Navio Rainbow Warrior III esteve na capital paraense para a COP30 e se somou ao chamado das ruas e das águas em defesa da Amazônia e do clima

A primeira etapa da turnê do navio Rainbow Warrior III (Guerreiro do Arco-Íris, em português) no Brasil foi finalizada com sucesso! O navio ativista do Greenpeace veio ao país para a COP30 na cidade de Belém, onde realizou diversas atividades e se somou às milhares de pessoas que estiveram por lá pressionando os negociadores por decisões mais ambiciosas em defesa do planeta.
Conhecido por suas ações pacíficas e criativas em defesa do meio ambiente, o navio chegou à capital paraense na semana anterior ao início da COP30, com três palavras entre os mastros: Ação, Justiça e Esperança.
Além de mandar uma mensagem direta aos líderes globais, o Guerreiro do Arco-Íris também cumpriu o seu papel de ser uma plataforma flutuante de mobilização e realizou uma série de atividades.
Durante esse período, o navio ficou atracado no Trapiche Ribeirinho, da Universidade Federal do Pará (UFPA), que foi inaugurado com sua chegada. A estrutura foi construída por meio de uma parceria entre a universidade, o Greenpeace Brasil e a Fadesp, e ficará como um legado para a comunidade universitária.
Mais de 7 mil pessoas e uma certeza
A agenda oficial da embarcação em solo paraense foi inaugurada nos dias 8 e 9 de novembro abrindo para visitação pública. A população de Belém pôde conhecer alguns espaços do navio, saber mais sobre a atuação ativista do Greenpeace e ouvir histórias da tripulação que participaram das visitas guiadas.
Fomos muito bem recebidos pela população de Belém e reafirmamos a certeza que tem muita gente interessada e atuante na causa ambiental. O sucesso foi tanto que foram abertas outras duas datas para visitação, nos dias 20 e 21 de novembro.
Ao todo, mais de 7 mil pessoas passaram pelo navio do Greenpeace nesses quatro dias. Sete mil pessoas que agora também fazem parte da história da organização.
Quem polui deve pagar
O navio do Greenpeace também realizou outras ações durante a estadia em Belém. Entre elas, a abertura de uma conta gigante em uma área próxima a Ilha das Onças. A conta de mais de 60 metros denunciou os responsáveis pelo agravamento da crise climática, como as petroleiras e o setor dos combustíveis fósseis.
Quem mais sente os efeitos dos eventos climáticos extremos são as comunidades que menos contribuem para a destruição do clima e, por isso, fomos a Belém lembrar que os grandes poluidores – incluindo grandes corporações e bilionários que lucram com a destruição do planeta – devem ser financeiramente responsabilizados.

O Rainbow Warrior também participou da barqueta organizada pela Cúpula dos Povos no dia 12 de novembro, onde mais de 200 embarcações ocuparam o Rio Guamá com o mote “Da Amazônia para o mundo: fim da desigualdade e do racismo ambiental. Justiça climática já!”.
Sendo o Greenpeace Brasil aliado dessas organizações, compor essa marcha fluvial durante a emblemática COP30 na Amazônia foi de um imenso significado para a organização e seus ativistas.
“Mini-ativistas” a bordo
Recebemos em nossa embarcação alguns grupos de crianças e adolescentes de diferentes idades. Além de interagirem com atividades lúdicas, como um jogo de tabuleiro sobre a proteção do meio ambiente e uma amarelinha da campanha Respeitem a Amazônia, as crianças aprenderam sobre a importância do ativismo ambiental e de proteção do meio ambiente.
Passaram pelo navio grupos do Movimento Bandeirantes Pará, crianças da Vila da Barca, comunidade de Belém atendida pelo projeto Barca Literária, Escolas pelo Clima, Children for Nature e Criativos da Escola, do Instituto Alana.
Conversas inspiradoras e transformadoras
Outros eventos direcionados para parceiros e aliados do Greenpeace Brasil também debateram as soluções da floresta e a luta ativista e promoveram conversas inspiradoras e conexões entre pessoas.
O navio foi palco de um evento dedicado a lideranças femininas, a Diretora Executiva do Greenpeace Brasil, Carolina Pasquali, junto com Ângela Mendes (Comitê Chico Mendes), Claudelice Santos (Instituto Zé Claudio e Maria) e Neidinha Suruí (Associação de Defesa Etnoambiental Kanindé) receberam mulheres engajadas na defesa de seus territórios e do meio ambiente para uma noite de conexões.
O navio também virou cinema, o documentário Yanuni foi exibido com exclusividade no deck do navio. A produção audiovisual remonta a trajetória da liderança indígena Juma Xipaia e sua luta contra o garmpo ilegal. O filme é dirigido por Richard Ladkani. Também foi exibido no navio o filme “Juruá, memórias de um rio”, que retrata a luta das comunidades ribeirinhas e do povo indígena Deni, da região do Médio Juruá, que conseguiram a proteção de 2,451,207 hectares e que vivem hoje do manejo sustentável da floresta e de seus recursos.
Próximo destino
Com a missão cumprida em Belém, o navio do Greenpeace está neste momento navegando em direção a Recife, onde também estará aberto para visitações públicas.
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