A embarcação volta ao Brasil no começo de novembro para cumprir mais uma missão em defesa do planeta!

Rainbow Warrior em uma de suas missões pelo mundo. Na imagem, foi parte da campanha “Proteja os oceanos”, no Oceano Pacífico. © Marten van Dijl / Greenpeace

O Rainbow Warrior, o navio ativista do Greenpeace, tem décadas de história entre ações pacíficas, bloqueios e mobilizações. A embarcação, que está em sua terceira geração, volta ao Brasil no começo de novembro para cumprir mais uma missão em defesa do planeta: ecoar as vozes das florestas e fazer com que os líderes globais respeitem a Amazônia e ajam efetivamente pelo clima na COP30.

Desde sua inauguração, ele tem cruzado mares e gerações, enfrentando ataques, reconstruções e renascimentos. Hoje, o Rainbow Warrior III, símbolo de resistência e sustentabilidade, segue navegando pelos oceanos do mundo — do Ártico à Amazônia — levando uma mensagem de esperança e mobilização por um mundo mais verde, digno e justo.

Rainbow Warrior I

Lançado em 1978, o Rainbow Warrior I foi o primeiro barco do Greenpeace na Europa e apoiou nossas campanhas durante sete anos. 

Em 1985, o navio foi afundado por duas bombas lançadas pelo serviço secreto francês enquanto estava ancorado no porto de Auckland, na Nova Zelândia. Naquele momento, o navio se preparava para liderar um protesto pacífico contra os testes nucleares realizados pela França no atol de Mururoa, no Oceano Pacífico. A ação foi uma tentativa de silenciar o ativismo ambiental que denunciava os impactos desses testes. Infelizmente, o atentado ocasionou a morte do fotógrafo português Fernando Pereira, que fazia parte da tripulação. 

A França também foi condenada a pagar uma indenização de US$ 8,16 milhões ao Greenpeace e uma compensação à família de Fernando Pereira, além de pedir desculpas públicas pelo bombardeio. 

Rainbow Warrior II

O dinheiro recebido permitiu à organização adquirir um novo barco, que foi batizado de Rainbow Warrior II e seguiu o caminho ativista de seu antecessor.

Essa segunda versão do Rainbow Warrior foi adaptada para minimizar ao máximo seu impacto ao meio ambiente. A possibilidade de navegar a vela e a inclusão de painéis solares permitiram uma importante economia de combustível.

Em 10 de julho de 1989, o barco  iniciou sua primeira missão na Alemanha  com o objetivo de combater pescas predatórias na Europa. Após anos de atuação, em agosto de 2011, ele foi doado como um barco-hospital para uma ONG de Bangladesh.

Rainbow Warrior III

Em 2009, o Greenpeace Internacional iniciou os trabalhos para construir o Rainbow Warrior III buscando uma embarcação ainda mais sustentável. Este foi o primeiro navio da nossa frota com design personalizado e construído do zero seguindo os mais altos padrões ambientais.

Todo o financiamento para a construção do navio veio de doações de indivíduos, a partir de uma campanha global de crowdfunding que teve a colaboração de mais de 100 mil doadores.

O Rainbow Warrior III foi lançado à água pela primeira vez em julho de 2011. Ele foi batizado em 14 de outubro de 2011 na Alemanha, na celebração dos 40 anos do Greenpeace.

Já em 2012, o Rainbow Warrior III navegou pela Amazônia brasileira reforçando o compromisso do Greenpeace com a proteção das florestas e dos povos da região.

Durante sua passagem, a embarcação apoiou uma ação pacífica de bloqueio ao Clipper Hope, navio cargueiro que transportava ferro-gusa produzido a partir do desmatamento ilegal e de trabalho escravo na cadeia siderúrgica da Amazônia.

A operação denunciou como grandes empresas se beneficiavam da destruição da floresta e da violação de direitos humanos, ampliando o debate sobre responsabilidade socioambiental e transparência nas cadeias produtivas.

Rainbow Warrior deixando a cidade do Rio de Janeiro, em 2012, rumo a Santos, em São Paulo. © Rodrigo Paiva / Greenpeace
Rainbow Warrior no ano de 2012, em Santos, São Paulo, durante o ship tour. © Greenpeace / Rodrigo Paiva
Rainbow Warrior na Amazônia, ainda em 2012, durante a campanha pelo Desmatamento Zero. © Rodrigo Baleia / Greenpeace

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