Se você é próximo a nós e a nossa história, provavelmente já ouviu falar no Projeto Escola, que leva educação socioambiental para as instituições de ensino a partir da perspectiva regenerativa. 

Para atender de forma ainda mais eficiente nossas audiências, o Projeto passou por uma reformulação em 2021, e o resultado foi o lançamento do Ciclo 0. Nele, foram criados 3 grupos de trabalho que, para os íntimos, são os GT´s. 

O 1° deles cuida da produção de podcasts e lives, o 2° tem foco de atuação na produção de materiais audiovisuais e, para finalizar, o 3° atua com intervenções educacionais. 

Mas para entender de fato o que move os espíritos engajados por trás dessa causa, nós aproveitamos o início do ano letivo para convidar alguns voluntários e voluntárias que participam do Projeto para contarem suas histórias.

Isadora Nakai, de 19 anos, é ativista socioambiental graduanda em design e ciências ambientais. Juntou-se ao Green em março de 2020 e logo já estava abraçada ao Projeto Escola. Dentro dele, Isa coordena as atuações no grupo local de Brasília e participa do grupo de trabalho que produz o “Pintou um Climão!”, o podcast educacional do Greenpeace.

A decisão para atuar nessa frente do voluntariado foi motivada por algo que ela carrega durante toda a vida: “A educação ambiental é uma chave fundamental para a preservação do meio ambiente. Eu lembro de vivências minhas com a natureza quando criança que formaram a ativista que sou hoje. Quando ensinamos alguém a amar a natureza, ensinamos a cuidar também, e o meio ambiente precisa de gente que o defenda. É isso que me motiva! Formar protagonistas na defesa do meio ambiente”, disse.

Ao lado de Isadora, está Ivone Cavalcante, de 47 anos, também integrante do grupo local de voluntários de Brasília. Relativamente nova no Greenpeace, Ivone faz parte do nosso time há nove meses. “Eu entrei no Projeto no início do 2º Semestre de 2021. Então foi algo quase que simultâneo ao início do meu voluntariado no Green. Apesar de não ser da área da Educação, já trabalho a alguns anos com jovens em outros projetos, por isso aceitei o desafio. Comecei como aprendiz, e hoje estou como uma das representantes do GT3, que é o grupo de trabalho responsável pela Intervenção Educacional, direto nas escolas”, contou. 

Se para Isa a motivação vem da história e do passado, para Ivone a luz vem do futuro: “Trabalhar no projeto Escola, com os jovens estudantes, me motiva muito, porque eu acredito no potencial que eles têm de transformar a realidade. A gente ouve muito que os jovens são o futuro, mas não é só isso. Eles são o presente! E essa força que eles têm, essa energia, precisa ser direcionada para o bem, através da Educação”, ela disse. 

Para fechar os 3 mosqueteiros da mobilização, temos Matheus Siqueira, de 22 anos, estudante de direito na UFAM. Mais velho na casa, ele atua como voluntário no Green há 6 anos, e está no Projeto Escola há pouco menos que um ano. Por aqui, Matheus participa do GT2, que é o Grupo de Trabalho de material audiovisual, onde os voluntas produzem materiais para serem utilizado nas Escolas e apresentações. O TikTok é uma grande estrela para produção de alguns vídeos com conteúdos sobre justiça Climática nesse grupo.

Na opinião de Matheus, o clima foi o grande fator decisivo para o seu engajamento no Projeto: “Eu acho de extrema importância levar a pauta das mudanças climáticas e justiça climática para as escola, e assim ter cada vez mais jovens informados e mobilizados com a temática ambiental, para que se forme uma sociedade com mais consciência do poder que tem em fazer a mudança acontecer”, explicou.

Com a chegada da pandemia de Covid-19, que assolou o mundo e nos obrigou a descobrir novas formas de existir e atuar, os voluntários e voluntárias do Projeto Escola tiveram que se reinventar para manter o sonho vivo: “A gente viu uma oportunidade de contribuir de alguma forma para esse momento em que a educação passou por um grande impacto, auxiliando os educadores e os estudantes. Porém, sem as vivências presenciais, o desafio foi alcançar os estudantes com a mensagem que queremos passar”.

Para Ivone, a realização do Projeto Escola em meio a pandemia foi, e ainda é, um grande desafio: “o que a gente quer é estar dentro das escolas, interagindo com os estudantes, vivenciando essa troca de conhecimentos, experiências, trabalho e energia. Mas as dificuldades não podem nos paralisar. A causa ambiental é urgente, não dá para ficar esperando o melhor momento”, contou. 

Os obstáculos também foram sentidos na pele pelo voluntário Matheus: “No meu GT somos poucas pessoas então tivemos que nos virar para entregar os materiais. No decorrer do projeto tivemos problemas com conexões de internet para nos reunir, tinham semanas que a nossa disponibilidade para os encontros não era como a gente queria, mas mesmo assim nesse Ciclo 0 do Projeto Escola o meu GT conseguiu definir bem o formato de como vamos atuar daqui pra frente”, contou. 

Diante das dificuldades, os voluntas se reinventaram: “nós fomos para as plataformas disponíveis. Organizamos um aulão no YouTube, fizemos um vídeo convite de incentivo a participação dos jovens estudantes do ensino médio das escolas públicas, na observação de problemas ambientais em sua comunidade, onde pudessem observar casos de injustiça climática ou racismo ambiental. Fizemos também uma reunião online com estudantes já engajados no ativismo ambiental em uma escola particular, e o desenvolvimento de uma cartilha com a metodologia de como implementar o nosso projeto nas escolas. O trabalho não faltou”, disse Ivone.

Nesse cenário de dificuldades, o Greenpeace Brasil desenvolveu uma série de vídeos que tem como objetivo explicar com profundidade e didática algumas dinâmicas da Amazônia. Essa nova fase do Projeto foi carinhosamente intitulada de “Amazônia Explicada”. 

Para Isa, “a Amazônia explicada é um material incrível, que conecta o aprendizado com o mundo real. Inicia uma fase que queremos estar cada vez mais perto dos educadores e estudantes, para construir uma educação que contemple a complexidade da vida e das relações. É preciso explicar e entender a nossa Amazônia para podermos defendê-la”.

Ivone também falou sobre as primeiras impressões da Amazônia Explicada: “são materiais excelentes, muito ricos e esclarecedores! Vamos fazer chegar ao maior número de escolas possível, buscando contato direto com gestores, coordenadores, professores e estudantes, nos colocando à disposição para esse  trabalho de conscientização, de estudo, e ativismo. A gente sabe que  proteger a Amazônia é urgente! E como dizem todas as campanhas de preservação e proteção do Greenpeace, a Amazônia precisa de nós, não importa se moramos perto ou longe da floresta, a vida como é hoje só é possível com ela”.

Com essa nova fase, que traz uma explosão de esperança, as expectativas dos voluntas são grandes para 2022. “Espero alcançarmos e inspirarmos estudantes e dar suporte para os professores nessa jornada da educação ambiental, e se a pandemia permitir voltar com as vivências presenciais!”, disse Isa. 

Ivone também está focada em voltar com tudo:  “espero agora em 2022 muito trabalho, muito ativismo e muito estudo. E o Green tem isso de bom, de maravilhoso, está sempre nos oferecendo materiais e capacitação para construímos juntos  essa corrente do bem”.

Para fechar com ainda mais otimismo, olha só o que o Matheus deseja: “Espero que a gente possa levar o debate das mudanças climáticas e justiça climática para várias escolas no Brasil, tanto de forma online quanto presencial, além de receber mais voluntários mobilizados para somar no projeto”.

Depois de ler tantas falas inspiradoras, dá até vontade de se juntar à mudança, né? Pois bem, se você ainda não se convenceu que essa é a sua hora, os voluntas tem uma mensagem especial para você:

Isa: “O Projeto escola é uma frente do Greenpeace que faz tanto quem atua, tanto quem é contemplado se entender como cidadão do mundo, parte do ecossistema Terra. É isso que muda o mundo! Chega mais!

Ivone: “Eu só posso dizer a todos que estão conhecendo o Projeto Escola agora, que acreditem. É uma atividade muito rica, onde aprendemos muito. Enxergamos aqui uma oportunidade de semear em terra fértil, porque essa geração que está chegando vai nos surpreender. Eu acredito muito no potencial deles de fazer a diferença em nosso planeta. E cada um pode ajudar da forma que mais se identifica, tanto os voluntários como os estudantes. 

Vem conhecer o Projeto Escola! Vamos juntes!

Matheus: “É um projeto incrível que tem um potencial enorme de impactar as pessoas de uma forma muito positiva. Nele atuamos com pessoas de todo o país, com sotaques diferentes, visões e realidades diferentes, onde eu pude aprender muito e pretendo contribuir ainda mais nesse 2022”. 

E aí, tá esperando o que pra somar-se a nós? Vem! Para saber mais sobre o Projeto Escola, clique aqui. 

Você também está mais do que convidade para entrar para o grupo no Conexão Verde, onde você encontra todos os grupos de trabalho e as características de cada um 🙂 

Sem a ajuda de pessoas como você, nosso trabalho não seria possível. O Greenpeace Brasil é uma organização independente - não aceitamos recursos de empresas, governos ou partidos políticos. Por favor, faça uma doação hoje mesmo e nos ajude a ampliar nosso trabalho de pesquisa, monitoramento e denúncia de crimes ambientais. Clique abaixo e faça a diferença!