Artista recifense conectou música com a defesa dos direitos dos povos do mar e de quem resiste na linha de frente da crise climática
O que seria de nós sem a arte? É ela que garante o respiro necessário entre o caos imposto na sociedade cotidiana e cumpre um papel fundamental na construção de diálogo, sensibilidade e consciência coletiva. Quando artistas escolhem somar às lutas ativistas, suas vozes ajudam a aproximar realidades, dar sentido às urgências do nosso tempo e ampliar narrativas que precisam ser ouvidas.
A música, nesse contexto, se torna ferramenta de encontro, escuta e resistência.
É dessa conexão entre cultura e ativismo que surge o Tiny Deck, apresentações intimistas realizadas no helideck do Rainbow Warrior, reunindo artistas brasileiros para trocar, cantar e refletir sobre os desafios que já atravessam nossos territórios.
Entre as artistas que tivemos a sorte de somar a essa luta está a cantora nordestina Joyce Alane. Na edição que aconteceu durante a passagem do navio por Recife, ela compartilhou sua música em um encontro marcado pela proximidade, pela escuta e pelo posicionamento em apoio às comunidades mais afetadas pela crise do clima em nosso país.

A música de Joyce, marcada por narrativas pessoais e coletivas, ganhou ainda mais força quando compartilhada em um espaço que simboliza resistência ambiental no mundo inteiro.
Cantar desde onde a crise já chegou
Ter Joyce Alane com a gente não é coincidência. É escolha política. Nascida em Recife, uma das cidades brasileiras mais impactadas pela crise climática com o avanço do nível do mar, erosão costeira e desigualdades históricas, Joyce carrega na voz a experiência de quem vive em territórios onde a emergência climática já é realidade cotidiana.
Fiquei muito feliz de saber que poderia somar com essa pauta tão importante levantada pelo Greenpeace Brasil. Que possamos cada vez mais dar visibilidade a temas com esse!
Comentou a artista pernambucana Joyce Alane.
Estar no Rainbow Warrior, ao lado do Greenpeace, é também afirmar que:
não existe justiça climática sem ouvir quem vive no Nordeste, nas periferias, nos territórios costeiros e populares.
Do morro ao mar justiça climática pra quem resiste
Além do show, gravamos com Joyce um clipe acústico especial, em que a artista dá voz ao nosso mote: do morro ao mar, justiça climática pra quem resiste!
Uma frase que carrega o sentido de conexão entre territórios, lutas e corpos. Do alto das periferias urbanas às comunidades costeiras, dos manguezais aos bairros históricos ameaçados pelo avanço do mar, são as mesmas populações que seguem resistindo aos impactos de um modelo injusto de desenvolvimento.
O que esse encontro representa
- A música como ferramenta de mobilização e conscientização;
- A arte nordestina ocupando espaços globais de luta ambiental;
- A centralidade dos territórios mais afetados pela crise climática;
- O fortalecimento de narrativas que partem de quem vive a emergência no dia a dia;
- A união entre cultura, ativismo e justiça social.
O encontro com a cantora Joyce Alane reforça que a desigualdade ambiental não é abstrata, nem distante. Ela está presente nos territórios, nas cidades costeiras, nas periferias e na vida de milhões de pessoas. Fortalecer espaços como o Tiny Deck é reconhecer que a resposta à crise climática também passa pela cultura, pela escuta e por artistas que escolhem usar sua voz para somar às lutas de quem segue resistindo.
Essa luta também é sua! Assine o Manifesto Do Morro ao Mar e junte-se a quem defende justiça para os territórios e para os povos do mar.
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