Paris, França – Ativistas do Greenpeace receberam com protesto o Ministro do Meio Ambiente do Brasil, Ricardo Salles, em frente à residência do embaixador brasileiro em Paris, na primeira parada de Salles de sua turnê européia para defender a agenda ambiental de seu governo a parceiros comerciais.

Os ativistas exibiram uma faixa com os dizeres: “Bolsonaro – assassino da Amazônia”, expondo os efeitos da política e da retórica anti ambiental do governo, na qual foi mais uma vez reafirmada no discurso proferido na abertura da Assembléia Geral da ONU. Os manifestantes também denunciavam a cumplicidade do governo francês com empresas como a petrolífera Total, que planeja desenvolver projetos mais destrutivos no Brasil. Os ativistas também tocaram alarmes no pátio da residência para lembrar o Ministro Salles que a falta de ação do Brasil não passará despercebida. Não houve bloqueio das entradas do prédio e nem impedimento da entrada ou saída de pessoas e veículos. A polícia foi acionada e acompanhou o protesto à distância, visto que não houve qualquer tipo de ameaça ou agressão aos presentes na reunião.

Ativistas realizam protesto durante visita de Ricardo Salles na França.

Veja as fotos.

“As alegações do governo brasileiro sobre a proteção da Amazônia são fumaça aos olhos do mundo. Desde que Jair Bolsonaro assumiu o poder, ele desmontou as proteções ambientais, ameaçou abrir terras dos povos indígenas à mineração e exploração agrícola e supervisionou um aumento dramático do desmatamento na Amazônia, minando anos de progresso para proteger esse ecossistema crítico”, diz Tica Minami, diretora de campanhas do Greenpeace Brasil.

Sob a administração de Salles e Bolsonaro, o Brasil testemunhou o fim da política de mudanças climáticas e a redução do orçamento e capacidade de fiscalização e controle do desmatamento. A visita do Salles à países europeus é com a intenção de mitigar os danos que os incêndios na Amazônia e as políticas anti-ambientais do governo Bolsonaro causaram à imagem do Brasil. Perto de 2,5 milhões de hectares foram queimados na Amazônia brasileira em agosto, e o número de alertas de desmatamento aumentou 75% desde o começo do ano quando comparado com o mesmo período do ano passado. “Se a Amazônia é do Brasil, como afirma Bolsonaro, então ele deve proteger os grupos mais vulneráveis ​​que vivem lá: os povos indígenas e as comunidades rurais que estão sob ataque”, acrescentou Tica Minami.

Confira a linha do tempo com os retrocessos socioambientais do governo Bolsonaro: https://www.patriaqueimadabrasil.org/

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Rebecca Cesar
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