83% da população brasileira confia que é possível conciliar a proteção do meio ambiente com boas condições de vida para todas as famílias, aponta nova pesquisa Ipec com Greenpeace Brasil

Família do povo Munduruku na beira do Rio Tapajós © Carol Quintanilha / Greenpeace
Mãe e filho do povo Munduruku no Rio Tapajós, no estado do Pará, Brasil © Carol Quintanilha / Greenpeace

No fim do ano passado, batemos à porta de milhares de casas em todas as regiões do Brasil para fazer uma pergunta importante: mesmo diante das crises socioambientais que enfrentamos, as pessoas ainda acreditam em um mundo melhor? E a resposta foi um sonoro sim

Esse resultado foi registrado na pesquisa do Instituto de Inteligência em Pesquisa e Consultoria Estratégica (Ipec), encomendada pelo Greenpeace Brasil e divulgada nesta segunda (10). Os dados revelam um cenário de esperança e conscientização.

Cerca de 8 em 10 brasileiros concordam (total ou parcialmente) que é possível conciliar a preservação do meio ambiente com boas condições de vida para todas as famílias (83%). Além disso, 78% acreditam que o enfrentamento às mudanças climáticas é viável, e mais da metade discorda de que nada mais pode ser feito para combater a crise no clima (57%).

“O objetivo da pesquisa foi validar ou contestar a premissa de que a população brasileira acredita na construção de um Brasil mais justo e ecológico, e seu resultado expressivamente otimista nos encheu de confiança para seguirmos defendendo, com afinco, pautas sociais, ambientais e climáticas que desempenham papéis fundamentais para a mudança que queremos ver no país”, destaca Vanessa Pedroza, economista ecológica do Greenpeace Brasil, que acompanhou de perto o estudo em parceria com a equipe do Ipec.

Na percepção dos brasileiros, reduzir a poluição (45%) deve ser priorizada para solucionar as mudanças climáticas, seguida pelo combate a tragédias ambientais (37%) e a preocupação com as futuras gerações (33%)

Quando o assunto é responsabilidade, 25% dos entrevistados apontam o Governo Federal como o principal agente na promoção de ações para enfrentar os problemas climáticos. No entanto, a sociedade como um todo (17%) e as comunidades locais (15%) também foram mencionadas como partes essenciais nesse processo.

Outro dado relevante é que 71% dos brasileiros com 16 anos ou mais estão preocupados ou muito preocupados com as mudanças climáticas atualmente.

E você? Como responderia a essa pesquisa? Conta para a gente nos comentários – queremos saber sua opinião!

Munduruku on Streams near Tapajós River. © Carol Quintanilha / Greenpeace
Crianças Munduruku brincando no Rio Tapajós, estado do Pará, Brasil © Carol Quintanilha / Greenpeace

Metodologia
A pesquisa foi realizada com métodos quantitativos: 2.000 entrevistas presenciais e domiciliares, representativa da população brasileira, com população de 16 anos ou mais, no período de 01 a 06 de novembro de 2024. A margem de erro foi de 2 pontos percentuais para o total da amostra e o nível de confiança 95%. 

Os principais dados de perfil da amostra são:

Região

  • 43% Sudeste
  • 26% Nordeste
  • 17% Norte e  Centro-Oeste
  • 14% Sul

Sexo

  • 52% Mulheres
  • 48% Homens

Faixa etária

  • 15% de 16 a 24 anos
  • 22% de 25 a 34 anos
  • 22% de 35 a 44 anos
  • 25% de 45 a 59 anos
  • 16% 60 e mais

Renda familiar em salários mínimos

  • 25% até 1
  • 27% de 1 a 2
  • 30% de 2 a 5 
  • 10% Mais de 5
  • 8% Não responderam

Religião

  • 46% católica
  • 34% evangélica
  • 13% outras religiões
  • 6% ateu ou não tem religião
  • 2% não responderam

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