No dia 26 de abril de 1992, um pequeno grupo de ativistas fazia a primeira ação da organização no Brasil. Desde lá, os desafios cresceram. E as conquistas também.

A primeira ação do Greenpeace no Brasil foi contra a energia nuclear, em 1992, na frente da usina de Angra. (Foto: © Steve Morgan/Greenpeace)

26 de abril de 1992. Em uma manhã nublada de outono, 800 de cruzes brancas são fincadas no chão. Ao fundo, a torre sinistra da Usina Nuclear de Angra e voluntários e ativistas do Greenpeace à frente da primeira ação pública da organização no Brasil. Eles se colocavam contra a usina de energia nuclear e  homenageavam os mortos na tragédia de Chernobyl. Em 1986, os reatores da central nuclear de Chernobyl explodiram, deixando um rastro de destruição.

Aqueles poucos voluntários e ativistas, que se colocaram contra uma arriscada fonte de energia como a nuclear, se multiplicaram. Hoje, em torno de variadas causas, eles somam 65 mil doadores, quase 3 mil voluntários e mais de 5 milhões de cyberativistas, que nos seguem nas redes sociais. A participação de cada uma dessas pessoas tornou o Greenpeace uma das maiores e mais respeitadas entidades ambientalistas do Brasil.

Mais importante ainda é o apoio individual, expresso em doação de dinheiro, tempo e inteligência, que garante a principal característica do Greenpeace: sua total independência de interesses políticos ou corporativos. Vale reforçar que não ganhamos nem um tostão de empresas ou governos.

São 25 anos confrontando desmatadores ilegais da Amazônia, as poderosas indústrias do petróleo e de energia nuclear, produtores de transgênicos, além de projetos de infraestrutura babilônicos que ameaçam o meio ambiente e as comunidades tradicionais.

Já viu o vídeo que celebra nosso aniversário de 25 anos? Veja aqui e compartilhe com seus amigos e parentes.

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Em 2001, depois de uma intensa campanha do Greenpeace, o povo indígena Deni conseguiu ter seu território demarcado, protegendo sua comunidade e a floresta da qual dependem para viver. (©Daniel Beltra/ Greenpeace)

Os recursos doados ao Greenpeace permitem que a organização realize pesquisas e estimule soluções para nosso planeta. Nós apoiamos e estudamos o potencial das energias renováveis, como a solar e eólica e as fontes renováveis para o transporte público e privado. Nós trabalhamos arduamente pela Moratória da Soja, para frear o desmatamento da Amazônia.

Fazemos parcerias com comunidades indígenas para proteger a floresta contra o desmatamento ilegal. E, esse ano, mostramos ao mundo pela primeira vez um recife de corais que estava escondido nas águas turvas do mar, onde o Rio Amazonas encontra o mar – e que já está ameaçado pela exploração de petróleo. Esses exemplos são só alguns entre tantas outras lutas e vitórias.

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Em novembro de 2016, um protesto realizado por lideranças do povo Munduruku em frente ao Palácio da Justiça, em Brasília, cobrou a demarcação da Terra Indígena Sawré Muybu, no rio Tapajós, no Pará. A atividade contou com o apoio do Greenpeace. (Foto: ©Otávio Almeida/Greenpeace)

Os desafios continuam

Dois meses depois da ação que estreou o trabalho do Greenpeace no Brasil, recebemos pela primeira vez o Rainbow Warrior (Guerreiro do Arco-íris), navio-símbolo da organização. O veleiro estava aqui para apoiar o trabalho da organização durante a Eco-92 (ou Rio-92) – a primeira grande conferência da ONU sobre meio ambiente, que aconteceu no Rio de Janeiro.

Quem esteve presente naqueles dias guarda na memória o clima festivo e, ao mesmo tempo, de luta trazido por milhares de representantes da sociedade civil global reunidos no Rio de Janeiro.

Um momento particularmente emocionante foi quando o Dalai Lama chegou para visitar o Rainbow Warrior. De repente, fez-se um silêncio respeitoso, enquanto o líder religioso cumprimentava a conversava com cada pessoa presente.

Em março de 2017, mais de 500 pessoas se reuniram na praia de Copacabana e formaram uma imagem de 100 metros de comprimento. A ação fez parte da campanha Defenda os Corais da Amazônia. (Foto: © Rafael Rolim/Spectral Q/ Greenpeace)

Infelizmente, ao longo destes anos, nem sempre a recepção ao Greenpeace foi tão amistosa. Houve momentos de tensão, especialmente em ações na Amazônia, onde lutamos pela proteção da floresta, agindo contra o desmatamento ilegal, contra projetos de infraestrutura e o avanço da fronteira agrícola. Apesar disso, a organização segue firme com suas ações não-violentas em favor do meio ambiente.

Hoje, novos desafios se apresentam. O sistema de proteção ambiental brasileiro está sob risco, com diversas medidas de enfraquecimento propostas principalmente pela bancada ruralista no Congresso. Projetos de exploração petrolífera fazem o Brasil caminhar na direção contrária da luta global contra as mudanças climáticas.

Por isso, os próximos anos serão de luta ainda mais intensa em favor do meio ambiente e da vida. E o apoio de cada pessoa continua sendo tão fundamental como tem sido ao longo desses 25 anos.

#JuntosSomosGreenpeace!

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Comemore conosco

Como parte da celebração deste aniversário, o Rainbow Warrior III está chegando ao Rio de Janeiro. Por alguns dias, nosso navio estará no Píer Mauá, aberto para visitação do público. Quem passar por lá conhecerá nosso navio-símbolo e mais detalhes desses 25 anos de luta. Participe!

*Renato Guimarães é diretor de Engajamento do Greenpeace Brasil

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