Notícia - 25 - nov - 2008
Representantes das ONGs que compõe o Observatório do Clima entregaram propostas a deputados federais e ao Ministro do Meio Ambiente.
Queimada na Amazônia - causa direta do aquecimento global.
O Brasil está prestes a ganhar uma lei sobre mudanças climáticas
e a sociedade civil já preparou uma lista de sugestões para
torná-la adequada o suficiente para tratar de um tema tão
importante e urgente. O documento elaborado pelas ONGs do Observatório do
Clima (rede brasileira de articulação sobre mudanças
climáticas) prevê o fim do desmatamento em sete anos e um aumento
para 30% da participação das fontes renováveis na matriz energética
brasileira até 2030, além de promover medidas para que se atinja um
mínimo de 20% de eficiência energética no país no mesmo
período.
As propostas foram entregues nesta quarta-feira (26/11) ao
ministro Carlos Minc, do Meio Ambiente, e a parlamentares. O
deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR), coordenador do Grupo de
Clima da Frente Parlamentar Ambientalista da Câmara dos Deputados,
em Brasília, afirmou que as propostas serão incorporadas ao projeto
de lei e que ele deverá ser aprovado ainda neste ano na Câmara.
"A questão das mudanças climáticas é urgente. Esperamos que essa
lei incorpore as propostas que nós apresentamos, principalmente
aquelas referentes ao Desmatamento Zero e energias renováveis.
Também queremos que a legislação seja realmente aprovada ainda
neste ano. Esse é o melhor presente de Natal que o Congresso pode
dar à população brasileira", afirma Marcelo Furtado, diretor
executivo do Greenpeace.
"Outro ponto urgente é a elaboração de estudos e planos de
adaptação e vulnerabilidade para lidar com fenômenos como o de
Santa Catarina, que tendem a ser mais freqüentes se o tema mudanças
climáticas não for encarado com mais seriedade", diz Furtado.
Carlos Minc, que também estava na reunião, disse que concorda
com as críticas feitas em setembro pelos
ambientalistas ao Plano de Mudanças Climáticas. Para as
ONGs, o plaro era fraco e nada ousado.
O ministro afirmou ainda que algumas das sugestões apresentadas
durante o processo de consulta pública serão incorporadas ao
documento, que será apresentado no dia 1º de dezembro. No entanto,
já adiantou que apesar de estar melhor que a primeira versão, o
plano só vai agradar ambientalistas em 50%.
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