Ativistas da Gaza Freedom Flotilla foram interceptados pelas forças israelenses neste domingo (8)

A rede global do Greenpeace apela à comunidade internacional para que garanta a libertação imediata do navio humanitário Madleen, da Freedom Flotilla, juntamente com a sua tripulação.

O navio foi ilegalmente apreendido em águas internacionais pelas forças israelenses na costa de Gaza, quando os ativistas tentavam quebrar o bloqueio que impede a entrega de ajuda humanitária e alimentos por mar. 

Entre os 12 ativistas da Flotilha da Liberdade, estão o brasileiro Thiago Ávila e a ativista climática Greta Thunberg.

O governo israelense continua a impor um bloqueio total, por terra e mar, à ajuda de organizações internacionais, agravando uma crise humanitária já catastrófica. Bloquear essas ações solidárias e atacar aqueles que a entregam são graves violações do direito internacional humanitário.

Enquanto a população de Gaza continua a sofrer com atos de guerra devastadores, a comunidade internacional falha completamente em não responder com a urgência moral e a integridade necessária. A inação não é neutralidade. É cumplicidade.

A intercepção da ajuda humanitária colocou mais de duas milhões de pessoas à beira da fome. Estamos falando de uma população em estado de emergência, em privação alimentar catastrófica e desnutrição. 

O número de vítimas da guerra serão triplicados com as vidas perdidas como consequência da retenção de acesso a alimentação e medicamentos. Somente com o fim imediato do cerco ilegal de Israel e a libertação de todos os comboios de ajuda humanitária, será possível impedir essa tragédia ainda maior. 

O Greenpeace demanda:

  • Um cessar-fogo imediato, incondicional e permanente para interromper o ataque a civis e ao meio ambiente.
  • A libertação de todos os palestinos detidos ilegalmente por Israel.
  • A libertação de todos os reféns pelo Hamas.
  • A imposição de sanções direcionadas e um embargo total de armas, aplicado pela comunidade internacional.
  • A entrega sem obstáculos da ajuda pela ONU e outras organizações humanitárias.
  • O fim da ocupação ilegal da Palestina.

O Greenpeace apoia um futuro em que Israel e a Palestina vivam lado a lado em paz, dentro de fronteiras reconhecidas, em conformidade com o direito internacional e as resoluções relevantes da ONU.

Se a comunidade internacional continuar a assistir sem tomar medidas concretas, enquanto a limpeza étnica, os crimes de guerra e os crimes contra a humanidade se acumulam, terá de responder por ajudar e incentivar um genocídio. 

O Greenpeace Brasil também convoca o Itamaraty para que aja imediatamente para garantir a liberdade e segurança do brasileiro Thiago Ávila, e apoie a libertação dos demais ativistas.

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