acampamento na ancoragem do navio, para impedir que a carga chegasse ao porto de Hadera.

"O governo israelense ignora os custos verdadeiros da produção de energia gerada por carvão e apresenta ao público apenas os custos imediatos de mercado. Mas o custo ambiental e a poluição não são nem ao menos mencionados por nossos governantes" disse Nili Grossman, coordenadora da campanha de energia em Israel. 

Os três ativistas permaneceram acampados no Venus por algumas horas, até que a polícia removeu o grupo do navio. "Me impressiona o esforço de nossas autoridades em remover manifestantes com demandas legítimas à bordo de um navio recheado de carvão, ao invés de impedir esta embarcação de atracar em Israel", disse um dos ativistas. "Há muito mais perigo na queima do carvão do que em nosso protesto pacífico".

Israel opera duas usinas de carvão (uma em Hadera, ao norte de Tel Aviv, e outra em Ashkelon), e discute a contrução de uma terceira, em Ashkelon. A decisão sairá nos próximos meses.

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