A mudança climática é um dos maiores desafios do nosso tempo. E, quando falamos sobre ela, falamos sobre o clima no planeta, a longo prazo.
Os eventos isolados de temperaturas mais baixas em determinados locais do planeta não garantem ou impedem que a temperatura média esteja aumentando – como, de fato, está.
Exemplo disso foi o último mês de junho, tido como o mais quente registrado em 140 anos, segundo a agência americana Noaa (Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos Estados). A entidade já afirmou também que temos grandes chances de que 2019 estará entre os cinco anos mais quentes da nossa história.
Mas, e quais são as consequências das mudanças climáticas?
No dia 8 de agosto, a Organização das Nações Unidas lançou um relatório que analisa questões relevantes para o controle da crise do clima, após encontro científico em Genebra, na Suiça.
Delegações de 195 países avaliaram o relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), intitulado “A mudança climática, a desertificação, a degradação dos solos, sua gestão sustentável, a segurança alimentar e os fluxos de gases do efeito estufa”.
Afinal, o aumento das temperaturas desequilibra a dinâmica natural do planeta, causando diversos fenômenos que têm sempre algo em comum: eventos climáticos mais exagerados e frequentes. E, ainda que em algumas localidades específicas existam dias de inverno implacáveis, as temperaturas médias do planeta seguem crescendo – fato validado por toda a comunidade científica!
E quem mais perde com isso somos nós e todas as outras espécies de fauna e flora afetadas. Em contrapartida, é exatamente a humanidade quem mais colabora para a piora desse cenário.
Substituímos a cobertura vegetal do planeta, desmatamos nossas florestas por décadas, emitimos gases de efeito estufa (GEE), que são um dos grandes responsáveis pelo aumento dos termômetros em todo o planeta. Portanto, a grande culpa é, inquestionavelmente, do próprio ser humano, já que os componentes dos gases do efeito estufa são produzidos por nós, nas plantações, por meio do desmatamento das espécies naturais, na pecuária, pelo tratamento dos dejetos de animais, pelo processo digestivo do gado, no transporte, pelo uso de combustíveis fósseis e nas indústrias, pelo processo de produção industrial que emite gás poluentes.
Precisamos agir agora, pois quem é mais vulnerável nessa história toda já está sentindo os efeitos. E incluímos aqui as pessoas e, também, os animais. Confira quem é que já grita por socorro.
Não dá pra contar com a sorte. Precisamos continuar agindo!
Continuar? Sim, o Greenpeace JÁ atua em prol do planeta terra, em várias instâncias. Impedir o aumento da temperatura média global é a nossa grande meta!
Precisamos da sua ajuda para chamar a atenção do governo brasileiro, pressionar parlamentares e empresas a contribuírem com investimentos que visem o aumento do uso de energias limpas e outras medidas fundamentais para controlarmos os efeitos do aumento da temperatura no planeta.
Somos uma organização independente sem fins lucrativos. Não aceitamos doações de empresas privadas ou governos. Nosso meio de sobrevivência como organização vem apenas da colaboração de pessoas como você, que se importam com o meio ambiente e onde vamos chegar como civilização.
Então, se você se pergunta como pode ajudar a salvar o mundo hoje, a resposta é ajudando o Greenpeace com sua doação. Faça parte do movimento que vai garantir o mundo para as próximas gerações!
Sem a ajuda de pessoas como você, nosso trabalho não seria possível. O Greenpeace Brasil é uma organização independente - não aceitamos recursos de empresas, governos ou partidos políticos. Por favor, faça uma doação hoje mesmo e nos ajude a ampliar nosso trabalho de pesquisa, monitoramento e denúncia de crimes ambientais. Clique abaixo e faça a diferença!
Discussão
O que vocês têm feito em relação a reduzir o consumo de carne?
Há alguma ação do Greenpeace quanto a contaminação atual com óleo no Nordeste brasileiro ?
Sou fã do Greenpeace há décadas. Gostaria de saber que ações foram feitas contra o aquecimento global, principalmente no Brasil, que é um país demasiadamente desrespeitoso para com a Natureza. Quero acreditar!
Acredito em vocês, mas precisamos saber, na prática, o que é feito. O que vcs tem feito?? E o que mais podemos fazer, além de doar dinheiro? Reduzir o consumo de carne, reciclar o “lixo”... O que mais?
Qual a posição de vocês em relação ao consumo de carne? a importância de reduzir a quantidade de carne na nossa dieta para ajudar no meio ambiente?
Há alguma ação do Greenpeace quanto a contaminação atual com óleo no Nordeste brasileiro ?
AJUDEM A SOCIEDADE A TER CONDIÇÕES DE PARTICIPAÇÃO MUDANÇAS CLIMÁTICAS - QUANTO TEMPO AINDA TEMOS ? Da fase de discussão do enfrentamento da problemática das Mudanças Climáticas apenas por iniciados, percebe-se, hoje, que, em bem pouco tempo, chegamos à realidade inevitável do pleno enfrentamento dos seus efeitos. Infelizmente dispendemos um bom tempo no contexto do “fazendo parte do problema”, deixando para um plano complementar a etapa de “propor e implementar soluções” (preventivas e de adaptação). Durante todo este período não demos a devida atenção de preparar a sociedade para aquilo que ela iria enfrentar, bem como o preço, nada reduzido. que terá de assumir de modo a poder contribuir / participar das ações que deverão ser implementadas pelo Poder Público (federal, estadual e municipal). Na realidade, desde 2010, no caso do Espírito Santo, já tínhamos em plena vigência a lei 9531 (Política Estadual de Mudanças Climáticas) que definia exatamente os encaminhamentos para a formulação das ações a serem implementadas, mas que, entretanto, 14 anos depois. ainda não foi plenamente regulamentada. Uma das consequências da existência da referida lei foi, basicamente em 2023, a estruturação do Plano Estadual (Capixaba) de Mudanças Climáticas do Estado do Espírito Santo, bem como do Plano Municipal de Mudanças Climáticas do Município de Vitória (este ainda não concluído), instrumentos importantes para a preservação ambiental e, sobretudo, o bem estar da população. Porém, e isso parece ser uma premissa muito clara, por melhor que sejam tais planos, se torna imperiosa a necessidade de ter a participação / envolvimento da sociedade no sentido de garantir o sucesso dos mesmos. Ou seja, há que se promover (com a urgência devida) a realização de Audiências Públicas onde o Poder Público (estadual e municipal) apresente / debata com a sociedade as ações inseridas nos Planos, seus efeitos e custos, bem como as mesmas serão (ou já foram) implementadas. Não seguir este caminho será assumir o peso inevitável da cobrança de responsabilidade decorrente desta potencial omissão. Roosevelt Fernandes, M. Sc. Engenheiro Ambiental Ex conselheiro do CONAMA, CONSEMA, CERH, Fórum Capixaba de Mudanças Climáticas e COMDEMA / Vitória