Assinado acordo regional de proteção do meio ambiente na área do Mediterrâneo

Notícia - 20 - nov - 2001
Plano operacional elaborado pela Convenção de Barcelona visa eliminar substâncias tóxicas da região

Vinte países do Mediterrâneo e a União Européia assinaram acordo para eliminar o uso de substâncias tóxicas na região até 2025. O documento é resultado de reunião da Convenção de Barcelona para proteção do Mar Mediterrâneo, encerrada em 17 de novembro.

De acordo com o plano operacional, cada país membro fica incumbido de desenvolver uma avaliação e de divulgar os resultados obtidos relacionados a poluição tóxica. Assim, torna- se obrigatório a realização de um inventário de emissões, abrangendo todas as substâncias tóxicas liberadas no meio ambiente, seja através da água ou do ar, até o fim de 2003, permitindo desta maneira combater o problema na fonte geradora de poluição.

De acordo com Karen Suassuna, coordenadora de tóxicos do Greenpeace no Brasil, as ações que estão sendo acordadas no Mediterrâneo são exemplos para a América Latina, pois, segundo sua explicação, "não há nada parecido aqui na região". Ela ainda completa que, no Brasil, "não se conhece muito bem nem o perfil da indústria, quanto mais estimativas das substâncias tóxicas emitidas".

Alguns países como Espanha, Argélia, Grécia, Síria e Eslovênia, que emperravam as discussões, somente ratificaram os protocolos quando os seus representantes oficiais foram convencidos de que um contingente enorme de pessoas têm as suas vidas afetadas pelas suas decisões.

Num relato emocionante do pescador israelense, Jeres Dania, que contraiu câncer por causa do contato com o lixo industrial, as autoridades foram convencidas a mudar as suas posturas. "Primeiramente, mataram os peixes. Agora, estão nos matando. O governo é conivente, pois concede licenças", acusou. " Por isso, solicitei ao Ministério do Meio Ambiente de Israel que suspendesse as concessões às empresas imediatamente", concluiu.

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