Com lideranças indígenas brasileiras a bordo, o  Rainbow Warrior vem à Amazônia para se somar às vozes dos povos tradicionais em defesa das florestas e do clima.

Fotos e vídeos do Rainbow Warrior em Belém para uso da imprensa, aqui.

Carregando em seu mastro a mensagem “Ação, Justiça e Esperança”, o navio-símbolo do ativismo do Greenpeace, o Rainbow Warrior, chegou a Belém, no Pará, nesta quarta-feira (5). © Filipe Bispo / Greenpeace

Belém (PA), 05 de novembro de 2025 — Carregando em seu mastro a mensagem “Ação, Justiça e Esperança”, o navio símbolo do ativismo do Greenpeace, o Rainbow Warrior, chegou a Belém, no Pará, nesta quarta-feira (5), para marcar presença durante a Conferência do Clima da ONU, a COP30. Neste momento decisivo para o clima do planeta, o navio retorna à Amazônia ao lado dos povos tradicionais e movimentos sociais para pressionar os líderes globais por metas climáticas ambiciosas, pelo fim do desmatamento global até 2030 e pela transição energética justa já!

A bordo do Rainbow Warrior e segurando cartazes com mensagens que pedem respeito pela Amazônia estavam as lideranças indígenas Dinamam Tuxá, coordenador executivo da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB), Cacique Megaron Txucarramãe, liderança do povo Kayapó, Angela Kaxuyana, representante da Coordenação dos Povos Indígenas da Amazônia Brasileira (COIAB), e diretora executiva do Greenpeace Brasil, Carolina Pasquali. 

“A nossa presença aqui representa a Re-União dos povos tradicionais pela vida. Estamos juntos para garantir um futuro para as próximas gerações. Na COP30, o que queremos mostrar é que nós, povos indígenas, somos os verdadeiros responsáveis por manter a Amazônia e outros biomas em pé. As terras indígenas são a solução mais eficaz para proteger a natureza e enfrentar a crise climática”, afirmou o Cacique Megaron a bordo do navio, a caminho de Belém.

“Chegamos à COP30 com uma mensagem clara: não há futuro possível sem os povos indígenas no centro das discussões globais. O enfrentamento da crise climática passa pelo reconhecimento, garantia e proteção dos territórios indígenas e o reconhecimento das contribuições dos povos indígenas para a manutenção do equilíbrio climático. A resposta somos nós!”, disse Angela Kaxuyana.

“A chegada do Rainbow Warrior à Amazônia, neste momento histórico da COP30, simboliza a união entre as lutas globais e as lutas ancestrais. Os povos indígenas estão aqui para lembrar ao mundo que não existe justiça climática sem justiça para os territórios. A proteção do clima depende da defesa de todos os biomas, Amazônia, Cerrado, Caatinga, Pantanal, Mata Atlântica e Pampas porque cada um deles é parte essencial da vida no planeta. Somos guardiões dos biomas, das águas e da biodiversidade, e é tempo dos governos escutarem e agirem junto conosco, com coragem e compromisso real com o futuro do planeta”, afirmou Dinamam Tuxá.

As lideranças indígenas Dinamam Tuxá e Angela Kaxuyana a bordo do Rainbow Warrior © Tuane Fernandes / Greenpeace

Ancorado durante a conferência no pier da Universidade Federal do Pará, o Rainbow Warrior traz a mensagem de que só com esperança transformada em ação e mobilização coletiva será possível construir um mundo mais verde, digno e justo para todas as formas de vida. 

“A coragem que guia as ações ativistas do Greenpeace em alto-mar, a bordo do Rainbow Warrior, chega a Belém para se somar à mobilização das organizações, povos e movimentos sociais. Acreditamos que as soluções reais para a crise climática estão no chão das florestas, nos territórios e na sabedoria dos povos tradicionais. Isso precisa ser ouvido e considerado pelos líderes na COP30, que têm a responsabilidade de transformar a esperança em ação!”,  defende a diretora executiva do Greenpeace Brasil, Carolina Pasquali.

Navio do Greenpeace, Rainbow Warrior chega em Belém para COP30 © Filipe Bispo / Greenpeace

Navio lendário do Greenpeace na COP30

Símbolo de ativismo ambiental, o Rainbow Warrior é reconhecido mundialmente desde a década de 1970 por participar de manifestações pacíficas, bloqueios e mobilizações em defesa do planeta, do Ártico à Amazônia.

 O navio que está em Belém, o Rainbow Warrior III, foi construído pelo Greenpeace com a colaboração de mais de 100 mil doadores ao redor do mundo. Foi inaugurado em 14 de outubro de 2011, na celebração dos 40 anos da rede global do Greenpeace, e desde então, já navegou mais de 322 mil quilômetros e passou por cerca de 55 países. 

A chegada também marca a inauguração do “Trapiche Ribeirinho” da UFPA. A construção do pier é uma parceria entre a universidade, a Fundação de Amparo e Desenvolvimento da Pesquisa (Fadesp) e o Greenpeace Brasil.

COP30 precisa manter viva a principal meta de 1.5C

Após a ancoragem no porto da UFPA – Campus Básico, o Greenpeace apresentou as demandas e expectativas da organização para a COP30.

“Os líderes presentes na COP30 precisam avançar, ao mesmo tempo, na eliminação dos combustíveis fósseis e na proteção das florestas, assim como garantir financiamento climático público suficiente para os países em desenvolvimento. O Greenpeace está em Belém para pressionar os líderes globais a implementarem metas claras para zerar o desmatamento e reverter a degradação florestal até 2030 e para acelerar a transição energética justa para longe dos fósseis. Conectar essas duas agendas e garantir o respeito aos povos tradicionais é urgente, e é o que pode fazer da COP30 a conferência que manteve viva a meta de 1,5°C”, explica Carolina Pasquali.

Baixe aqui o documento com as demandas completas do Greenpeace para a COP30.

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