Isso já deveria ter acontecido!
9 soluções que já deveriam estar acontecendo:
1) Os poluidores devem pagar! Sendo a indústria fóssil a grande vilã da emergência climática, ao lado dos países desenvolvidos, nada mais justo que eles paguem pela destruição que causaram ao planeta! É por isso que defendemos que, em fóruns como a 29ª Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP29), os líderes globais acordem um financiamento climático com repasse anual de US$ 1 trilhão. Somente assim será possível que os países que mais sofrem com os eventos extremos – e os que menos contribuíram para o agravamento da crise do clima – consigam implementar ações climáticas de reparação, adaptação e mitigação.
2) Retirada de pauta de todos os 25 projetos de lei e três PECs do “pacote da destruição”. Já que o setor agropecuário se diz preocupado e prejudicado com as queimadas, o setor e seus representantes no Legislativo, como a bancada ruralista, devem retirar suas propostas que flexibilizam a legislação ambiental e reduzem a resiliência do país;
3) Os governos (Federal, Estaduais e Distrital, Municipais) precisam responsabilizar e punir devidamente quem comete incêndios criminosos – além de embargar e multar mais, é necessário efetivar o pagamento da multa, o que não ocorre na maioria dos casos.
4) Os governos precisam aumentar – e muito! – a capacidade operacional para prevenção e combate aos incêndios. Não adianta termos somente brigadistas em parte do ano. As brigadas precisam ser bem estruturadas e equipadas para prevenir ou conter rapidamente quando o fogo for iniciado, incluindo a constituição de brigadas aéreas;
5) O investimento público em políticas de adaptação é de extrema importância para que as perdas e os danos de eventos climáticos extremos sejam minimizados, e por mais que o debate seja fundamental no nível Federal, são os municípios os responsáveis por aplicar as medidas de enfrentamento às consequências da crise climática e mudar a realidade nas cidades;
6) Os governos precisam continuar combatendo o desmatamento, como também buscar atingir o Desmatamento Zero ainda antes de 2030, já que esta é a maior contribuição que o Brasil pode dar para ajudar a mitigar os efeitos da crise climática que vivemos. Para isso, além de garantir comando e controle efetivos contra o fogo e outros ilícitos, é preciso aprofundar políticas agropecuárias de baixo carbono, tornando-as vinculantes para acesso ao crédito e assistência técnica;
7) Instituições financeiras devem vedar a concessão de crédito para imóveis rurais que tenham usado fogo de maneira ilegal. Incluir em seus critérios de concessão de crédito rural, a restrição para tomadores que tenham qualquer tipo de infração ambiental em seu nome e propriedades, seja embargo ou multa e promover ou exigir a rastreabilidade quando o financiamento for destinado à pecuária.
8) Um dos maiores agravantes da crise climática é a queima de combustíveis fósseis. O Brasil pode se consolidar como uma liderança climática, mas para isso, o país precisa deixar de lado a abertura de novas fronteiras de exploração de petróleo em áreas sensíveis, como a Bacia da Foz do Amazonas, e priorizar uma transição energética justa, inclusiva e popular e modelos de desenvolvimento que respeitem os limites da natureza, os direitos dos povos originários e tradicionais e que contem com o comprometimento de diversos setores do Estado – incluindo a Petrobras.
9) O investimento público em políticas de adaptação e gestão de riscos a desastres é de extrema importância para que as perdas e os danos de eventos climáticos extremos sejam minimizados, e por mais que o debate seja fundamental no nível Federal, são os municípios os responsáveis por aplicar as medidas de prevenção, resposta e recuperação dos territórios impactados pelas consequências da crise climática e mudar a realidade nas cidades.
Chuvas extremas alagam as cidades
Impulsionadas pelas mudanças climáticas, as chuvas extremas têm causado consequências cada vez mais graves, como enchentes, alagamentos, enxurradas e deslizamentos – no Brasil e em muitas partes do mundo.
Os alagamentos severos prejudicam a infraestrutura das cidades, de norte a sul do país, e impactam diretamente – e de forma mais intensa – as pessoas já vulnerabilizadas por questões raciais, de gênero e socioeconômicas.
Além dos danos materiais, as enchentes colocam em risco a saúde pública e a segurança alimentar. Ou seja, até quem não está nas áreas alagadas sofre com os impactos. Então, precisamos nos unir para cobrar soluções.


Os rios secam no Norte
Na região Amazônica os rios são fonte de água, de alimento e também são meios de transporte.
Quando os rios secam de forma extrema, evento que tem se repetido com maior frequência e gravidade nos últimos anos, as pessoas ficam isoladas, sem acesso a comida e água, a atendimento médico, a escolas e até mesmo às suas famílias.
As primeiras pessoas atingidas pela seca e a estiagem são as populações que vivem na região Norte e dependem dos rios para viver. Mas os impactos das estiagens severas vão acabar afetando a todas as pessoas!
O fogo criminoso toma conta do país
Em 2024, extensas queimadas atingiram o Brasil – a maioria iniciada por ações humanas.
Cerca de 80% do Brasil – e mais da metade da América do Sul – ficaram cobertos por fumaça em setembro de 2024. O fogo atingiu áreas enormes de biomas importantes – Amazônia, Cerrado, Pantanal e Gran Chaco. As consequências foram muito sérias para a vida e a saúde de muita gente.😷
🌬️A corrente atmosférica que normalmente carrega vapor de água da Amazônia para o restante do continente passou a carregar fumaça, então até o Sul e o Sudeste do Brasil foram afetados!
Ou seja: os efeitos da crise climática chegam para todo mundo. Precisamos cobrar ações sérias para enfrentá-la!


Quem faz a dívida e quem paga a conta?
Com o agravamento da crise climática, causado pela ação humana, as tragédias se intensificam. Mas não são os grandes produtores de combustíveis fósseis os mais impactados e sim as populações ribeirinhas, quilombolas, indígenas, pretas e periféricas, afetadas pela seca, fumaça ou enchentes.
Enquanto as empresas lucram, outros têm as vidas destruídas pelo caos climático.
Precisamos de uma transição energética justa, popular e financiada pelas nações responsáveis pelas maiores emissões de CO2. É urgente que políticas públicas preparem as cidades e protejam quem já enfrenta os impactos mais severos da crise climática. Essas políticas devem ser construídas com a participação direta das comunidades afetadas, saindo do papel para evitar novas tragédias e oferecer respostas rápidas e efetivas a quem mais precisa.
Se você se preocupa com a biodiversidade, com as pessoas que estão sendo mais prejudicadas por todo este contexto e com a saúde do planeta, junte-se a nós: assine o manifesto para cobrar de governos e legisladores do Brasil ações incisivas para combater as mudanças climáticas!