Há 27 anos no Brasil, o Greenpeace sempre defendeu e questionou governos que foram em desencontro com as políticas de preservação ambiental

“Não faz nenhum sentido falar sobre esquerda e direita, se não tivermos um planeta para morar. Essa luta é anterior e mais importante do que qualquer outra luta que tivermos que fazer”. A frase foi dita pela jovem e ativista climática, Elisa, durante manifestações no Rio de Janeiro, em setembro deste ano, contra os crimes ambientais e as queimadas na Amazônia. 

As falas da estudante resumem o posicionamento político do Greenpeace: uma organização apartidária e sem fins lucrativos, que só recebe doações de pessoas físicas, e que atua há 27 anos no Brasil, sendo 20 deles combatendo os crimes ambientais na Amazônia. Não importa o viés político, nossa luta é pelo meio ambiente, e sempre iremos cobrar empresas e governos por ações efetivas no combate ao desmatamento e crimes ambientais. 

Há anos trabalhamos expondo as feridas deixadas pelos governantes nos mais diversos biomas do Brasil. Na gestão de Dilma Rousseff, por exemplo, criticamos suas medidas que apoiavam as hidrelétricas em Belo Monte e no Tapajós, inclusive com um protesto marcante que despejou três toneladas de esterco em frente a Aneel; por sua conduta contrária ao uso de energias renováveis; pelo não veto integral nas mudanças no Código Florestal; e falta de políticas públicas na demarcação de terras indígenas. Tivemos esta mesma linha de atuação com no governo Lula, com cobranças para que o país assumisse compromissos em relação ao clima e  também com FHC, em especial relacionado ao desmatamento ilegal na Amazônia.

Durante o governo Temer, iniciamos a nossa campanha #Resista, um ato público de resistência contra os inúmeros retrocessos para a agenda ambiental, fundiária e de direitos humanos. E em diversas ocasiões, cobramos o ex-presidente. Na Noruega, protestamos contra o corte de verbas para Amazônia; pressionamos e tivemos vitória, fazendo com que fosse revogado o decreto que extinguia a Reserva Nacional de Cobre e Associados (Renca). 

Com Bolsonaro não está sendo diferente. Apenas nos nove meses de governo, o atual presidente já deixou claro suas intenções com a floresta e suas medidas incapazes de combater o desmatamento e as emergências climáticas no Brasil. Esta trajetória recente do desmonte ambiental está sendo contada no site Pátria Queimada Brasil

Em janeiro, vimos a nomeação de Ricardo Salles para o cargo de Ministro do Meio Ambiente. O advogado, duas semanas antes de assumir o ministério, havia sido condenado pela justiça de São Paulo, acusado de fraude ambiental.

De lá para cá, os crimes na Amazônia dispararam, os investimentos em programas ambientais despencaram; governo anunciou planos de liberar mineração em terras indígenas; vimos os planos do governo de reduzir 67 Unidades de Conservação; menos multa aos infratores ambientais; e a tentativa recente de fugir de sua responsabilidade, culpabilizando as ONGs pela onda de fogo na floresta. 

Nosso compromisso público é com o meio ambiente, lutamos por um mundo mais preservado em toda a sua essência. Combatemos as mudanças climáticas como uma forma de garantir o futuro de novas gerações e não agravar a situação de pobreza e desigualdade em todo o mundo. Isso não é partidarismo, é a nossa garantia de vida.

Sem a ajuda de pessoas como você, nosso trabalho não seria possível. O Greenpeace Brasil é uma organização independente - não aceitamos recursos de empresas, governos ou partidos políticos. Por favor, faça uma doação hoje mesmo e nos ajude a ampliar nosso trabalho de pesquisa, monitoramento e denúncia de crimes ambientais. Clique abaixo e faça a diferença!