Evento celebra a cultura amazônica e a defesa da floresta em meio a desafios ambientais
Há dois anos, setembro tem sido um mês de celebração e resistência graças à mobilização promovida pelo movimento Amazônia de Pé, que em meio às queimadas criminosas e ao recorde de focos de incêndio deste ano ganhou ainda mais importância. A Virada Cultural Amazônia de Pé 2024 aconteceu entre 5 e 8 de setembro, na semana do Dia da Amazônia, celebrado em 5 de setembro, e contou com uma programação diversa para celebrar as culturas amazônicas e defender o bem estar e a integridade da floresta e de seus habitantes.
O evento reuniu atividades culturais e contou com a participação de ativistas socioambientais, apresentações artísticas, oficinas e debates espalhados por todo país, em especial na região amazônica. O objetivo da mobilização, que em 2024 envolveu cerca de 340 ações em todas as regiões do Brasil, é celebrar as culturas amazônicas e toda sua riqueza de identidades, cosmovisões e expressões artísticas e denunciar os ataques contra a floresta, seus povos e o clima.
Neste ano, o tema foi a proteção das Florestas Públicas Não Destinadas da Amazônia, com foco em grandes eventos que o Brasil irá sediar, como o G20, que acontecerá no Rio de Janeiro em novembro, e a COP-30, que será realizada em Belém em 2025.
Voluntários em ação!
Grupos de voluntários do Greenpeace Brasil participaram de ações da Virada em Belém e João Pessoa e compartilharam um pouco da sua experiência.
No dia 5, o grupo de João Pessoa organizou um Ponto Verde na Universidade Federal da Paraíba (UFPB), com coleta de assinaturas para o Projeto de Lei Amazônia de Pé, iniciativa popular (PLIP) que visa destinar as florestas públicas da Amazônia Legal para a conservação, comunidades indígenas, quilombolas e campesinos.
“A ação que fizemos no Centro de Vivências da Universidade Federal da Paraíba foi bem interessante, conseguimos abordar desde estudantes a servidores […] e dialogar de maneira reflexiva apontando principalmente as alterações do clima que estão acontecendo na região, corroboradas pelas queimadas criminosas. Também pudemos conversar sobre a situação dos povos originários e destacar a importância dessas comunidades para a preservação do que ainda resta da floresta tropical.” – Maria Eduarda Macêdo (voluntária do Greenpeace Brasil)
Já o grupo de Belém, participou no dia 5 da roda da conversa “Reflexões sobre o Dia da Amazônia”, junto de outras organizações de ativismo socioambiental, como parte do evento “Vozes e Poesias: o que é amor?”, promovido pelo Grupo de Pesquisa e Extensão Pará Leitura, da Universidade Estadual do Pará (UEPA). No dia 8, também organizaram um Ponto Verde com coleta de assinaturas para a Lei Amazônia em Pé durante a programação musical de carimbó da banda “Da Amazônia Pela Amazônia”, que aconteceu na Concha Acústica da orla de Icoaraci, banhada pelo Rio Maguari.
“O grupo de carimbó Da Amazônia Pela Amazônia foi atração da atividade; tivemos um ótimo fluxo de pessoas e coletamos bastante assinaturas. […] o público chegou junto e tivemos a chance de dialogar sobre pautas ambientais com moradores da região, turistas e comerciantes.” – Rui Gemaque (voluntário do Greenpeace Brasil).
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