O encontro anual da Comissão Internacional da Baleia (CIB), terminou no dia 24, como escrevemos, numa espécie de empate. A proposta americana de estabelecer uma quota de matança pelos próximos dez anos – a ideia era que o prazo permitiria às nações caçadoras, Japão, Noruega e Islândia, fecharem suas indústrias baleeiras sem grandes traumas sociais e econômicos – não vingou. Permanece em vigor a moratória cheia de buracos que permite que esses três países arpoem cetáceos em nome da ciência.

Mas os cientistas que estudam estes bichos, segundo reportagem do The New York Times, não estão nada felizes com o uso indevido de sua atividade para justificar arpoá-los. Muito pelo contrário. Eles são absolutamente a favor de uma moratória definitiva da matança. Suas pesquisas indicam que matar cetáceos pode ser tão grave quanto matar humanos. Suas espécies têm comportamento social e cerebral quase tão complexo quanto o nosso. A ciência está apontando que como nós, os cetáceos têm almas.