Laboratório de Células Solares do Núcleo Tecnológico de Energia Solar da PUC-RS, em Porto Alegre (RS). (©Greenpeace/Rogério Reis)

Foi lançado hoje o relatório “O Setor Elétrico Brasileiro e a Sustentabilidade no Século 21 – Oportunidades e Desafios” que traz artigos de um grupo de pesquisadores e especialistas do setor elétrico brasileiro, entre eles, Ricardo Baitelo, coordenador da campanha Clima e Energia do Greenpeace Brasil.

Eficiência energética, perdas no sistema de transmissão, as premissas adotadas pelo governo ao definir cenários futuros de demanda energética, a construção de grandes hidrelétricas na Amazônia Legal e seus impactos socioambientais são alguns dos temas discutidos nos artigos presentes no relatório.

Segundo Ricardo, “o que ainda falta para que a energia eólica e a solar ampliem a participação na matriz energética do país são politica e planejamento contínuos que permitam que essas fontes cresçam no médio e longo prazo.”

“Energias renováveis: eólica e solar”, escrito por Ricardo, analisa o estado atual dessas duas fontes de energia na matriz energética brasileira, aponta os benefícios, oportunidades e os fatores que limitam o crescimento das indústrias eólica e solar no Brasil.

Com uma orientação política clara e consciente, o Brasil tem todas as condições para se tornar a primeira grande potência energética de matriz quase 100% limpa. Estima-se que a energia solar sozinha seria capaz de atender cerca de dez vezes toda a demanda energética do país e a eólica poderia atender o triplo da atual demanda de eletricidade.

O argumento de que essas fontes não são economicamente competitivas no mercado quando comparadas a outras já não é mais real. Cada vez mais estas tecnologias têm se tornado viáveis, mesmo quando comparadas com fontes de energia convencionais que recebem subsídios. Além disso, possuem a vantagem de terem baixas emissões de gases estufa e de criar empregos verdes.