Iluminando escolas

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Notícia - 13 - abr - 2017
Aldeias indígenas do povo Munduruku recebem energia solar

Os Munduruku estão lutando contra a construção de hidrelétricas no rio Tapajós (© Greenpeace)

 

Duas aldeias da Terra Indígena Munduruku receberam placas solares para gerar energia realmente limpa em suas escolas. Com isso, elas deixam de depender de energia gerada por combustível fóssil e passam a gerar sua própria energia a partir do sol. 

A instalação foi resultado de uma aliança do Greenpeace com o Movimento Munduruku Ipereg Ayu, a Amazon Watch, a Empowered by Light e a SolarGrid e ocorre no âmbito da luta do povo Munduruku contra a instalação de hidrelétricas próximas a seus territórios. “Como sabemos, hoje o governo pretende barrar o rio Tapajós para gerar energia. A placa solar mostra que existem outras alternativas de geração de energia para as comunidades tanto indígenas quanto não indígenas e também para as pessoas que moram nas cidades”, disse Maria Leusa Kaba Munduruku, liderança do Movimento Ipereg Ayu.

Veja o vídeo sobre a instalação solar:

“O uso de energia solar é mais um passo para a gente garantir e apoiar a revolução energética que o mundo vem vivendo. Nós do Greenpeace acreditamos que é possível fazer um uso mais intensivo da energia solar e eólica no Brasil e no mundo, cabendo ao governo brasileiro aceitar o fato de que a verdadeira revolução energética passa pelo uso dessas energias e não pela construção de novas hidrelétricas na Amazônia”, disse Danicley de Aguiar, da Campanha da Amazônia do Greenpeace.

Aldeia da Terra Indígena Munduruku recebe placas solares (© Greenpeace)

 

As placas foram instaladas nas aldeias Piquiarana e Boca do Rio das Tropas. Esta última promove aulas noturnas para alunos adolescentes e adultos que até então dependiam dos geradores movidos a diesel e agora podem ser realizadas com a energia gerada a partir do sol. “Essa iniciativa mostra aos alunos que existem outros meios de se obter uma energia limpa e de qualidade sem destruir o meio ambiente”, disse William Bezerra, professor da aldeia Piquiarana. Segundo ele, agora a escola vai poder utilizar recursos como datashow e computadores para melhorar o desempenho das aulas.

“Os povos indígenas estão oferecendo soluções para nosso futuro porque todos nós precisamos adotar energia limpa” disse Christian Poirier, Diretor de Programas da Amazon Watch.

Apoie a luta do povo Munduruku pela proteção do Tapajós. Acesse: www.tapajos.org

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