Desde o início da expedição, 48 pessoas de 20 diferentes nacionalidades passaram pelo navio Esperanza, do Greenpeace, para ajudar a mostrar ao mundo este novo bioma já ameaçado pelo petróleo

Tripulação multicultural do Esperanza na Amazônia © Marizilda Cruppe/ Greenpeace

Joel, o capitão do navio Esperanza, é norte-americano; o primeiro-comandante, Martti, é finlandês; o segundo-comandante é o sul-coreano Kim; e a terceira-comandante é Kai-Jie, de Taiwan.

Nossa comida é feita na cozinha de Babu, um indiano que gosta de nos observar saborear seus pratos cheios de temperos. A paramédica Caterina vem da Itália. No grupo de engenheiros há dois búlgaros. Entre os marinheiros do convés, chamados “deckhands”, as nacionalidades não se repetem: estão representados Alemanha, Filipinas, Ilhas Salomão, África do Sul e Argentina.

Esses são apenas alguns membros da tripulação, que revelam a grande diversidade de nossa expedição. Durante os 20 dias de viagem pela região onde estão os recifes da Amazônia, 48 pessoas passaram pelo Esperanza, num total de 20 nacionalidades diferentes.

Além da tripulação, fazem parte desta expedição cientistas brasileiros e jornalistas da França, Estados Unidos e Brasil. A equipe da campanha Defenda os Corais da Amazônia é composta por ativistas de diferentes escritórios do Greenpeace pelo mundo, como Reino Unido, França e Alemanha.

Estar neste navio é, portanto, experimentar um encontro de culturas, sotaques, hábitos e histórias de vidas. Cada pessoa aqui tem a sua particularidade. E o respeito por tudo isso é o que faz do navio Esperanza o local que passamos a chamar de casa.

É incrível como a harmonia flui entre todos, pois não há barreiras. Estamos trabalhando pelo mesmo propósito e não há diferenças nas línguas faladas que impeçam que as descobertas sobre os recifes sejam compartilhadas e que amizades sejam feitas.

Segundo o marinheiro Bala, que vem das Ilhas Salomão, ele se sente feliz a cada novo grupo de pessoas que chega no navio. “Estar aqui e conviver com tantas pessoas de diferentes lugares e culturas abre a cabeça de todos nós. É uma honra para mim que vim de uma vila muito pequena”, conta.

Estamos mais do que trabalhando pela defesa dos Corais da Amazônia, estamos provando como uma união entre povos é possível e enriquecedora.

Cada uma dessas 48 pessoas, do seu jeito, com sua habilidade ou função, ajudou a revelar ao mundo as primeiras imagens dos recifes de corais da Amazônia e fazê-los famosos. E um dos resultados deste esforço é que esta diversidade a bordo se refletiu e multiplicou no espaço digital. Em 18 dias já reunimos mais de 440 mil assinaturas globalmente por meio de petições lançadas no Brasil, Argentina, Holanda, França, Espanha, Reino Unido, Bélgica e Luxemburgo. Quando atingimos as 200 mil assinaturas, portanto, nada mais natural agradecer por meio desta diversidade. Veja o vídeo abaixo:

Esse engajamento global é muito significativo porque é juntos que conquistaremos a força suficiente para mostrar às empresas de petróleo que não aceitamos que elas ponham em risco este bioma ainda pouco conhecido em função da exploração da região.

Os corais da Amazônia são um tesouro que pertence aos brasileiros, mas também são um patrimônio do planeta. Precisamos defendê-lo, não só a bordo do Esperanza, mas em todos os cantos do mundo.

Faça parte dessa missão. Assine a petição e compartilhe!

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