Segunda parte da entrevista com o ex-ministro trata das ameaças de retirada de investimentos e os prejuízos econômicos que o Brasil pode sofrer se seguir com a destruição ambiental

Rubens Ricupero é daquelas pessoas com quem poderíamos passar uma tarde inteira conversando, tamanha sua facilidade em costurar e transitar por assuntos ligados às agendas socioambiental e econômica, o que facilita a compreensão dos mais leigos.
Nesta segunda parte da entrevista em vídeo que fizemos com o ex-ministro de Meio Ambiente e da Fazenda, no fim de junho, tratamos das ameaças de retirada de investimentos e os sérios prejuízos econômicos que o Brasil pode sofrer em consequência da forma como o governo federal tem lidado com o meio ambiente.
Veja a primeira parte da entrevista com Rubens Ricupero aqui, que avalia a política ambiental do governo Bolsonaro, e a terceira parte aqui, em que defende uma reconstrução econômica de baixo carbono em um mundo pós-pandemia, com democracia e pressão social.
As críticas aos retrocessos contra a floresta e seus povos ultrapassaram as fronteiras do país, já no ano passado, quando o número recorde de queimadas na Amazônia colocou o Brasil sob os holofotes do mundo. Recentemente, porém, investidores, governantes e mercados lá fora intensificaram suas manifestações contra o desmantelamento da política ambiental brasileira.
Um dos eventos recentes foi o que chamamos de “fuga dos trilhões”, em que um grupo de investidores internacionais, que administram mais de US$ 3 trilhões, pressionaram o governo federal pela redução do desmatamento na Amazônia. O risco vai além: empresas brasileiras podem perder acesso a mais de US$ 20 trilhões das carteiras de fundos de investimento com preocupações ambientais, sociais e de governança.
Acordos comerciais que o próprio governo considera importantes também estão na corda bamba. É o caso do tratado entre o Mercosul e a União Europeia, cuja negociação levou 20 anos e finalmente estaria pronto para ratificação. Ricupero avalia que esse acordo vai ficar em banho-maria: “Não será aprovado enquanto não houver uma mudança na política ambiental brasileira”.
Confira a segunda parte da entrevista com Rubens Ricupero, que aborda também a ameaça de boicote a produtos brasileiros pela União Europeia e a falta de um real comprometimento do empresariado brasileiro com a proteção das florestas e do clima.
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Discussão
A segunda parte da entrevista do Senhor Rubens Recupero é, também muito importante. Abordou a situação do Acordo Mercosul - União Europeia para as exportações dos produtos brasileiros. A China uma parceira expressiva tem, costumeiramente, recebido ataques do governo Bolsonaro. Portanto, nada de bom podemos esperar desse atual governo brasileiro. Por fim, quero agradecer e parabenizar a Greenpeace pela entrevista.
Que bom que gostou, Onézimo! Seguimos em defesa da floresta e do clima. Abs