O tema guia uma série de reportagens da Agência Mural, com apoio do Greenpeace Brasil, que começa a ser publicada hoje

Não existe solução de adaptação aos impactos da crise climática que não parta dos territórios em situação de vulnerabilidade.
© Ira Romão| @fotovielas

(Atualizado em 23/02/23 com links da segunda reportagem da série)

As consequências da crise climática agravam as desigualdades e falar sobre isso com quem é mais impactado é fundamental para nos apropriarmos de um dos elementos essenciais quando tratamos de justiça climática, que é trazer as perspectivas de saber e poder local para o centro das soluções climáticas nos territórios. 

Quantas reportagens são publicadas frequentemente sobre como a crise climática impacta as periferias de um jeito que seja interessante para as populações mais atingidas? E mais, elaboradas a partir de uma perspectiva que de fato traga essa visão como parte central da discussão?

A partir de hoje, começa a ser publicada uma série de reportagens e episódios de podcasts da Agência Mural, com apoio do Greenpeace Brasil, que nascem dessa premissa: falar sobre como as populações periféricas dos centros urbanos são impactadas pelas consequências da crise climática com subtemas pensados a partir do que as populações periféricas da cidade de São Paulo relatam sobre essas conexões.

A crise climática já é realidade e as populações periféricas de grandes cidades como São Paulo estão entre as mais impactadas.
© Léu Britto | @fotovielas

“Falar dos impactos das mudanças climáticas e toda nossa relação com o planeta para nossa audiência prioritária – os jovens moradores das periferias – é mais que urgente. E ter como parceiro o Greenpeace nos dá ainda mais confiança para produzir informações de qualidade. É impossível falar da desigualdade a que estão sujeitas as periferias urbanas sem mostrar como ela é reforçada pela falta de acesso aos recursos naturais, como água ou área verde, pela poluição ou pelo lixo. Que bom que conseguimos juntar forças para falar sobre isso”, afirma Vagner de Alencar, diretor de jornalismo da Mural.

Para Marcelo Laterman, da campanha de Clima e Justiça do Greenpeace, “a série mostra que não existe solução de adaptação aos impactos da crise climática que não parta dos territórios em situação de vulnerabilidade. É lá que as múltiplas dimensões dos danos de eventos extremos se manifestam, mas é lá também que pulsam as potências de transformação, desde saberes ancestrais de respeito ao contexto socioambiental das localidades, a novas iniciativas puxadas por lideranças e coletivos organizados nas comunidades”.   

As reportagens serão publicadas na editoria Sobre-viver e nas redes sociais da Mural e do Greenpeace Brasil.

Tamo em Crise:

Clique aqui e acesse a primeira reportagem da série.
Clique aqui e acesse a segunda reportagem da série.
Ouça aqui os episódios do podcast.

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