An international report on GE crop contamination has shown multinational companies such as Bayer and Monsanto are turning a blind eye to cases of GE contamination on a global scale, and British Columbians are paying the price with their health.
Empresas de biotecnologia agem impunemente enquanto que os casos
de contaminação transgênica continuam em escala global, revela um
novo estudo lançado nesta quinta-feira pelo Greenpeace
Internacional e o grupo GeneWatch UK.
O relatório
Registros de Contaminação Transgênica 2007 detalha 39 novos
casos de contaminação de plantações ocorridos em 23 países no ano
passado. A maior parte deles envolve cultivos de arroz e milho, mas
também inclui soja, algodão, canola, mamão papaia e peixes. O
Registro de Contaminação Transgênica existe desde 2005 e
já identificou 216 eventos de contaminação em 57 países ocorridos
desde 1996, quando as plantações transgênicas foram iniciadas
comercialmente.
"As contaminações documentadas pelo relatório são apenas a ponta
do iceberg. Os poluidores genéticos devem pagar pelo que fizeram.
Se uma empresa contamina nossa comida e nosso meio ambiente, tem
que pagar pela limpeza, compensar agricultores, comerciantes e
consumidores. Precisamos definir padrões internacionais de
responsabilização sob o Protocolo de Cartagena sobre Biossegurança,
para enquadrar as empresas de biotecnologia", afirma Doreen
Stabinsky, da campanha de Agricultura do Greenpeace
Internacional.
O Greenpeace realizou testes, juntamente com organizações
locais, no Quênia em variedades de sementes de milho vendidas no
país, constatando a contaminação de algumas delas. Sementes de
milho estavam contaminadas com a variedade MON 810 da Monsanto,
proibida no país e banida de diversos outros na Europa, como a
França (em fevereiro de 2008), Áustria, Grécia, Hungria e Polônia.
No Brasil, o governo liberou recentemente essa variedade da
Monsanto e uma outra da Bayer.
"O Brasil já tem alguns casos de contaminação em plantações de
soja, principalmente na região Sul. Com a aprovação do milho
transgênico, o número de casos só tende a crescer, porque o milho
contamina muito mais facilmente", afirma Gabriela Vuolo,
coordenadora da campanha de Engenharia Genética do Greenpeace
Brasil. "E como nem a CTNBio nem o governo brasileiro fizeram
regras que protejam os agricultores e consumidores, temos uma
situação preocupante no país."
Governos de todo o mundo negociarão entre os dias 12 e 19 de
março, em Cartagena, na Colômbia, regras internacionais para
definir a responsabilização em casos de estragos causados por
organismos geneticamente modificados (OGMs). Essas negociações
acontecem dentro do Protocolo de Cartagena sobre Biossegurança.
Alguns países desenvolvidos como Estados Unidos, Japão e Nova
Zelândia se opõem a um acordo global desse tipo. As contínuas
ameaças da contaminação transgênica para a agricultura de países em
desenvolvimento demonstram a necessidade de se definir regras
legais e internacionais que assegurem que as empresas responsáveis
pela contaminação paguem pelos danos.
Confira aqui o Sumário Executivo do relatório Registros de
Contaminação Transgênica de 2007.
A íntegra do relatório pode ser acessada aqui.