Imagens de ação do Greenpeace Brasil durante a COP29, em 2024. © Marie Jacquemin / Greenpeace

Falta menos de um mês para o evento mais esperado do ano! É a COP30, que vai rolar entre os dias 10 e 21 de novembro em Belém do Pará, bem ali, no coração pulsante da Amazônia. Parece até que o planeta quis dar um shade: “quer falar de clima? Então vem discutir isso bem no meio de quem tá no centro dessa história, a floresta”. O simbolismo é gigante – e as expectativas também. Afinal, a última vez que o mundo se reuniu para debater o futuro da Terra em solo brasileiro foi lá atrás, na ECO-92, no Rio de Janeiro, quando nasceu a própria Convenção do Clima da ONU. 

Mas afinal, por que essa COP é tão importante? 

São vários os motivos, mas vamos tentar resumir. Primeiro, porque ela marca 10 anos do Acordo de Paris, aquele tratado histórico em que quase todos os países do mundo prometeram limitar o aquecimento global a 1,5 °C. Só que, spoiler nada animador: a gente ainda está longe disso. A soma das metas nacionais de redução de gases de efeito estufa (as famosas NDCs) apresentadas em 2021 coloca o planeta em rota de aquecimento de cerca de 2,7 °C até o fim do século, o que significa mais secas, enchentes, calor extremo e insegurança alimentar. Essa COP é, portanto, o momento de virar o jogo: os países precisam apresentar novas metas mais ambiciosas neste ano (spoilerzinho rápido: a maioria ainda não entregou), mostrar planos reais de implementação e discutir quem paga a conta dessa transição. Em outras palavras, Belém vai ser o palco onde o mundo vai descobrir se ainda dá pra cumprir o Acordo de Paris ou se ele vai virar só mais um capítulo não tão bonito da história climática.

E é aí que entra o fator “Brasil”: o país, com toda sua potência e contradição, é o palco perfeito para lembrar o mundo que para frear a crise climática, precisamos de florestas vivas e protegidas. A Amazônia não é só cenário, é um dos personagens principais da história climática do planeta. Ela espalha chuva, ajuda a regular o clima global e abriga a maior biodiversidade do planeta. Ter a COP ali é tipo dar o microfone pra quem realmente entende do assunto.

E, olha, nos bastidores, o clima político promete! A pressão vem forte de todos os lados e se mistura com desafios muito grandes, como guerras e países com lideranças negacionistas. Com a expectativa de uma presença grande da sociedade civil na conferência, o mundo vai estar de olho para ver se as promessas viram ação, se a transição energética avança e se o país consegue manter coerência entre o que fala lá fora e o que faz aqui dentro. Mais um spoiler: tem gente apostando que essa vai ser a COP mais intensa dos últimos tempos.Belém, por sua vez, vai virar o epicentro do mundo, com delegações, povos indígenas, ativistas, artistas e jornalistas de todos os cantos. A cidade vai transbordar diversidade, sotaques e trocas. Vai ter exposed, carimbó, vai ter açaí, treta e, claro, vai ter debate quente sobre o futuro do planeta.

Quer acompanhar de perto essa novela climática? Fique de olho na fofocop.org.br

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