Greenpeace lança o webdocumentário “Sol de Norte a Sul” e mostra os benefícios e as barreiras para que placas solares ganhem escala no Brasil

O sol faz gelo em meio à floresta amazônica. Na Vila Nova Amanã, (AM), os moradores agora conseguem tomar água gelada e refrigerar os peixes graças a painéis fotovoltaicos que alimentam freezers e geladeiras, um sonho que parecia distante anos atrás.

A chegada da energia solar nessa comunidade foi transformadora. Trouxe qualidade de vida e facilitou o trabalho dos pescadores. Isso sem custos a mais na conta de energia, antes gerada pelo poluente diesel dos geradores locais.

Como a Vila Nova Amanã, em outros pontos do Brasil a energia solar está chegando e revolucionando vidas. O Greenpeace Brasil viajou pelo País em busca dessas histórias. A descoberta está registrada no webdocumentário Sol de Norte a Sul. Na plataforma, é o internauta quem decide qual caminho seguir: pode assistir a vídeos, ver fotos, ler textos e infográficos, na ordem em que desejar.

O webdocumentário está dividido em quatro seções. Uma mostra quais são benefícios sociais que a energia solar traz ao País. Além de gerar empregos, as histórias mostradas ali contam como brasileiros passaram a ter água limpa, salas de aula mais adequadas e contas de luz mais baixas. A segunda parte é dedicada aos entraves que não permitem a ampla disseminação dessa fonte limpa de energia, como o excesso de tributos que encarecem os sistemas. Hoje, apenas 0,02% da eletricidade do Brasil vem de placas fotovoltaicas. Em seguida, conhecemos quatro histórias de brasileiros que, mesmo com todos os empecilhos, apostam na energia do sol.

A quarta e última seção da plataforma traz um mapa do mundo para que os internautas insiram iniciativas ligadas à energia solar que conhecem. Esse mapa será, em breve, um amplo panorama de como a energia solar está  ganhando espaço no Brasil e no mundo.

“As histórias contadas aqui são só alguns exemplos dos muitos benefícios da energia solar. Mas apenas três em cada dez brasileiros sabem que podem gerar sua própria energia. Com esse webdoc, esperamos contribuir para que esse número cresça. E queremos chegar a 1 milhão de casas com telhados solares num futuro próximo no Brasil”, diz Bárbara Rubim, da Campanha de Clima e Energia do Greenpeace Brasil.
Algumas histórias que estão no webdocumentário:

  • A Escola de Educação Básica Roberto Schutz foi a primeira a receber painéis fotovoltaicos no Brasil. Localizada na fria cidade de Rancho Queimado (SC), agora, há água quente nas torneiras e as salas de aula estão mais iluminadas. Professores e alunos aprenderam juntos os benefícios da energia solar e, hoje, ensinam pais e comunidades a importância de se investir em energias renováveis.
  • A água potável para os moradores do Assentamento Maria da Paz (RN) era escassa. Vinha das cisternas se chovia ou de galões, quando o dinheiro sobrava. Hoje, uma máquina faz a dessalinização da água de um poço e fornece água limpa e fresca para mais de 200 pessoas. Isso tudo consumindo a energia fornecida por placas solares, que aproveitam a gratuita energia solar.
  • Um sistema fotovoltaico no Brasil custa cerca de 20% a mais em razão de tributos. Alguns estados ainda cobram de forma indevida o Imposto sobre a Circulação de Mercadores e Prestação de Serviços (ICMS) para o cidadão que gera sua própria energia. Se o ICMS na eletricidade fosse derrubado em todos os estados, o Brasil teria 55% mais sistemas instalados em 2023.
  • Apenas três em cada 10 brasileiros sabem que podem gerar sua própria energia e economizar na conta de luz. Ainda assim, quase 90% da população entrevistada afirmou ter interesse em saber mais sobre microgeração e consideram que produzir sua própria energia é importante.