Achamos os baleeiros japoneses na Antártica! Que parem a caça!

Notícia - 10 - jan - 2008
Ao verem o nosso navio Esperanza, fugiram em disparada. Mas estamos na 'cola' deles, para impedir a matança de quase mil baleias.

Primeiro registro do baleeiro Yushin Maru no Oceano Antártico, um dos barcos da frota japonesa que pretende caçar cerca de mil baleias este ano. O Esperanza, do Greenpeace, está perseguindo a frota baleeira japonesa para impedir a matança.

Depois de quase dois meses de procura, o navio Esperanza, do Greenpeace, encontrou nesta sexta-feira com a frota baleeira do Japão no Santuário de Baleias da Antártica.

A frota baleeira imediatamente se afastou do Esperanza, que neste momento está em perseguição em alta velocidade. Enquanto os navios japoneses estiverem nessa velocidade, ficam impossibilitados de caçar. Se eles tentarem começar a caça, a tripulação internacional de ativistas do Esperanza vai promover ações diretas não-violentas para prevenir a matança de quase mil baleias, incluindo 50 da espécie fin, ameaçada de extinção.

Num comunicado transmitido por rádio para a frota baleeira, em japonês e inglês, da campanha de Baleias do Greenpeace Japão, Sakyo Noda, afirmou: "Nossa embarcação e tripulação estão aqui no Oceano Antártico para condenar sua caçada, que inclui espécies ameaçadas, e para insistir que deixem a região e retornem ao porto imediatamente. A sua caçada científica é uma farsa e foi considerada inútil pela Comissão Internacional Baleeira (CIB). Pesquisas científicas modernas sobre baleias não requerem que se mate elas."

Confira aqui a nossa página especial do projeto A Trilha das Grandes Baleias, que promove pesquisa científica não-letal e prova que a tal 'caça científica' é uma falácia.

Quando a frota baleeira japonesa partiu do porto de Shimonoseki, em novembro passado, o governo do Japão confirmou que o propósito por trás de seu 'programa científico' é na verdade um disfarce para retomar a caçada comercial.

"O povo japonês não apoia a caça de baleias, que vem sendo feita em seu nome e com seu dinheiro de impostos", afirmou Junichi Sato, coordenador da campanha de baleias do Greenpeace Japão.

Uma pesquisa independente feita pelo Nippon Research Centre em junho de 2006 aponta a posição contrária do povo japonês à caça de baleias.

"O programa de caça científica do governo japonês é uma vergonha. Não há lugar para caça de baleia na Antártida. A Antártida deve ser um lugar para a paz e a ciência, e o que a frota baleeira está fazendo aqui não é ciência", afirma Leandra Gonçalves, coordenadora da campanha de baleias do Greenpeace Brasil e chefe de pesquisa no navio Esperanza.

Confira o blog da Leandra Gonçalves, no qual ela revela os bastidores da expedição do Esperanza na Antártica para impedir a caça de baleias pelos japoneses.

Aqui você pode ver vídeos da expedição.

Essa é a nona expedição do Greenpeace ao Oceano Antártico para defender as baleias. A última foi realizada em fevereiro de 2007, quando o Esperanza escoltou o Nisshin Maru, navio-fábrica da frota baleeira japonesa, até a saída do Oceano Antártico, após um incêndio que destruiu a embarcação e matou um de seus tripulantes.

Confira aqui imagens registradas minuto-a-minuto diretamente do Esperanza na Antártica.

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