Assim como afirmou o presidente brasileiro, Greenpeace concorda que COP30 será a “COP da verdade”, onde os compromissos nacionais e o multilateralismo serão testados.
23 de setembro de 2025 – Sobre o discurso do presidente Lula na Assembleia Geral da ONU nesta terça-feira (23), a diretora executiva do Greenpeace Brasil, Carolina Pasquali, destaca:
“No marco dos 80 anos da ONU e dos 10 anos do Acordo de Paris, o presidente Lula acerta o tom ao defender o multilateralismo, apontar que a crise climática deve ocupar posição central nos debates da ONU e estimular os países a apresentarem planos climáticos nacionais robustos e ambiciosos, as NDCs, antes da COP30. É também positivo o destaque feito por Lula para a taxação dos super-ricos e a necessidade de financiamento a países em desenvolvimento de forma a não ampliar suas dívidas externas, discussões absolutamente relevantes para o sucesso da COP30”.
Pasquali também comenta o discurso do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, feito na sequência do presidente brasileiro.
“O que se seguiu ao discurso de Lula, no entanto, foi um choque de realidade: Trump, para surpresa de ninguém, reafirmou mentiras sobre a crise climática, questionou a ciência e ameaçou os países comprometidos com a transição energética. O que fica evidente para quem acompanhou os discursos é que os líderes globais vão precisar, com clareza, dizer de que lado estão: da ciência e do compromisso coletivo com o futuro, ou da criação de suas próprias realidades, dando espaço a falsas dicotomias entre energias renováveis e desenvolvimento, por exemplo, para aprisionar seus cidadãos no passado. Como disse o Presidente Lula, que a COP30 será a COP da verdade, será mesmo: os compromissos nacionais serão testados, o multilateralismo será testado e só sairemos dessa encruzilhada com líderes ambiciosos assumindo um compromisso real com nosso futuro”, finaliza.
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