O rio Tapajós, no Pará, está ameaçado pelos planos de construção de hidrelétricas que podem alagar grandes áreas de floresta e destruir o modo de vida de seus povos indígenas e populações tradicionais. Os Munduruku, que vivem na região, estão lutando, há décadas, para impedir que isso aconteça. O Greenpeace é um aliado do povo Munduruku nessa luta e, desde 2013, vem contribuindo para engajar a sociedade na defesa do rio Tapajós e dos direitos indígenas.
O Mapa da Vida nasce da indignação dos Munduruku ao ouvirem do governo que a construção da hidrelétrica de São Luiz do Tapajós iria alagar “apenas” 7% da terra indígena Sawre Muybu. O que parecia pouco aos olhos do governo e dos empreendedores envolvidos com o licenciamento da usina era – e é – inegociável para os Munduruku. Pedir que abram mão de seu território é pedir que abram mão do seu modo de vida e de sua relação milenar com o rio Tapajós e suas florestas.
Quando souberam do projeto da hidrelétrica, tiveram a certeza de que o governo não entendia a importância do rio Tapajós e de Sawre Muybu para todo o povo Munduruku. Por isso, empreenderam a tarefa de fazer a sociedade brasileira entender que a discussão não é sobre o tamanho de uma área, mas sobre a sobrevivência de um povo.
Em 2016, solicitaram que o Greenpeace Brasil ajudasse a construir uma ferramenta de diálogo com a sociedade, uma estratégia que fosse capaz de demonstrar aos brasileiros a importância de Sawre Muybu para a sobrevivência física e cultural do povo Munduruku, além do papel vital dos recursos naturais da região. Assim nascia o Mapa da Vida.
Em maio de 2018, o “ Mapa da Vida – Tapajós e Sawre Muybu: a visão do povo Munduruku sobre seu rio e seu território” foi lançado e distribuído durante o Acampamento Terra Livre 2018, que reúne diversos povos originários em Brasília para cobrar a demarcação de suas terrar e a garantia de seus direitos. Com a publicação, os Munduruku buscam mostrar ao governo e à sociedade a importância da demarcação de suas terras para a sobrevivência do povo, de sua cultura e dos recursos naturais.
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Ainda que tenham sido vitoriosos ao parar o licenciamento da usina hidrelétrica de São Luiz do Tapajós, os Munduruku sabem que a não demarcação da terra indígena é um claro sinal de que o governo ainda não desistiu dos planos para afogar o Tapajós. A demarcação de Sawre Muybu é vital e urgente!
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Discussão
Trabalho.
Não tem mais como segurar! Demarcar terras para que os indígenas vendam suas terras para outras nações? Isso é totalmente inaceitável. Agora os indígenas terão que se tornar brasileiros iguais a todos os outros cidadãos. Terão suas terras e deverão desenvolvê-las, manifestando a riqueza. Isso está sendo bem organizado pelos departamentos governamentais dedicados ao assunto. Mas não poderão ficar impedindo a prosperidade de chegar até eles e nem ficar guardando as riquezas do solo e subsolo para outras nações virem reinvidicar a exploraração.