O Greenpeace Brasil lamenta profundamente as mortes de dois brasileiros importantes para a democracia, a educação e o meio ambiente no país: o jornalista e escritor paulistano Gilberto Dimenstein e o socioambientalista, músico e professor amapaense José Rubens Ferreira Gomes, o Rubão, fundador e diretor executivo da Oficina Escola de Lutheria da Amazônia – OELA.

Com 63 anos, Gilberto Dimenstein vinha travando uma batalha contra um grave câncer, que começou no pâncreas e teve metástase para o fígado. Atualmente, ele era responsável pelo site Catraca Livre.

Dimenstein nasceu no dia 28 de agosto de 1956, em São Paulo, e formou-se pela Faculdade Cásper Líbero. Ele iniciou sua carreira no jornalismo em 1977, na revista Shalon, da comunidade judaica no Brasil. Trabalhou em diversos veículos de imprensa, como Folha de S.Paulo, onde foi diretor e correspondente internacional; rádio CBN; O Globo; Jornal do Brasil; Correio Braziliense; Última Hora; e as revistas Educação, Visão; Veja; e conquistou dois Prêmios Esso de Jornalismo. 

Em seus últimos anos, Dimenstein vinha se dedicando a projetos sociais e educacionais. Era presidente do conselho da Orquestra Sinfônica de Heliópolis, a maior favela em São Paulo; um dos fundadores da Andi (Agência de Notícias dos Direitos da Infância),  ONG que promove a pauta dos direitos humanos na cobertura jornalística; e da Associação Cidade Escola Aprendiz.

José Rubens Ferreira Gomes, o Rubão, morreu vítima de parada cardiorrespiratória, em Manaus (AM), aos 60 anos. Nascido em Serra do Navio, no Amapá, Rubão é reconhecido como um dos defensores históricos da Floresta Amazônica e das populações tradicionais, como os quilombolas.

Ao longo de 20 anos, a Oficina Escola de Lutheria da Amazônia criada por ele para estudantes de baixa renda, formou aproximadamente 2.300 alunos no ofício de luthier, a confecção de instrumentos musicais de corda e recebeu vários prêmios internacionais pelo reconhecimento do trabalho social e ambiental. A Oficina Escola também passou a se dedicar às causas ambientais utilizando madeiras amazônicas certificadas com o selo FSC (Forest Stewardship Council) de cadeia de custódia em suas violas e violinos. 

Ao receber a Medalha da Ordem do Mérito Legislativo da Assembleia Legislativa do Amazonas, em reconhecimento ao seu trabalho, afirmou: “A transformação social só será possível em nosso país se todos fizerem sua parte, e nós escolhemos fazer a nossa parte”.

O Greenpeace Brasil lamenta mais estas perdas e expressa os sinceros sentimentos às famílias e amigos de Gilberto Dimenstein e José Rubens Gomes. 

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