Primeiro registro do baleeiro Yushin Maru no Oceano Antártico, um dos barcos da frota japonesa que pretende caçar cerca de mil baleias este ano. O Esperanza, do Greenpeace, está perseguindo a frota baleeira japonesa para impedir a matança.
Depois de quase dois meses de procura, o navio Esperanza, do
Greenpeace, encontrou nesta sexta-feira com a frota baleeira do
Japão no Santuário de Baleias da Antártica.
A frota baleeira imediatamente se afastou do Esperanza, que
neste momento está em perseguição em alta velocidade. Enquanto os
navios japoneses estiverem nessa velocidade, ficam impossibilitados
de caçar. Se eles tentarem começar a caça, a tripulação
internacional de ativistas do Esperanza vai promover ações diretas
não-violentas para prevenir a matança de quase mil baleias,
incluindo 50 da espécie fin, ameaçada de extinção.
Num comunicado transmitido por rádio para a frota baleeira, em
japonês e inglês, da campanha de Baleias do Greenpeace Japão, Sakyo
Noda, afirmou: "Nossa embarcação e tripulação estão aqui no Oceano
Antártico para condenar sua caçada, que inclui espécies ameaçadas,
e para insistir que deixem a região e retornem ao porto
imediatamente. A sua caçada científica é uma farsa e foi
considerada inútil pela Comissão Internacional Baleeira (CIB).
Pesquisas científicas modernas sobre baleias não requerem que se
mate elas."
Confira aqui a nossa página especial do projeto A Trilha das
Grandes Baleias, que promove pesquisa científica não-letal e prova
que a tal 'caça científica' é uma falácia.
Quando a frota baleeira japonesa partiu do porto de Shimonoseki,
em novembro passado, o governo do Japão confirmou que o propósito
por trás de seu 'programa científico' é na verdade um disfarce para
retomar a caçada comercial.
"O povo japonês não apoia a caça de baleias, que vem sendo feita
em seu nome e com seu dinheiro de impostos", afirmou Junichi Sato,
coordenador da campanha de baleias do Greenpeace Japão.
Uma
pesquisa independente feita pelo Nippon Research Centre em junho de
2006 aponta a posição contrária do povo japonês à caça de
baleias.
"O programa de caça científica do governo japonês é uma
vergonha. Não há lugar para caça de baleia na Antártida. A
Antártida deve ser um lugar para a paz e a ciência, e o que a frota
baleeira está fazendo aqui não é ciência", afirma Leandra
Gonçalves, coordenadora da campanha de baleias do Greenpeace Brasil
e chefe de pesquisa no navio Esperanza.
Confira o blog
da Leandra Gonçalves, no qual ela revela os bastidores da expedição
do Esperanza na Antártica para impedir a caça de baleias pelos
japoneses.
Aqui você pode ver vídeos da expedição.
Essa é a nona expedição do Greenpeace ao Oceano Antártico para
defender as baleias. A última foi realizada em fevereiro de 2007,
quando o Esperanza escoltou o Nisshin Maru, navio-fábrica da frota
baleeira japonesa, até a saída do Oceano Antártico, após um
incêndio que destruiu a embarcação e matou um de seus
tripulantes.
Confira aqui imagens registradas minuto-a-minuto diretamente do
Esperanza na Antártica.
Saiba mais:
Gravamos as baleias tomando café-da-manhã a poucos metros do
Esperanza! Confira como foi a experiência!
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baleias
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