CTNBio aprovou o milho transgênico Liberty Link da Bayer mesmo sem uma regulamentação prévia dos processos e documentação necessários para garantir a biossegurança brasileira.
A Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio)
ignorousolenemente as muitas evidências existentes contra os
milhostransgênicos da Bayer (Liberty Link) e Monsanto (MON810) e
aprovouambas as variedades, para desespero de ambientalistas e
cientistaspreocupados com a biossegurança brasileira.
Agora, os 11 ministros do Conselho Nacional de Biossegurança
(CNBS) têma chance de consertar o grande equívoco cometido pela
CTNBio, barrandoesses milhos que podem causar problemas à nossa
biodiversidade - equiçá à nossa saúde. Eles se reúnem nesta
terça-feira (dia 12) emBrasília para discutir essas aprovações e,
para subsidiá-los nadiscussão, o Greenpeace enviou a cada um dos
ministros uma carta e umasérie de documentos com fatos importantes
sobre o processo de aprovaçãode variedades transgênicas de milho no
país.
Foram incluídos estudos de contaminação genética provocada por
lavouras de milho transgênico, evidências científicas sobre o risco
à saúde e ao meio ambiente causado pelas variedades geneticamente
modificadas aprovadas no Brasil, e relatórios de governos europeus
justificando o motivo da proibição dessas variedades nos
respectivos países.
"Espero que os ministros não sejam irresponsáveis como parte
doscientistas da CTNBio, que não se deram o trabalho de conferir
estudosque colocam em xeque a segurança desses milhos. Muitos
países europeusestão revisando suas aprovações e proibindo as duas
variedades, jáaprovadas no Brasil", afirma Gabriela Vuolo,
coordenadora da campanhade Engenharia Genética do Greenpeace
Brasil.
A carta do Greenpeace lembra aos ministros do CNBS que "as
variedades aprovadas pela CTNBio foram proibidas em inúmeros
países. No Reino Unido, por exemplo, a própria Bayer retirou seu
pedido de liberação comercial, já que não podia garantir a
segurança do milho Liberty Link. No caso do MON810, a lista de
países europeus em que ele está proibido é extensa e relevante:
Alemanha, Áustria, França (maior país agrícola da Europa), Grécia,
Hungria, Polônia e Suíça."
Confira alguns dos documentos enviados aos ministros do
CNBS:
Sumário Executivo do Relatório de Contaminação:
revisão anual de casos de contaminação, plantios ilegais e efeitos
colaterais negativos dos organismos geneticamente modificados.
Monitoramento de variedades geneticamente modificadas
: documento aponta erros e ilegalidades no processo de liberação
do milho MON810 na Europa.
Ciência ruim, decisões ruins:
documento com evidências contra o milho transgênico da Bayer.
O milho transgênico está acabando com os cultivos de milho
ecológico: matéria do jornal espanhol "El País" sobre o grave
problema de contaminação vivido pelos produtores de milho
não-transgênico na Espanha.
Sumário Executivo
do relatório do governo da Áustria sobre milho transgênico:
relatório das evidências científicas com as últimas descobertas
sobre as medidas de segurança na Áustria para as linhagens de milho
geneticamente modificado MON810 e Liberty Link.
Documento do governo da Grécia proibindo o milho MON810: texto
ressalta que dados científicos confirmam o risco imediato ao
ambiente e talvez à saúde causado pela variedade transgênica.
Carta do governo da Hungria proibindo o milho MON810: texto do
Ministro do Meio Ambiente da Hungria enviado para a Diretoria de
Meio Ambiente da Comissão Européia.
Estudos científicos sobre os prováveis efeitos nocivos do milho
MON810: lista e resumo dos principais estudos publicados sobre
os potenciais impactos ambientais do milho da Monsanto.
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mais transparente