Chega de fogo na Amazônia!

Esse abaixo-assinado foi encerrado no dia 29/11/2023. Graças a você e às mais de 53 mil pessoas que assinaram a Carta pelo Futuro do Greenpeace Brasil, entregamos nossas demandas ao Consórcio Amazônia Legal. Agora, cabe a todos nós cobrar que ações sejam tomadas!
Assine para continuar recebendo notícias do Greenpeace Brasil e apoiando as nossas causas:

Ao clicar em “Assinar”, você concorda com nossa política de privacidade e em receber comunicações através dos meios de contato fornecidos. Adotamos altos padrões de segurança e você pode deixar de receber comunicações quando quiser.

Desejo receber atualizações do Greenpeace via WhatsApp
This field is hidden when viewing the form
This field is hidden when viewing the form
This field is hidden when viewing the form
This field is hidden when viewing the form
This field is hidden when viewing the form
This field is hidden when viewing the form
Este campo é para fins de validação e não deve ser alterado.

pessoas já assinaram

Exigimos combate ao fogo!

Em 2023, o Brasil começou a retomar o trabalho de fiscalização e combate ao crime ambiental na Amazônia, mas com a proximidade de uma temporada quente e seca muito pior do que o normal na região, em agosto lançamos a “Carta pelo Futuro: Chega de Fogo na Amazônia”. Um manifesto, que era também um pacote de sugestões e uma súplica aos governadores dos estados amazônicos, para que estes avancem mais rápido em políticas regionais de combate ao desmatamento e ao fogo. Em três meses, conseguimos o apoio de mais de 53 mil brasileiros e brasileiras!


Não podemos esperar mais

O ano de 2003 foi marcado por secas e queimadas que assolaram a Amazônia e impactaram sua população. Foram meses debaixo de fumaça, com calor extremo e sem água. A floresta está chegando a um ponto crítico e está dando todos os sinais de que precisa de ajuda. É agora ou nunca! Seguiremos monitorando, denunciando e cobrando por ação. Desmatamento zero já!

A Amazônia não pega fogo sozinha

Na floresta, o fogo é causado por ação humana, nas diferentes etapas do desmatamento, quando a floresta é retirada para dar lugar a pastagens ou áreas de cultivo. A maior parte das queimadas que ocorrem na Amazônia são ilegais e prejudicam toda a sociedade – afetando a biodiversidade, a saúde das pessoas e contribuindo para as mudanças climáticas. A melhor forma de combater esse fogo é evitando que ele aconteça!

80.002

focos de calor foram registrados na Amazônia de Janeiro a Outubro de 2023.

Fonte: INPE

100%

mais internações de crianças por doenças respiratórias na região amazônica durante as queimadas.

Fonte: Fiocruz

49%

das emissões de gases do efeito estufa são causadas por desmatamento e queimadas no Brasil

Fonte: SEEG


É preciso agir agora

A sociedade clama por ação para evitar a piora da crise climática e ambiental. Por isso, pedimos que os governadores dos estados amazônicos tomem algumas medidas urgentes para combater o desmatamento e as queimadas agora e nos próximos anos, entre elas:

  • Identificar e responsabilizar os proprietários de terras que realizam queimadas ilegais
  • Se comprometer a zerar todo o Desmatamento até 2030
  • Proteger florestas estaduais não destinadas e seus povos

Confira a carta completa:

Clique aqui para ler a carta inteira

Carta pelo Futuro: chega de fogo na Amazônia

Srs. Governadores do Consórcio Amazônia Legal,

No Brasil, o fogo que consome a Amazônia, e transforma em cinzas nossas chances de mitigar a crise climática, é criminoso e impulsionado pelo avanço da agropecuária sobre ambientes naturais. 

Infelizmente, ainda hoje, a floresta e seus povos são vítimas de uma visão ultrapassada de desenvolvimento, um olhar meramente exploratório, onde a floresta tem mais valor destruída, que em pé. No entanto, até aqui, essa lógica não trouxe dignidade nem melhora de vida para quem mora na floresta, nem longe dela. Pelo contrário, levou à corrosão dos direitos humanos, a impactos ambientais, sociais, econômicos e sanitários, que tendem a se agravar caso não mudemos a rota da lógica econômica implementada na região. 

Em 2019, o Consórcio Amazônia Legal, do qual os Srs. fazem parte, lançou um projeto batizado de Plano de Recuperação Verde, com o objetivo de propor soluções para reduzir o desmatamento e levar desenvolvimento, renda e dignidade para a população amazônica. 

Mas os mesmos estados ainda não iniciaram ações fundamentais para evitar que o desmatamento e o fogo aconteçam e este ano pode ser decisivo: depois de altas consecutivas no desmatamento, nos próximos meses enfrentaremos os efeitos do El Niño, que deixará o tempo ainda mais quente e seco na região, um cenário perfeito para o crime ambiental. É preciso agir para evitar uma crise ambiental ainda maior.  

Cientistas vêm alertando que a Amazônia pode estar perto de seu ponto de não retorno e que já existem áreas da floresta que apresentam perda de capacidade de recuperação. Não podemos permitir que a Amazônia atinja esse limiar, que produzirá uma série de efeitos em cascata, nos levando ao colapso climático que produzirá efeitos irreversíveis em nossas vidas.

Considerando a urgência do momento e a necessidade de avançar neste processo, a sociedade clama para que os Srs. Governadores do Consórcio Amazônia Legal sejam mais ambiciosos na implementação de seu Plano de Recuperação Verde, e se posicionem como verdadeiros defensores da floresta e seus povos em 2025 durante a COP 30. Para isso,  se faz necessário que coloquem em prática imediatamente compromissos e ações para evitar um desastre ambiental.    

Para atenderem às solicitações da sociedade, os Governadores dos estados amazônicos devem ao menos:

● Identificar e punir os proprietários de terras que não cumpriram os Decretos Federais que proibiam o uso do fogo na Amazônia, que ficaram conhecidos por moratória do fogo, nos anos de  2019, 2020, 2021 e 2022, multando e embargando as terras em domínio estadual, desestimulando assim novas queimadas;

● Adotar a meta de zerar todo o desmatamento até 2030 em linha com o governo federal;

● Cancelar de maneira emergencial, até o final de 2023, todos os CAR registrados em Terras Indígenas, Unidades de Conservação (que não admitem propriedades; particulares), Territórios Quilombolas e Florestas Públicas Não Destinadas. Validar todos os demais registros de CAR até o final de 2024; 

● Destinar as terras públicas estaduais para conservação e uso sustentável, reconhecendo os direitos à terra de povos e comunidades tradicionais e agricultores familiares;

● Construir alternativas socioeconômicas viáveis para a região, superando o atual modelo predatório, que concentra renda, produz desigualdade social e engole a floresta.

São medidas urgentes para evitar que o fogo aconteça na Amazônia hoje, e para que haja um nivelamento – para melhor – das ferramentas de prevenção ao desmatamento e ao fogo em todos os estados do Consórcio. Precisamos dificultar a atuação de criminosos ambientais e valorizar o potencial da floresta em pé para a geração de emprego e renda à população, incorporando novas tecnologias para a produção de soluções sustentáveis na floresta.

É pelo futuro da humanidade e por mais dignidade e desenvolvimento real para o povo da Amazônia.

¹ https://www.climatepolicyinitiative.org/pt-br/publication/o-efeito-domino-da-amazonia-como-o-desmatamento-pode-desencadear-uma-degradacao-generalizada/

Estados podem virar o jogo contra a destruição!

Precisamos agir juntos para impedir a destruição da Amazônia e o crime ambiental. Os governos amazônicos têm um papel fundamental neste combate e precisam avançar mais rápido em suas ações. A sociedade já deu seu recado e vamos seguir cobrando ações!


Explore outros tópicos