Stern fala sobre economia sem carbono para empresários brasileiros

Notícia - 2 - nov - 2008
Economista inglês participa de debate na Fiesp para discutir os custos do aquecimento global e as alternativas existentes.

Para combater o aquecimento global, devem ser estabelecidas metas claras de corte de emissões de CO2

O desenvolvimento de uma economia baseada em baixas emissões decarbono é perfeitamente possível e até mais econômico para o planeta doque o atual modelo baseado em combustíveis fósseis. Para defender esseponto de vista, está no Brasil o economista inglês Nicholas Stern, quediscutirá o assunto nesta terça-feira, em São Paulo, com empresários eespecialistas brasileiros.

Stern, ex-vice-presidente e economista-chefe do Banco Mundial,ex-secretário executivo do Tesouro Britânico e atual conselheiro dogoverno britânico, é autor do relatório que em 2006 calculou osimpactos econômicos do aquecimento global para a economia do mundo.Segundo o Relatório Stern, os impactos devem consumir 20% do ProdutoInterno Bruto (PIB) mundial até o ano de 2100.

Em abril de 2008, Stern publicou um novo documento, denominado"Elementos-Chave para um Acordo Global sobre Mudanças Climáticas", compropostas para um acordo sobre o tema que será discutido durante aConferência das Partes da ONU, que será realizada em Copenhague, em2009.

"O fim do desmatamento é a maneira mais barata e rápida de salvar oclima", afirma Paulo Adario, diretor da campanha da Amazônia doGreenpeace que estará presente ao debate.

"75% das emissões brasileiras são provenientes do desmatamento e uso daterra. A queima das florestas brasileiras polui oito vezes mais quetodos os meios de transporte do país. No mundo, 20% do gás carbônicoliberado vêm da destruição das florestas."

Participarão ainda do debate que acontece das 9 às 12 horas destaterça-feira no Auditório da Fiesp (avenida Paulista, 1313, São Paulo),Suzana Khan (secretária de Mudanças Climáticas do Ministério do MeioAmbiente), Sérgio Abranches (diretor do site O Eco), José AugustoFernandes (secretário executivo da Confederação Nacional da Indústria -CNI) e Paulo Skaf (presidente da Fiesp).

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