É fogo! Fumaça não respeita fronteiras!
Entre agosto e setembro de 2024, queimadas – em sua maioria iniciadas por ação humana – atingiram áreas enormes da Amazônia, do Cerrado e do Pantanal e causaram consequências muito sérias para a vida e a saúde de muita gente no país todo. 😷
🌬️ A corrente atmosférica que carrega vapor de água da Amazônia para o restante do país passou a carregar fumaça, então até o Sul e o Sudeste foram afetados!
Ou seja: os efeitos da crise climática vão chegar para todo mundo e precisamos cobrar ações sérias para enfrentá-la.
💧 E os rios? Cadê eles?
Na região Amazônica os rios são fonte de água, de alimento e também são meios de transporte.
Então, quando os rios secam de forma extrema, as pessoas ficam isoladas, sem acesso a comida e água, a atendimento médico, a escolas e até mesmo a suas famílias.
As primeiras pessoas atingidas pela seca e a estiagem são as populações que vivem na região Norte e dependem dos rios para viver. Mas os impactos das estiagens severas vão acabar afetando a todas as pessoas!
Quem faz a dívida e quem paga a conta?
Com o avanço da crise climática, causada pela ação humana, as tragédias se intensificam e são as populações ribeirinhas, quilombolas, indígenas, populações pretas e periféricas que mais sentem este impacto, seja pela seca ou pela fumaça. Se você se preocupa com a biodiversidade, sua saúde, a saúde do planeta, junte-se a nós.
Assine a petição para cobrar de governos e legisladores do Brasil ações incisivas para combater as mudanças climáticas!
Isso já deveria ter acontecido!
7 soluções práticas:
1) Retirada de pauta de todos os 25 projetos de lei e três PECs do “pacote da destruição”. Já que o setor agropecuário se diz preocupado e prejudicado com as queimadas, o setor e seus representantes no Legislativo, como a bancada ruralista, devem retirar suas propostas que flexibilizam a legislação ambiental e reduzem a resiliência do país;
2) Os governos (Federal, Estaduais e Distrital, Municipais) precisam responsabilizar e punir devidamente quem comete incêndios criminosos – além de embargar e multar mais, é necessário efetivar o pagamento da multa, o que não ocorre na maioria dos casos.
3) Os governos precisam aumentar – e muito! – a capacidade operacional para prevenção e combate aos incêndios. Não adianta termos somente brigadistas em parte do ano. As brigadas precisam ser bem estruturadas e equipadas para prevenir ou conter rapidamente quando o fogo for iniciado, incluindo a constituição de brigadas aéreas;
4) O investimento público em políticas de adaptação é de extrema importância para que as perdas e os danos de eventos climáticos extremos sejam minimizados, e por mais que o debate seja fundamental no nível Federal, são os municípios os responsáveis por aplicar as medidas de enfrentamento às consequências da crise climática e mudar a realidade nas cidades;
5) Os governos precisam continuar combatendo o desmatamento, como também buscar atingir o Desmatamento Zero ainda antes de 2030, já que esta é a maior contribuição que o Brasil pode dar para ajudar a mitigar os efeitos da crise climática que vivemos. Para isso, além de garantir comando e controle efetivos contra o fogo e outros ilícitos, é preciso aprofundar políticas agropecuárias de baixo carbono, tornando-as vinculantes para acesso ao crédito e assistência técnica;
6) Instituições financeiras devem vedar a concessão de crédito para imóveis rurais que tenham usado fogo de maneira ilegal. Incluir em seus critérios de concessão de crédito rural, a restrição para tomadores que tenham qualquer tipo de infração ambiental em seu nome e propriedades, seja embargo ou multa e promover ou exigir a rastreabilidade quando o financiamento for destinado à pecuária.
7) Um dos maiores agravantes da crise climática é a queima de combustíveis fósseis. O Brasil pode se consolidar como uma liderança climática, mas para isso, o país precisa deixar de lado a abertura de novas fronteiras de exploração de petróleo em áreas sensíveis, como a Bacia da Foz do Amazonas, e priorizar uma transição energética justa, inclusiva e popular e modelos de desenvolvimento que respeitem os limites da natureza, os direitos dos povos originários e tradicionais e que contem com o comprometimento de diversos setores do Estado – incluindo a Petrobras.