Em 2012, triplicou o número de casos de trabalho escravo no desmatamento. Foto: © Greenpeace/Daniel Beltra

 

As chagas que chegam na esteira do desmatamento continuam bem abertas. Prova disso são os dados de trabalho escravo em 2012, que a Comissão Pastoral da Terra (CPT) acaba de divulgar. Segundo o relatório, este ano triplicou o número de pessoas escravizadas no desmatamento. Foram 345 trabalhadores descobertos, contra 109 do ano anterior.

Não por acaso, a Amazônia é a região que concentra os maiores índices, respondendo por cerca de 62% dos casos registrados. Na região, quase dois mil trabalhadores foram encontrados em condições análogas à escravidão. Longe de ser coincidência, é ali a fronteira por onde os tratores mais avançaram nas últimas décadas.

Dentre as atividades que mais fazem uso de mão de obra escrava, despontam na lista a produção de carvão vegetal e a pecuária – dois setores que insistem em atrelar sua produção à devastação das florestas.

Se olharmos os números que vão de 2003 a 2012, o cenário é ainda mais perturbador: foram 3476 trabalhadores em condições análogas à escravidão praticando o desmatamento nesse período. No setor da pecuária - que geralmente chega após as derrubadas - foram quase 23 mil. E os índices podem ser ainda maiores, já que nem todos os casos são descobertos e registrados.

É para dar um ponto final a esse processo degradante que o Greenpeace se uniu a milhares de brasileiros e a movimentos sociais, indígenas e ambientais para levar ao Congresso uma lei de iniciativa popular do desmatamento zero. O fim da destruição das nossas matas é um passo fundamental para uma mudança de mentalidade nos processos produtivos brasileiros.

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