A Amazônia está diante de mais um perigo: áreas estão sendo vendidas para que empresas explorem petróleo e gás natural. Quem está vendendo, via leilão, é a Agência Nacional do Petróleo (ANP), uma agência do governo.
Entre os blocos de petróleo à venda, estão alguns que já haviam sido rejeitados ou devolvidos ao governo antes. Ou seja, agora estamos diante de um “saldão” da Amazônia.
Há terras indígenas (TI) cercadas por blocos e há territórios indígenas ainda em processo de demarcação que estão completamente sobrepostos às áreas que poderão ser perfuradas. Pessoas estarão expostas aos impactos diretos e indiretos das atividades petrolíferas devido ao descaso com elas.
E existem também blocos muito próximos a áreas protegidas, como unidades de conservação, e em áreas de floresta de várzea. Se acontecer um vazamento, o processo de limpeza irá demandar a derrubada de muitas árvores. Ou seja, ainda existe a possibilidade de o petróleo causar mais desmatamento na Amazônia.
A ANP pretende também vender para empresas blocos próximos ao recife dos Corais da Amazônia, um ecossistema único e recém-descoberto.
Precisamos mostrar que não aceitamos a venda da Amazônia para que empresas ganhem mais e mais dinheiro. Vamos mostrar que nos importamos com a Amazônia.