Flagrante em terra indígena

6 comentários
Notícia - 12 - nov - 2010
Em sobrevoo pelo Maranhão, Greenpeace documenta retirada ilegal de madeira no interior de terra indígena. Problema é recorrente por ali.

Que o desmatamento está caindo, ninguém nega. Mas os velhos problemas da Amazônia estão bem longe de serem solucionados. Num sobrevoo feito esta semana pelos estados do Pará, Mato Grosso e Maranhão, o Greenpeace avistou e documentou a retirada ilegal de madeira da Terra Indígena Caru. Coisa comum por aquelas bandas.

Situada no município de São João do Caru, no noroeste maranhense, a TI foi criada em 1982 e de lá pra cá assistiu ao avanço veloz do desmatamento em suas bordas. Junto a uma reserva biológica e outras duas terras indígenas, a área é uma ilha de floresta – apesar de boa parte já estar degradada – em meio à devastação. Mas sua proteção oficial não tem freado a pressão de fazendas e madeireiras. Pelo menos 9% da mata já foram derrubados ali dentro, um total de 15 mil hectares.

Caminhão carregado de toras de madeira cruzam estrada aberta dentro da TI Caru, no Maranhão. © Bruno Kelly/Greenpeace

A equipe do Greenpeace fotografou, no interior da TI, dois caminhões carregados de toras e um acampamento improvisado. De cima, é possível enxergar algumas estradas abertas para escoar madeira e desmatamentos já consolidados. Nesta sexta-feira foi encaminhada uma denúncia ao Ibama e à Funai, para que tomem as devidas providências.

No ano passado, agentes desses órgãos já haviam se deparado com atividades madeireiras nas terras indígenas da região. Durante a Operação Arco de Fogo, agentes da Polícia Federal, Força Nacional de Segurança e Polícia Rodoviária Federal apreenderam toras e maquinários, fecharam serrarias e embargaram empresas. Mas foi a fiscalização virar as costas e o problema já estava lá de novo.

O Greenpeace denuncia a continuidade da atividade madeireira na Terra Indígena Caru e solicita aos órgãos competentes que tomem as devidas medidas para proteger a área. Que seja feita a devida fiscalização, a apreensão da madeira e identificação e punição dos infratores.

Tópicos
6 Comentários Adicionar comentário

(Não registado) limatri says:

Deem uma olhada sobre o municipio de Alvinópolis e vejam quanto desmatamento, só para plantar eucaliptos.

Enviado 15 - fev - 2014 às 14:13 Denunciar abuso Reply

Cleidoca says:

Os índios não podem ser tratados assim são cidadãos brasileiros,não precisamos de tantos bois e sim de florestas.

Enviado 26 - nov - 2010 às 19:42 Denunciar abuso Reply

Cleidoca says:

É inaceitável que isso continue acontecendo,os indios são cidadãos brasileiros e tem que ser tratados como tal...não precisam...

Enviado 26 - nov - 2010 às 19:34 Denunciar abuso Reply

Read More Read Less

marlucia says:

Sou de Buriticupu no sul do Maranhão faço parte do Fórum de Políticas publicas de Buriticupu e da Cáritas Diocesana de Viana ...

Enviado 25 - nov - 2010 às 20:12 Denunciar abuso Reply

Read More Read Less

green71 says:

Nossa, concordo isso aí do comentário acima. Mas pra eles é tão difícil fazer isso, por que eles vão perder dinheiro.....

Enviado 13 - nov - 2010 às 22:22 Denunciar abuso Reply

Read More Read Less

Fernando brito says:

Falta mais comprometimento das autoridades, os policiais fecham, embargam, mas depois viram as costas, é claro que eles vão voltar. O govern...

Enviado 13 - nov - 2010 às 1:57 Denunciar abuso Reply

Read More Read Less

1 - 6 de 6 resultados.

Postar um comentário 

Para postar um comentário, você precisa estar logado.