Vista aérea da Praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, com grandes letras pretas na areia formando a frase 'INDEPENDÊNCIA DE COMBUSTÍVEIS FÓSSEIS'. O mar ocupa a parte inferior da imagem, enquanto a orla e o calçadão com ondas em preto e branco aparecem acima. Ao lado da frase, em verde, está escrito 'Greenpeace'.
Protesto pacífico do Greenpeace Brasil na praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, em referência à data comemorativa de 7 de setembro. 
Foto: Thomas Mendel/Greenpeace

Manifestação denuncia que avanço da exploração de petróleo no Brasil conduz o país a um projeto econômico insustentável, baseado em um modelo extrativista ultrapassado, socialmente excludente e ambientalmente predatório

Rio de Janeiro, 7 setembro de 2025 – Nas areias da praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, ativistas do Greenpeace Brasil montaram uma frase gigante, de 150 metros de extensão, com os dizeres: “Independência de Combustíveis Fósseis”, uma alusão ao 07 de setembro, data em que o Brasil comemora a independência do país. A manifestação pacífica também teve por objetivo chamar a atenção para o avanço perigoso da exploração de petróleo na Bacia da Foz do Amazonas. 

“A verdadeira independência que deveríamos buscar e celebrar hoje, 7 de setembro, é a que nos liberta dos combustíveis fósseis. No entanto, esse grito de liberdade segue preso na garganta, já que seguimos sem uma perspectiva de um plano de transição energética que seja justo e esteja à altura da liderança climática que o Brasil deseja exercer

Alerta a porta-voz de Oceanos do Greenpeace Brasil, Mariana Andrade.

Há anos, o Greenpeace vem alertando que o Brasil deveria estar focado em acelerar medidas para diminuir a demanda interna por petróleo e implementar os marcos regulatórios que impulsionam a transição energética nacional, respeitando os direitos de comunidades em seus territórios e assegurando a proteção dos ecossistemas. Além disso, o desenvolvimento do país já deveria estar baseado em uma matriz energética renovável e na potencialização das economias e atividades sustentáveis que já existem nos territórios amazônicos. 

Porém, na contramão da urgência da crise climática, segue a pressão da Petrobras sobre o Ibama para a emissão de uma licença para a perfuração do Bloco 59, na Margem Equatorial. 

No final de agosto, a Petrobras realizou um teste operacional na Bacia da Foz do Amazonas, supervisionado pelo Ibama, como última etapa para o processo de licenciamento ambiental para exploração de petróleo no Bloco 59. Na ocasião, o Greenpeace Brasil chamou os testes de “teatro caro e fúnebre que tentou legitimar uma decisão capaz de comprometer o futuro da Amazônia e do planeta” e questionou as contradições do governo brasileiro na agenda ambiental.

Apostar na abertura de uma nova fronteira de exploração de petróleo, como é o caso da Bacia da Foz do Amazonas, não responde à necessidade energética nacional e intensifica a lógica de exportação e lucro de curto prazo.

Petróleo na Amazônia não

O avanço da exploração de petróleo no Brasil, principalmente na Foz do Amazonas, representa um verdadeiro contrassenso ao Brasil. Seguir com a promessa de ‘explorar até a última gota’ é ignorar todos os alertas a respeito da proteção da Amazônia, suas comunidades e ecossistemas. Abrir novos poços de petróleo aumenta o risco de desastres ambientais, agrava a crise climática e aprofunda as desigualdades e as ameaças que já pairam sobre as populações costeiras e a biodiversidade marinha.

Diante das mudanças climáticas cada vez mais aceleradas e da contribuição dos combustíveis fósseis para a crise global do clima, o Greenpeace defende a urgência de o Brasil se comprometer com uma Amazônia livre de petróleo. 

Junte-se você também a causa, assine a petição, Petróleo na Amazônia, Não!

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