O Greenpeace Brasil vem a público expressar solidariedade a Coordenadora da Associação de Defesa Etnoambiental – Kanindé e ativista indígena Txai Suruí, que foi vítima de um tratamento violento e desproporcional enquanto realizava uma manifestação pacífica durante a COP 16 da biodiversidade da ONU, realizada em Cali, na Colômbia.
Em pleno exercício de sua legítima liberdade de expressão, Txai, uma jovem voz em defesa dos direitos dos povos originários vinda dos Paiter Suruí, foi reprimida ao protestar contra o Marco Temporal e a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 48, que ameaça o futuro das Terras Indígenas no Brasil e atenta contra os direitos ancestrais garantidos pela Constituição.
Txai foi detida e chegou a ter suas credenciais retiradas. A situação só foi revertida com a intervenção da Ministra Marina Silva e da delegação brasileira em Cali.
O Greenpeace Brasil lembra que o livre direito à manifestação é uma característica fundamental dos regimes democráticos e que os povos indígenas são peça-chave na proteção da biodiversidade e no enfrentamento das mudanças climáticas. Além disso, as soluções que precisamos para conter a crise do clima serão encontradas somente por meio do diálogo, da troca de ideias e da participação democrática.
Manifestamos nosso apoio a Txai Suruí, assim como a todas as lideranças que seguem resistindo diante do cenário hostil aos direitos indígenas que vivemos hoje no Brasil. Esperamos que episódios dessa natureza não voltem a se repetir e ressaltamos que nossa luta, inspirada pelo movimento indígena e seus diversos representantes, é por justiça, por terra e por vida. Marco Temporal Não!
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