Da COP30 às periferias, entenda o que está em jogo em 2025 e como esses temas cruzam com o nosso dia a dia

O Enem, Exame Nacional do Ensino Médio, está chegando, e um assunto que tem ganhado destaque nas apostas deste ano é a crise climática.
Com o agravamento dos impactos ambientais e a realização da COP30, a Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas, em Belém, o meio ambiente desponta como um dos temas prováveis no Enem.
Especialistas destacam que o exame reflete o momento vivido pelo país e desafia os estudantes a pensar criticamente o Brasil. Se a pauta socioambiental for tema de redação, é também um convite à reflexão sobre os desafios atuais e as soluções possíveis para enfrentar a crise climática.
Por ser a primeira conferência do clima realizada no Brasil, e na Amazônia, a COP30 é considerada um marco simbólico. O evento deve colocar em pauta metas globais de redução de emissões, preservação das florestas e justiça climática, tornando o debate ambiental ainda mais presente no cotidiano e nas provas.
A seguir, acesse cinco temas socioambientais que podem te ajudar a se preparar para o Enem e a entender por que é importante estar por dentro da pauta climática: mudanças climáticas, COP30, racismo ambiental, garimpo em Terras Indígenas e justiça climática.
Mudanças Climáticas: o desafio global do nosso tempo
As mudanças climáticas estão ligadas à perda da biodiversidade, à insegurança alimentar e às desigualdades que recaem de forma mais dura sobre as populações historicamente abandonadas pelo poder público.
O que são mudanças climáticas?
O que são eventos climáticos extremos?
COP 30: o Brasil no centro das decisões globais
A COP (Conferência das Partes) é o maior encontro internacional sobre mudanças climáticas, reunindo líderes, cientistas e representantes da sociedade civil para definir compromissos e metas de ação.

Racismo ambiental: quando o clima também é questão de justiça
O racismo ambiental ocorre quando os impactos das mudanças climáticas atingem de forma desigual comunidades negras, indígenas e periféricas.
Exemplos reais de Racismo Ambiental:
Enchentes no Rio Grande do Sul, em 2024
Deslizamentos em São Sebastião, Litoral Norte de São Paulo, em 2022
Seca na Amazônia, em 2024

Muito próximo das sete aldeias que abrigam uma população de 250 pessoas, e espalhados por quase metade do território, o garimpo segue se expandindo e inviabilizando o modo de vida dos Nambikwara, ignorando o direito dessa população viver conforme seus costumes e tradições. © Fabio Bispo / Greenpeace
Garimpo em Terras Indígenas: destruição que vem do ouro
Ouro Tóxico: Greenpeace mostra deslocamento do garimpo ilegal e falhas no comércio global do ouro
Greenpeace Explica: Por que o garimpo é uma ameaça às Terras Indígenas

Uma das fases da batalha teve como tema o “Batalha Pelo Clima”, incorporando as pautas da justiça climática e do racismo ambiental. A proposta foi fazer com que as rimas trouxessem à tona vivências, memórias e percepções das quebradas sobre a crise climática, evidenciando como as consequências dos eventos extremos se sobrepõem às vulnerabilidades e às desigualdades nos territórios periféricos. © Luan Braz / Greenpeace
Soluções: justiça climática e adaptação de base comunitária
Nas favelas, periferias, baixadas e comunidades tradicionais, a emergência climática já é realidade. Um em cada dez brasileiros já foi afetado por algum desastre ambiental, como enchentes, deslizamentos, ondas de calor ou de frio.
Mesmo diante do abandono do poder público, são essas comunidades que vêm criando respostas concretas: vizinhos limpam córregos antes das chuvas, mães organizam planos de emergência, jovens desenvolvem soluções para garantir água e alimento durante as secas.
Cartilha Por que lutar por Justiça Climática: para todas as pessoas que querem entender melhor a crise do clima
Como adaptar as cidades para a crise climática?
Racismo ambiental e mudanças climáticas: juventude periférica manda o recado na Batalha da Matrix
Direito à moradia: o caso do Morro dos Macacos, em São Paulo
Compreender a crise climática é entender como o país se transforma: nas florestas, nas cidades e nas relações sociais.
Ao estudar esses temas, você não só se prepara melhor para o Enem, mas também fortalece sua visão crítica sobre o mundo e sobre o papel de cada um na construção de um futuro mais justo e sustentável.
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