Cerca de 30 ativistas da organização recepcionaram os diplomatas na manhã desta segunda-feira (13) com cartazes exigindo ação na COP30 para o fim do desmatamento;
Pesquisa do Greenpeace mostra que 9 em cada 10 pessoas acreditam que a proteção das florestas é fundamental para combater a crise climática; No Brasil, 93% acreditam que seus governos deveriam fazer mais para combater o desmatamento;
Confira o sumário executivo da pesquisa aqui (em português) e imagens da ação do Greenpeace aqui
Crédito: © Cristiane Silva / Greenpeace
Brasília (DF), 13 de outubro de 2025 — Na manhã desta segunda-feira (13), dezenas de ativistas do Greenpeace Brasil realizaram uma manifestação pacífica na entrada de onde ocorrem as reuniões da pré-COP, no Distrito Federal. Os participantes estenderam uma faixa com o dizer “Ajam pelas florestas” e “COP30: act for forests” no local onde os negociadores acessaram o evento. As imagens da manifestação estão disponíveis para uso da imprensa, mediante uso do crédito, aqui.
“A COP30 vai ser na floresta, mas onde estão as florestas na COP30? É isso que nós viemos cobrar dos negociadores na pré-COP. A menos de 30 dias para a conferência, as florestas ainda não são uma prioridade na negociação. Isso precisa mudar. Essa COP tem a oportunidade de construir um legado para as florestas e seus povos: um plano de ação concreto para deter e reverter o desmatamento e a degradação florestal até 2030. É hora de tirar os compromissos do papel e mostrar que o multilateralismo consegue promover as soluções urgentes necessárias contra a crise climática”, afirma a especialista em Política Internacional do Greenpeace Brasil, Camila Jardim.
No fim de semana, o Greenpeace Brasil realizou projeções em prédios da Capital Federal, incluindo o Congresso Nacional no sábado (11) e a região da Torre de TV no domingo (12), onde negociadores jantavam e puderam ver as mensagens projetadas nos prédios. Veja as imagens da ação no Congresso Nacional aqui.
Pesquisa revela apoio da população à proteção das florestas
As ações do Greenpeace são respaldadas por uma pesquisa inédita, revelada no fim de semana. Realizado em 17 países de cinco continentes, o estudo mostra que 86% das pessoas entrevistadas reconhecem que a proteção das florestas é fundamental no combate às mudanças climáticas. Além disso, 82% querem que seus governos adotem mais medidas para conter o desmatamento.
O estudo foi encomendado pelo Greenpeace Internacional e conduzido pela Opinium entre 5 e 17 de setembro, com uma amostra de 17 mil participantes maiores de 18 anos (mil por país), representativos nacionalmente por idade, gênero e região. Participaram da apuração:
África do Sul, Argentina, Alemanha, Austrália, Brasil, Canadá, Colômbia, Coreia do Sul, Dinamarca, Estados Unidos, Espanha, França, Indonésia, Quênia, Malásia, Países Baixos e Reino Unido. Os dados completos estão disponíveis para a imprensa aqui.
Brasil
Os resultados específicos do Brasil são ainda mais contundentes: 93% da população defende que os governos devem fazer mais para combater o desmatamento, e 92% veem a proteção das florestas como fundamental no combate às mudanças climáticas. Além disso, os povos indígenas emergem como os guardiões mais confiáveis: 80% dos brasileiros depositam mais confiança neles do que em qualquer instituição para proteger as florestas.
Para garantir a proteção eficaz das florestas, o Greenpeace faz um apelo aos líderes globais reunidos na pré-COP para que:
- Cumpram seus compromissos e a meta da UNFCCC de deter o desmatamento e a degradação florestal até 2030, com uma decisão que vá além de promessas voluntárias;
- Forneçam financiamento direto para as soluções de Povos Indígenas e Comunidades Locais voltadas à proteção e à restauração das florestas;
- Regulem e interrompam o financiamento daqueles que lucram com a destruição florestal.
Greenpeace Brasil propõe plano para fim do desmatamento
A pouco menos de um mês da COP30, o Greenpeace Brasil apresenta um plano de ação para colocar as florestas no centro das negociações climáticas. A proposta defende a criação de um programa de trabalho de cinco anos no âmbito da Convenção do Clima das Nações Unidas (UNFCCC), com a missão de implementar e monitorar a meta global de deter e reverter o desmatamento até 2030.
O plano busca assegurar o papel dos povos indígenas, quilombolas e comunidades tradicionais nas tratativas, garantir acesso direto a financiamento e redirecionar fluxos financeiros para ações de proteção e restauração florestal, priorizando benefícios sociais e climáticos.
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