Estudo publicado na semana passada pela Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Paraná (Seab) aponta que as normas estabelecidas pela resolução normativa nº4 da CTNBio para a coexistência entre lavouras de milho geneticamente modificado e convencional, sem que haja contaminação transgênica,  são  insuficientes. A pesquisa diagnosticou contaminação de culturas convecionais superior a 1% em distâncias maiores do que as adotadas como seguras pela Comissão.

A resolução ineficaz pode colocar na mira o bolso dos produtores de milho convencional que, com a contaminação acima de 1%, deverão perder espaço no mercado. Em declaração ao jornal Brasil Econômico, o vice-presidente da Associação Brasileira das Indústrias do Milho, Ronald Rocha, mencionou que a saca de milho convencional chega a custar até R$ 2 a mais do que a do milho transgênico. Somadas as perdas econômicas, o patrimônio genético e a agrobiodiversidade do milho brasileiro também ficam à perigo.

As dúvidas que pairam sobre a resolução da CTNBio não são novas. Em agosto de 2009, notificada pela mesma Seab, a Comissão preferiu não avaliar os problemas da resolução alegando falta de argumentos científicos para a discussão. Agora, com a pesquisa recém-lançada, esperamos notícias mais animadoras.