A luta do Greenpeace Brasil também é em defesa de um mundo mais digno para todas as pessoas

Hoje, 29 de janeiro, é celebrado o Dia Nacional da Visibilidade Trans. À primeira vista você pode pensar que esse assunto não tem a ver com a atuação do Greenpeace Brasil – mas tem, e muito.
Entendemos que a construção de uma sociedade mais igualitária é um dever coletivo. Somos uma organização ambiental e pacifista, que defende a não-violência e a democracia como caminhos para a construção de um mundo mais verde, digno e justo para todas as formas de vida.
Celebrar a diversidade é algo que nos move externa e internamente. Por isso, convidamos pessoas trans que fazem parte da equipe do Greenpeace Brasil para comentarem sobre a importância da visibilidade trans e sobre nosso papel.
“Assumir a luta contra a transfobia é urgente”, defende Miguel Haru, especialista em Design.
“Se nossa existência se mantiver invisível, o preconceito, derivado da ignorância e do ódio, seguirá nos mantendo sem trabalho, sem dignidade, sem direito aos nossos corpos e à nossa identidade, nos matando simbolicamente. O ódio continuará matando, literalmente, a maioria de nós antes dos 25 anos… se seguirmos invisíveis, o ódio seguirá em foco. Não queremos ódio. Queremos viver em paz”, complementa.

Jéssica Ferreira, coordenadora de Recursos Humanos da organização, ressalta a importância das organizações se posicionarem e promoverem políticas de diversidade e integridade.
“O Greenpeace Brasil está sendo um grande aliado na luta dando voz e espaço para que pessoas trans mostrem para a sociedade que somos muito capazes de furar a bolha que nos impõem e ocupar espaços que antes nos eram negados”, exemplifica.

Para Rafaela Alves, Agente de Marketing Ativo, ações de visibilidade e inclusão são ponto-chaves para que uma sociedade mais igualitária seja alcançada. Apesar da marginalização histórica contra a comunidade trans, ela celebra evoluções e conquistas dos últimos anos.
“Houve muita evolução e também acesso à informação, visto que, com o decorrer do tempo, tratando de Brasil e do mundo, pessoas trans e travestis vêm conquistando espaço e respeito em espaços que lhe eram negados, como acesso a trabalho, lazer e saúde”, observa.

Mobilização coletiva
Além de terem direitos básicos negados diariamente, as pessoas trans também estão entre os grupos mais impactados pela crise climática.
As ações climáticas geralmente não consideram as necessidades específicas de pessoas trans e travestis que vivem, por exemplo, em situação de vulnerabilidade ou de rua. Sem dados e análises que incluam essa população, as soluções adotadas falham em proteger quem mais precisa de apoio frente a eventos climáticos extremos como fortes chuvas e enchentes, por exemplo.
Há também uma grande desigualdade no acesso a recursos e abrigos. Durante desastres naturais, pessoas trans e travestis enfrentam discriminação ao tentar acessar abrigos emergenciais. A falta de reconhecimento de sua identidade de gênero pode resultar em sua exclusão desses locais de proteção.
A escassez de cuidados médicos adequados, juntamente com o estresse causado por tragédias climáticas, também pode piorar condições de saúde já existentes. Além disso, o aumento da discriminação e do estigma em períodos de crises tende a afetar ainda mais e negativamente o bem-estar emocional e psicológico dessa população.
Por isso, quando defendemos o enfrentamento ao caos climático, também nos somamos à luta das pessoas trans. Acesse o link e fortaleça nossa mobilização em defesa de adaptação e justiça climática.
Sem a ajuda de pessoas como você, nosso trabalho não seria possível. O Greenpeace Brasil é uma organização independente - não aceitamos recursos de empresas, governos ou partidos políticos. Por favor, faça uma doação hoje mesmo e nos ajude a ampliar nosso trabalho de pesquisa, monitoramento e denúncia de crimes ambientais. Clique abaixo e faça a diferença!
Discussão
Uau, good !
tudo começa com o respeito por todos os seres humanos 😸😸