
Tá chegando aquela época do ano em que líderes do mundo inteiro se reúnem para discutir o futuro do planeta – e, sim, às vezes parece mais reunião de condomínio do que conferência climática: alguns fogem do assunto, outros prometem mundos e fundos, e tem quem apareça só pra tirar foto. Mas, desta vez, o encontro é no Brasil, no coração da Amazônia, e o planeta mandou aquele recado básico: “gente, não dá mais pra enrolar.”
A notícia boa? Ainda dá tempo de virar o jogo. Não vai ser fácil, nem rápido, mas é possível, e a COP30 pode ser esse momento de colocar coragem, floresta, justiça e ação na mesma mesa.
E como você deve imaginar, o Greenpeace não vai assistir de camarote. Como faz há décadas, o Greenpeace chega na conferência com uma lista de demandas bem clara, e está pronto para pressionar governos, expor contradições e lembrar que crise climática não se resolve com discurso bonito.
Conheça as demandas do Greenpeace para a COP30:
- Criação de um plano de implementação para eliminar o desmatamento e a degradação florestal até 2030, esclarecendo o papel da UNFCCC na implementação desse objetivo e incentivando ações em nível nacional.
- Criação de um um Plano Global de Resposta para enfrentar a lacuna de ambição das NDCs e acelerar a redução de emissões nesta década crítica, especialmente em setores-chave como energia (incluindo a transição para longe dos combustíveis fósseis), agricultura, florestas e uso da terra.
- Financiamento público de qualidade para mitigação, adaptação e perdas e danos e que não aumente o endividamento de países em desenvolvimento, além de impulsionar a entrega da Nova Meta Quantificada de Financiamento Climático (NCQG), responsabilizando os países desenvolvidos pelo financiamento público e avançar em mecanismos de taxação dos poluidores, destravando mais financiamento público para países em desenvolvimento.
- Na COP30, é essencial aprovar uma meta global de adaptação (GGA) com foco em justiça climática, com indicadores que incluam o financiamento e dados desagregados, como por gênero, raça, idade, e sobre a adaptação localmente liderada ou baseada em comunidades, e promover um aumento do financiamento climático para adaptação.
- A COP30 deve avançar na agenda de transição justa, abordando a transição justa em todos os setores, incluindo a transição para longe dos combustíveis fósseis.
- A COP30 deve ampliar o financiamento climático público, garantindo que países desenvolvidos apoiem os países em desenvolvimento com doações e empréstimos com juros baixos e acessíveis, e que façam grandes poluidores pagarem através de novas fontes de financiamento, como impostos sobre lucros de combustíveis fósseis e grandes fortunas. Estes recursos devem ser direcionados à mitigação, adaptação e à respostas às perdas e danos, promovendo transições verdadeiramente justas.
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