6 lutas que o Esperanza já travou pelo mundo

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Notícia - 20 - jan - 2017
A aventura que o maior navio do Greenpeace está prestes a realizar na região da Foz do Amazonas é inédita, mas não faltam experiências na defesa do planeta. Confira os principais desafios que ele já enfrentou:

1. Pelas florestas

Sua primeira atividade aconteceu em 2002 para a campanha global “Save or delete”, que denunciava a destruição das florestas tropicais. Por diversas vezes, o Esperanza bloqueou outros navios de descarregarem madeira, principalmente oriunda da Floresta Amazônica, nos portos europeus. Numa delas, cinco ativistas conseguiram embarcar em um navio russo e pintar as palavras "Forest Crime" (Crime Florestal) nos pacotes de madeira a bordo.

Ativista paralisa descarregamento de madeira insustentável Foto: David Sims/ Greenpeace

2. Pelos oceanos

Não à toa, o Esperanza tem uma conexão especial com a campanha de Oceanos da organização. Em 2005, ele participou de ações pela promoção de reservas marinhas e contra a pesca de arrasto. Nessa técnica, uma grande e pesada rede é arrastada, destruindo a biodiversidade que encontra.

Encontro do Esperanza com uma baleia jubarte Foto: Jiri Reza / Greenpeace

3. Pelas baleias

No fim de 2007, o Esperanza conduziu uma expedição rumo ao Santuário de Baleias da Antártida. Com uma tripulação internacional, inclusive com brasileiros, a expedição lutava pelo fim da caça de baleias e expunha a possibilidade de fazer pesquisa científica sem matá-las. Em várias ocasiões, confrontou baleeiros japoneses, perseguindo-os por centenas de milhas sob o frio e a névoa para impedi-los de continuar caçando os animais. Em fevereiro daquele ano, o Esperanza se valeu de sua origem como embarcação contra incêndio e socorreu um desses navios que havia pegado fogo, o Nisshin Maru, escoltando-o para fora das águas antárticas.

 

4. Pelo clima

Outra forte atuação tem sido contra a exploração de petróleo, especialmente no Ártico, onde o Esperanza tem ido com frequência nos últimos anos. No verão de 2010, ele realizou uma expedição científica para avaliar os níveis e efeitos da acidificação do mar da região polar. No mesmo ano, rumou para a Groelândia, onde ativistas a bordo dos botes infláveis conseguiram escalar uma plataforma de perfuração dinamarquesa e interromper a operação. Abordagens deste tipo têm sido frequentes com o Esperanza, graças a sua ótima capacidade de navegar no gelo. Em 2015, seis escaladores acamparam por seis dias no topo de uma plataforma de perfuração da Shell de 38 mil toneladas, no Alasca, onde instalaram um grande banner de protesto, enquanto o navio do Greenpeace se mantinha ancorado próximo, fazendo pressão.

Esperanza atracado na plataforma Polar Pioneer, da Shell, no Alasca Foto: Vincenzo Floramo

5. Pela agricultura sem agrotóxicos

Em 2015, o Esperança também apoiou a campanha do Greenpeace que pede o fim dos  agrotóxicos em nossa comida. Quando estava no Golfo da Califórnia, ele foi a base para uma investigação sobre a contaminação das águas por produtos químicos tóxicos associados a fertilizantes. Com um banner estendido no mar, os ativistas mandaram uma mensagem para as empresas que atuam no México, para que interrompessem o uso de fertilizantes nocivos na produção de seus produtos alimentícios. Além de poluírem o solo, contaminam a água, impactando os ecossistemas costeiros.

Greenpeace activists unfurled a message in the Gulf of Calfornia to denounce Bimbo, La Costeña, Herdez, Maseca Bachoco and contributing to the deterioration of the environment and the health of the people promoting the excessive use of pesticides and fert

Esperanza denuncia a poluição por agrotóxicos no México Foto: Arturo Rocha/Greenpeace

6. Pela pesca sustentável

No último ano, o Esperanza confrontou a Thai Union, uma das maiores produtoras de atum enlatado do mundo, sobre suas práticas destrutivas de sobrepesca, que causam a morte de muitas outras espécies e prejudicam as pequenas comunidades. Na expedição no Oceano Índico, os ativistas documentaram as ações nocivas dos barcos a serviço da companhia. Um deles irradiava luzes de alta potência diretamente na água para direcionar os peixes, que eram recolhidos por outros barcos. Os ativistas foram lá e pintaram os faroletes com tinta spray. O navio do Greenpeace recolheu ainda quase 100 bóias e centenas de metros de cordas, redes e linhas de pesca que haviam sido descartados no mar.

Ativistas confrontam a embarcação Explorer II por suas práticas nocivas de pesca Foto: Will Rose / Greenpeace

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