Determinação renovada para todos, avanços de liderança de alguns

Notícia - 18 - nov - 2016
Com o encerramento da Conferência do Clima deste ano, porta-vozes do Greenpeace falam sobre os pontos altos e baixos das negociações entre os países.

Pessoas e governantes que apoiam o Acordo de Paris se reúnem na COP22. No banner, a mensagem "Seguiremos em frente" mostra a determinação em avançar no combate às mudanças climáticas. (Foto: ©Angie Rattay/Greenpeace)

 Marrakesh, 18 de novembro de 2016 – A respeito do resultado das negociações durante a 22a Conferência do Clima em Marrakesh, Jennifer Morgan, diretora-executiva da Greenpeace Internacional, se pronunciou: "As duas últimas semanas presenciaram uma determinação renovada em avançar com o Acordo de Paris. Aqui na ONU, os países deram um pequeno passo juntos e alguns já estão dando os gigantes saltos que precisamos. Quarenta e sete países na linha de frente das mudanças climáticas estão definindo o ritmo, e seu compromisso com energias 100% renováveis mostra a exata liderança e visão que precisamos de todos.

Já Kaisa Kosonen, líder de Políticas Globais do Clima do Greenpeace, afirmou: “Precisávamos de um plano de trabalho para conseguir cortar rapidamente e intensamente as emissões de gases de efeito estufa e, de uma forte diretriz de implementação do Acordo de Paris até 2018. Nós conseguimos o suficiente na COP22. Mas não há nada comparável ao apoio aos países vulneráveis".

Ghalia Fayad, líder do programa mundial do Greenpeace Mediterrâneo Árabe, disse: "As negociações em Marrakesh podem estar terminando hoje, mas agora é a hora de o Marrocos liderar uma ambiciosa transição para um futuro com energias 100% renováveis na região. O Marrocos tem a oportunidade de guiar outros países árabes e africanos para um futuro energético que não depende de combustíveis fósseis, mas sim pelo sol e pelo vento. Se o Marrocos tomar essa liderança,  a Conferência do Clima desse ano será lembrada como a COP da ação".

Li Shuo, assessor de política do  Greenpeace China, também se pronunciou: "Temos visto a China continuar com suas ações pelo clima e em apoio ao Acordo de Paris. É do seu interesse fazê-lo. O consumo chinês de carvão está diminuindo as emissões globais e combatendo a poluição do ar em nossa casa. Podemos esperar novas ações à medida que a China colhe os benefícios de suas políticas climáticas ".

Paulo Adário, da campanha de Floresta do Greenpeace Internacional, declarou: "Manter o aquecimento do planeta abaixo de 1,5 oC requer um grande avanço na proteção e restauração das florestas, não apenas de algumas etapas. Aqui em Marrakesh, falou-se muito sobre o uso de florestas para compensar as emissões de carbono de setores defasados como a aviação. Mas falou-se pouco sobre o compromisso de salvar essas nossas florestas ".

Para concluir, Jennifer Morgan disse: "Se os governos levarem a sério o Acordo de Paris, nenhum novo projeto de combustíveis fósseis será licenciado. Para evitar uma catástrofe climática, precisamos manter os combustíveis fósseis no solo, proteger nossas florestas e oceanos e fazer uma transição rumo à agricultura ecológica e fontes de energia 100% renováveis. Seremos a geração que terminará com combustíveis fósseis. "